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Convertido num antro de marginais, esconderijo e ponto de tráfico, o lugar transpira tensão. As inscrições nas paredes e os rastros de ocupação clandestina recente indicam os conflitos e dramas que têm ocorrido ali. É uma terra-de-ninguém. Neste local que inspira temor, Marcelo Dantas e Roberto Moreira trabalham com dispositivos de segurança. A parafernália criada nas grandes cidades, tomadas pela violência, para isolar os espaços de habitação e trabalho, para acompanhar o movimento dos visitantes, para detectar qualquer presença estranha, qualquer acontecimento inusitado. Uma cidade panóptica dominada por sensores, alarmes e circuitos fechados de tv. Onde no entanto a violência pode irromper quando menos se espera, o agressor materializar-se pela ativação de um detector de presença, a cena de um crime infiltrar-se nas imagens até então controladas dos circuitos internos de vigilância. |