Este trabalho é fruto de uma pesquisa bibliográfica e teórica sobre uma tradução do clássico hindu “Bhagavad Gîtâ” para o português publicada no Brasil em 1924. Ele constata a relação do tradutor e do grupo responsável pela edição com o movimento esotérico brasileiro da primeira metade do século XX. Observa o possível parentesco doutrinário entre esse movimento e os grupos ocultistas que dominavam a cena esotérica européia e estadunidense na chamada Belle Époque. Sugere, por fim, uma maior reflexão acerca do papel de sociedades esotéricas como o “Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento” na apresentação de temas “orientais” à sociedade brasileira.
Palavras-chave: Bhagavad Gîtâ, Grupos Esotéricos no Brasil, Orientalismo.
This work is the result of a bibliographical and theoretical research on a translation of the Hindu classic "Bhagavad Gîtâ" published in Brazil in 1924. It evidences the relation of the translator and the responsible group for the edition with the Brazilian esoteric movement of the first half of century XX. It observes the possible “doctrinal kinship” between this movement and the esoteric groups in Europe and United States. It suggests a reflection concerning the paper of esoteric societies as the "Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento" in the presentation of "eastern" subjects to the Brazilian society.
Key words: Bhagavad Gîtâ, Esoteric Groups in Brazil, Orientalism
O Bhagavad Gîtâ está no Orkut. No dia 11 de dezembro de 2006 (data de nossa pesquisa) existiam oito comunidades em português sobre o tema na mais popular rede social virtual do Brasil, com um total de 1.898 participantes. O número é pequeno face ao total de participantes do Orkut (cerca de 36 milhões), mas ao menos indica que o clássico hindu não “passa tão em branco” entre brasileiros interessados nas chamadas religiões orientais. Apesar de estar longe das 599 comunidades relacionadas ao tema “Bíblia”, o número de comunidades sobre o Bhagavad Gîtâ se aproxima do de comunidades relacionadas a “Alcorão” (quatro), “Torá/Torah" (nove) e “Livro de Mórmon” (quatro). Vale registrar, ainda, a existência de uma comunidade relacionada ao Mahabharata, poema no qual se insere o Bhagavad Gîtâ.
O interesse dos brasileiros pela obra é, porém, anterior a 2004, quando do início do Orkut. Ele pode ser detectado já nos anos 20, com a publicação da tradução em português feita por Francisco Valdomiro Lorenz. Mostra-se anterior, portanto, a outros momentos de possível aumento do interesse pelo clássico hindu e pela “orientalidade”[1] em geral, a saber:
1950 | Introdução do Yoga no Brasil por Léo Costet de Mascheville |
1970 | Revista “Planeta” (1973) - Movimento Hare Krishna (1974) |
1980 | “Nova Era” |
Quadro 1 – Possíveis “ondas de interesse” pelo Bhagavad Gîtâ
A partir dos dados acima podemos buscar a identidade dos atuais leitores brasileiros do Bhagavad Gîtâ. Nosso país não possui um número significativo de imigrantes indianos, base para um Hinduísmo de fundamentação étnica, e tampouco um número importante de conversos à religião - no Censo de 2000, apenas 2.979 pessoas se declararam “hinduístas”. Em termos genéricos é admissível, portanto, aceitar que tal universo é composto essencialmente por:
a) - interessados em cultura oriental/indiana; |
b) - pessoas que absorveram elementos do Hinduísmo em função de práticas corporais (Yoga); |
c) - hindus por conversão (adeptos do Hare Krishna); |
d) - adeptos de uma cultura religiosa ou filosófica que abrange elementos religiosos de várias correntes, inclusive hindus (participantes da Nova Era ou de círculos esotéricos anteriores). |
Quadro 2 – Universo presumido de leitores brasileiros do Bhagavad Gîtâ
No presente artigo buscaremos observar passos iniciais da conformação desse público brasileiro leitor do Bhagavad Gîtâ. Para tanto, nos valeremos de uma análise breve dos elementos extra-textuais da segunda edição do livro de Francisco Valdomiro Lorenz, de 1924 (Fig. 1). Por elementos extra-textuais entendemos todos aqueles que, sem se confundir com a tradução, compõem o volume, funcionando como uma espécie de “moldura” à obra. Para efeito da pesquisa, consideramos como tais a biografia do autor, a página de apresentação, a Introdução e as páginas finais (ou pós-textuais).
