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MG/ES é um projeto de pesquisa realizado em parceria pela UFMG, UFES, IAAC ( Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha) e PUC-SP. Trata-se de um levantamento da macro-região infra-estrutural situada basicamente entre Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) e determinada por operações de mineração, siderurgia e produção de celulose.

Uma configuração territorial constituída pela implantação de infraestrutura industrial e logística em larga escala, concentrando processos urbanos bastante significativos da modernização capitalista do país. Uma região onde as condições da integração global do Brasil estão sendo em grande parte agenciadas.

Um sistema infra-estrutural complexo e dinâmico, em que a implantação de minas, siderúrgicas, projetos de reflorestamento, portos e sistemas ferroviário e de navegação conforma o território. Um dispositivo operacional que articula extração, processamento industrial, distribuição, exportação e fluxos de capital, com abrangência internacional. Uma infraestrutura industrial e logística que torna-se cada vez mais flexível, afetando profundamente as situações urbanas e ambientais locais, com a emergência de novos tipos de atividades econômicas e de ocupação do espaço, gerando novas relações entre empresas, administração pública e comunidades.

Isto nos leva às questões de escala e escopo sob condições de globalização. A infraestrutura converte-se em um tipo de ambiente construído que acomoda novas dinâmicas (incluindo as digitais) e escalas. Ocorre uma desestabilização das escalas. Outras medidas ganham importância estratégica. Surgem sistemas regionais com alcance global. Uma complexa combinação de estruturas materiais locais e alcance global. Os impactos do re-escalonamento vão afetar todo o território. Essas redes alcançam imensa distância geográfica, constituindo um espaço de inserção global.

Trata-se de um modo de espacialização global: estabelece um outro tipo de territorialidade, que intersecciona com espaços fronteiriços, situados fora do sistema. Ocorre uma conformação com outros eixos, com outras economias. Trata-se de uma topografia complexa, em que condições locais articulam-se com o espaço globalizado, produzindo zonas liminares, intervalos, novos territórios internacionais.

A globalização estabelece um projeto infra-estrutural, visando a montagem de possibilidade máxima coletada de qualquer ponto, retirada de todo contexto. Concentração e congestão são os motores da organização do espaço. Relativização das distâncias, aproximação de situações afastadas e abandono de outras, próximas. Articulação intensiva de todos os elementos produtivos, otimizando ao máximo seu poder operatório. O dispositivo territorial global.

Como analisar processos em grande escala? Como compreender a nova articulação sistêmica do território? Como apreender a emergência de novas configurações urbanas e territoriais decorrentes das transformações dinâmicas desse sistema? Que procedimentos de mapeamento podem ser desenvolvidos para isso? Como mapear essas configurações complexas e dinâmicas, resultantes da articulação em rede de diferentes elementos díspares, sem obedecer a qualquer organicidade ou continuidade espacial?

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