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Largado à beira da linha do trem, abandonado, esse lugar parece
definitivamente imobilizado. Nada, aparentemente, acontece ali.
O trabalho de Fernanda Gomes consiste em, precisamente, permitir que nesse
vazio algo se dê. Lidar com um lugar que resiste, que não acolhe com
facilidade. Recorrendo apenas ao que está ali, proporcionar uma ocorrência.
Diante das situações engendradas pela artista, feitas de pequenos objetos,
restos, quase indícios, temos a convicção de que ali se passa algo. Ali
algo tem lugar.
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