A idéia é fazer uma leitura desses elementos (inclusive dos gráficos) e, a partir dela, detectar: 1) - uma possível “primeira apropriação” da obra (conhecer a linha filosófica/religiosa do primeiro grupo que a difundiu em nosso país); e 2) – uma possível primeira onda de “orientalização” – de corte hindu - no Brasil do séc. XX.
Há, evidentemente, um risco associado ao exercício de análise nos moldes pretendidos, qual seja, o de intuir intenções do editor e atribuir-lhe um rótulo apriorístico. Acreditamos, porém, que os elementos detectados no livro de Lorenz são tão evidentes que podem até fazer com que nosso trabalho seja interpretado como uma “leitura óbvia” por um público mais crítico. A esse público, porém, pedimos licença – cremos que o presente ensaio pode funcionar como ponto de partida para análises mais complexas, que envolvam, por exemplo, a comparação de edições do Bhagavad Gîtâ de diferentes fases do histórico religioso brasileiro.
Julgamos necessário fazer algumas observações sobre outras versões da obra produzidas em português pelo mercado editorial brasileiro e relacioná-las aos momentos históricos da “orientalização” do pensamento religioso brasileiro.
Constatamos, inicialmente, que os leitores dispõem de um número razoável de traduções. A loja virtual da Livraria Cultura,[2] por exemplo, oferece 12 possibilidades, por tradutores como o próprio Francisco Valdomiro Lorenz – cuja obra é, de longe, a mais reeditada -, bem como Rogério Duarte, Huberto Rohden, Mohandas Gandhi, Swami Prabhupâda e Sai Baba.
Desse total, apenas uma – a de Rogério Duarte – parte diretamente do sânscrito, sendo as demais peças traduções de traduções, feitas por outros autores, do texto original para o inglês, francês, latim ou alemão. Verificamos a existência de uma segunda versão sânscrito-português, produzida pelo professor Jorge Bortolaso Stella nos anos 70 e publicada pelo Departamento de História da USP. Essa versão, porém, parece jamais ter sido popularizada, permanecendo restrita ao universo acadêmico.[3]
Em nosso trabalho de prospecção nos aproximamos de quatro obras que julgamos especialmente representativas: a tradução de Lorenz (“Bhagavad Gîtâ – A Sublime Canção da Immortalidade”, de 1924), a de Roviralta Borrel (“Bhagavad Gîtâ”, de 1973), a de A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupâda (“Bhagavad-Gîtâ como ele é”, de 1995) e a de Rogério Duarte (“Bhagavad Gîtâ – Canção do Divino Mestre”, de 1999). Tomando por base elementos apresentados no segundo parágrafo do item anterior, percebemos que, dos quatro títulos, apenas o de Lorenz não pertence a um momento mais aparente de interesse pelas religiões orientais (em especial, pelo Hinduísmo) no Brasil do século XX. Em termos gráficos, podemos fazer a seguinte representação (Fig. 2):
É possível presumir que as três obras publicadas após 1950 guardem algum tipo de relação com o movimento de abertura para temas orientais. De fato, percebemos essa relação:
- A obra de Swami Prabhupâda é um referencial dentro do Hare Krishna, ocupando, junto com o Srimad Baghavatan, uma posição central entre as leituras devocionais do movimento.[4] Os comentários aos versos que compõem o clássico hindu são fortemente influenciados pelo entendimento teológico Hare Krishna.
- A edição de Roviralta Borrel, por sua vez, é o sétimo tomo da “Biblioteca Planeta”, coleção em 20 volumes (uma espécie de “pacote esotérico”) que reuniu obras de autores como Allan Kardec, Paracelso, Nostradamus e Helena Blavatsky. Na apresentação do volume, Borrel é citado como um dos esoteristas fundadores, no ano de 1889, da Sociedade Teosófica da Espanha.[5]
- Por fim, a edição de Rogério Duarte, que abre sua dedicatória com as palavras “A sua Graça Hridayananda Das Gosvami” – Gosvami é um dos líderes recentes do Hare Krishna. Vale observar ainda, na dedicatória, o nome de Caetano Veloso, que recorda ou revela ao leitor a identidade de Duarte como intelectual participante da Bossa Nova e da Tropicália.
E a obra de Lorenz, posicionada em uma distância temporal respeitável das fases apresentadas no esquema da Fig. 2, em que movimento se insere? É isso que buscaremos detectar no próximo item.
Um bom caminho para se descobrir a “tonalidade” assumida por uma tradução é conhecer seu autor. De acordo com sites relacionados ao movimento espírita, Francisco Valdomiro Lorenz (1872 – 1957) foi um adepto fervoroso do Espiritualismo e do Esperanto:
Francisco Valdomiro Lorenz (1872-1957) foi um grande intelectual, lingüista e espiritualista da primeira metade do Século 20. Foi um gigante na divulgação do Esperanto e autor de várias obras espiritualistas importantes como: “O Filho de Zanoni”, “Raios de Luz Espirituais” e o excelente “Lições Práticas de Ocultismo Utilitário” (todos esses livros pela Editora Pensamento). (...) Francisco Valdomiro Lorenz foi um grande espírito reencarnado, para espalhar os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade entre os homens. Hoje, morando nos planos extrafísicos, continua sua obra humanitária e espiritualista, inspirando espiritualmente aos homens de boa vontade os ideais baseados na luz e no progresso.[6]
Outro texto, este da Federação Espírita Brasileira (FEB), confirma de forma veemente a opção espiritualista deste tradutor do Bhagavad Gîtâ. Falecido, ele ter-se-ia tornado um espírito em contato com os vivos:
É por isso que o Movimento Espírita Brasileiro, desde 1909, vem prestigiando o Esperanto e seus ideais com o promover seu estudo, divulgação e utilização. Tal orientação foi cabalmente sancionada pelo Mundo Espiritual através das mensagens A Missão do Esperanto, ditada pelo Espírito Emmanuel a Francisco Cândido Xavier em 19 de janeiro de 1940, e O Esperanto como Revelação, ditada ao mesmo médium pelo Espírito Francisco Valdomiro Lorenz em 19 de janeiro de 1959.[7]
Por fim, Lorenz ainda é conhecido como astrólogo e como integrante da Ordem Martinista, sociedade esotérica fundada por discípulos dos ocultistas franceses Martinez de Pasqually (1727 – 1774) e de Louis Claude de Saint-Martin (1743 – 1803).[8]
Mas é como “D. G. DO CIRC. ESOT. DA COM. DO PENS.” que o autor da tradução do Bhagavad Gîtâ de 1924 se apresenta na página de abertura do livro (Fig. 4). Essa “titulação cifrada” indica uma relação de Lorenz com o chamado “Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento”, referido nas páginas finais da obra (ver item 3.4). Por falta de elementos de pesquisa não pudemos chegar a uma conclusão sobre as iniciais “D. G.”, que, em tese, poderiam indicar um cargo de liderança (“diretor geral”, por exemplo).
Encontramos um site “oficial” do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento (CECP)[9], assim com uma comunidade no Orkut criada por adeptos ou simpatizantes (com 185 membros à época de nossa pesquisa). Entre as informações do site consta a de que a CECP foi fundada pelo imigrante português Antonio Olívio Rodrigues em 1909. Também segundo os dados do site, na Europa Rodrigues participou da Ordem Martinista e da Ordem Alquímica da França.[10] Não há, porém, referências a Lorenz.
A título de sistematização, vamos enumerar todas as afiliações de Francisco Valdomiro Lorenz:
1 | Espiritualista |
2 | Esperantista |
3 | Astrólogo |
4 | Martinista |
5 | Integrante do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento |
Quadro 3 – Afiliações esotéricas de Francisco Valdomiro Lorenz
Observe-se que, em nossa pesquisa acerca da biografia desse personagem, não encontramos qualquer indicação específica de que ele tenha sido um “orientalista” – foi, sem dúvida, um esoterista com conhecimentos sobre o Oriente.
É possível admitir, portanto, que a obra tenha sido traduzida no contexto do movimento esotérico brasileiro (sob a chancela do CECP), que à época replicava localmente o modelo de sociedades semelhantes existentes na Europa e nos Estados Unidos.
Uma ilustração encontrada na página de abertura da obra confirma a hipótese enunciada no parágrafo anterior. Trata-se de um símbolo identificador da editora, impresso na página de apresentação (Fig. 5). Ele é formado por um círculo (ou disco) no qual está inscrita uma estrela de David que, por sua vez, abriga em seu centro um Aleph () “irradiante”. A figura é semelhante à adotada como emblema pela Sociedade Teosófica (“Theosophical Society”), um dos mais populares grupos esotéricos do mundo à época da publicação da tradução de Lorenz (Fig. 6).
A obra também traz uma segunda ilustração: um disco solar alado que encima um “pedido de Iniciação ao Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento”. A figura serviu de base para a construção do emblema do próprio CECP, conforme observamos em uma edição ulterior da editora “O Pensamento” e no atual website do grupo esotérico. Emblema que também se caracteriza por uma afirmação de raízes teosóficas (Fig. 7 e 8).
Chamou-nos a atenção, na “Introducção” à obra, o discurso universalista e iniciático do autor, que situa o Bhagavad Gîtâ como uma ferramenta meta-religiosa para o desenvolvimento espiritual dos leitores:
A leitura desta Sublime Canção é util para todos: cada um, porem, poderá assimilar e comprehender só aquillo que estiver em harmonia com o desenvolvimento de suas faculdades psychicas e espirituaes. (p. 4)
Não podemos desvendar totalmente o sentido esotérico deste precioso livro, porque – conforme as leis da natureza superior – cada um ha de descobri-lo por si mesmo; ajuntamos, entretanto, notas e observações que serão uteis para os que aspiram á Iniciação. (p. 5)
Como já dissemos, alem do sentido historico, material ou literal, tem a Bhagavad Gîtâ (como toda a Escriptura Sagrada: a Biblia, os Vedas, o Kóran, etc.) ainda varios degraus de sentido espiritual ou esoterico; e para que nossos leitores possam com facilidade descobril-o, dir-lhes-emos que a lucta aqui descripta é a que se trava no interior de cada homem, entre o ‘Bem’ e o ‘Mal’. (p. 8 e 9)[11]
Outro indício do “corte teosófico” no trabalho de Lorenz pode ser encontrado no texto-fonte da tradução, uma versão em inglês produzida pelo esoterista americano William Walker Atkins (1862 – 1932) sob o pseudônimo de Yogi Ramacharaka. Atkins é considerado um dos responsáveis pelo estabelecimento de um “Hinduísmo à moda ocidental” que somava elementos da religião original com uma visão de mundo muitas vezes compartilhada com os círculos ocultistas europeus e estadunidenses da virada dos séculos XIX-XX.[12]
As dez páginas finais do volume, colocadas discretamente como anexo ao texto principal, confirmam veementemente a conexão entre a tradução e o movimento esotérico. Nelas o leitor pode encontrar um texto de apresentação do CECP, um excerto de seus estatutos e um pedido de iniciação (via correio) ao grupo. Além disso, a editora oferece um “Curso de Iniciação Esoterica [sic]" em 14 lições, os títulos “Poder Mágico”[13] e “Nossas Forças Mentaes” (fig. 9), assim como uma coleção de dez obras de Yogi Ramacharaka. Vale observar que em nenhuma das páginas pós-textuais há qualquer referência, a não ser nos títulos de Ramacharaka (sobre Yoga), ao Hinduísmo.
A motivação essencial para a produção deste ensaio nasceu em um sebo localizado no “Centro Velho” de Curitiba, quando, ao vasculhar uma prateleira de livros “esotéricos”, chegamos à tradução de Lorenz do Bhagavad Gîtâ. Ficamos espantados diante da possibilidade de encontrar uma edição popular octogenária de um texto que, para a maioria dos brasileiros, é mais associado a yoguins urbanos e a incenso no escritório (e ao Orkut) do que a uma época de senhores de polainas e chapéus panamá – uma obra anterior, enfim, ao período de maior popularização de temas orientais no Brasil.
Questionamo-nos acerca da identidade e das motivações da pessoa ou grupo responsável pela publicação. A partir da análise de elementos que denominamos “extra-textuais” pudemos perceber a existência de um vínculo entre a obra e um grupo esotérico[14] de características semelhantes às de grupos europeus e norte-americanos que, na passagem dos séculos XIX-XX, promoveram um sistema de pensamento e crenças baseado, entre outros fatores, na releitura de conteúdos das chamadas “religiões orientais”.
Seria tal vínculo um indício de que todo um “orientalismo de corte védico” – materializado, no caso em análise, na publicação de um texto clássico hindu – chegou ao Brasil pelas mãos de esoteristas de fundamentação teosófica ou assemelhada pelo menos uma geração antes de os brasileiros terem acesso aos asanas do Hatha Yoga?
Seria a prova, então, de que é possível acrescentar uma fase “teosófica” ou “ocultista” ao movimento de “orientalização” verificado no Brasil no século XX? As respostas a essas perguntas exigiriam um trabalho mais aprofundado de investigação, principalmente no que respeita às atividades e à produção bibliográfica de grupos esotéricos como o “Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento” nos últimos cento e cinqüenta anos. A partir dos poucos indícios analisados, porém, podemos afirmar que o campo de pesquisa é dos mais promissores.
BORREL, R. (trad.), “Bhagavad Gîtâ”, São Paulo: Editora Três, 1973. 151 p.
DUARTE, R. (trad.), “Bhagavad Gita – Canção do Divino Mestre”, 1ª edição., São Paulo: Companhia das Letras, 1999. 221 p.
FLOOD, G., “Na Introduction to Hinduism”, 1ª edição, Cambridge: Cambridge University Press, 1996. 359 p.
LORENZ, F. (trad.), “Bhagavad Gîtâ – A Sublime Canção da Immortalidade”, 2ª edição, São Paulo: Editora O Pensamento, 1924. 216 p.
PRABHUPÂDA, B. S., “Bhagavad-Gîtâ como ele é”, 2ª edição, São Paulo: The Bhaktivedanta Book Trust, 1995. 968 p.
RAMACHARAKA, Y., “Sciencia Hindu-Yogi da Respiração – Manual completo de philosophia oriental sobre a respiração”, 8ª edição, São Paulo: Editora O Pensamento, 1941. 160 p.
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[*] O autor agradece aos professores Mario Ferreira e João Carlos Barbosa Gonçalves pelas informações recebidas.
[**] Mestre em Ciências da Religião pela PUC-SP.
[1] Note-se o uso das palavras orientalidade e orientalização entre aspas. Tal opção indica uma percepção da complexidade do termo. Para efeito do presente estudo, porém, elas se referem ao aumento do apreço, por um número significativo de indivíduos de uma sociedade não-asiática, por elementos das culturas da Ásia.
[2] http://www.livrariacultura.com.br (c. 18.12.06).
[3] Aparentemente, o livro é de difícil acesso até mesmo por pesquisadores. Em uma busca nas bibliotecas da USP, em novembro de 2006, a obra foi dada como “não encontrada” – apesar de constar no sistema Dedalus como http://dedalus.usp.br:4500/ALEPH/POR/FFL/FFL/FFLCH/FULL/0096905? (c. 11.11.06).
[4] A esse respeito, ver comentário no site brasileiro da Bhaktivedanta Trust, editora oficial do movimento Hare Krishna, http://pt.krishna.com/main.php?id=30 (c. 12.12.06).
[5] É possível que aqui encontremos alguma relação entre essa obra e a de Lorenz, por conta do pertencimento a uma mesma – é nossa hipótese de trabalho – corrente esotérica baseada nas sociedades secretas e semi-secretas que abundaram no Ocidente entre a metade do séc. XIX e as primeiras décadas do séc. XX. Ainda assim, o principal destaque, no contexto de momento, está no ano de publicação da obra de Borrel e em seu aparente papel no movimento de “aplainamento de terreno” para a Nova Era.
[6] Texto disp. no site do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergética, de São Paulo. http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=4175 (c. 12.12.06).
[7] Texto disp. no site da Federação Espírita Brasileira (FEB). http://www.febnet.org.br/estudo/content,0,0,276,0,0.html (c. 12.12.06) – O negrito é de nossa autoria.
[8] Biografia de Lorenz no Martinismo em http://www.hermanubis.com.br/ (c. 12.12.06).
[9] http://www.circuloesoterico.org.br (c. 12.12.06).
[10] Em nossa pesquisa não encontramos referências a tal ordem, mas sim a uma Société Alchimique de France, que teria sido fundada em 1896 por François Jollivet-Castelot. Ver http://de.wikipedia.org/wiki/FUDOSI (c. 12.12.06).
[11] Reproduzimos a grafia do texto original.
[12] A respeito do “Hinduísmo à moda ocidental” ver Rawlinson, A., “A History of Western Sufism”, art. disp. in http://web.uni-marburg.de/religionswissenschaft/journal/diskus/rawlinson.html (c. 13.12.06)
[13] Que inclui entre seus temas “Cura Magnetica [sic]”, “O Trigramma [sic] Sagrado AUM” e “O auxilio [sic] poderoso de uma corrente astral”
[14] O Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, fundado na cidade de São Paulo em 1909.