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BOLETIM CLÍNICO - número 3 - dezembro/1997

Boletim Clínico | Psicologia Revista | Artigos

4. Resumo da Pesquisa "Teste Projetivo Sonoro" Para o XXVI Congresso Interamericano da Psicologia - PUC-SP 1997 - Efraim Rojas Boccalandro

Na pesquisa realizada sobre o Teste Projetivo Sonoro, demonstramos que as histórias eliciadas têm um rico conteúdo de projeções conscientes e/ou inconscientes do psiquismo das pessoas testadas.

Em segunda lugar, evidenciamos que o Teste Projetivo Sonoro é um instrumento clínico adequado para realizar uma avaliação psicológica ou estimular um processo de psicoterapia.

DESCRICÃO DO TPS
Para o estudo de validade do teste como estímulo projetivo, fizemos uma aplicação piloto em adolescentes de nível colegial. Para isso, elaboramos instruções adequadas a esta finalidade. Para aplicar o teste em pessoas cegas, foi necessário elaborar instruções adequadas para elas.

O Teste Projetivo Sonoro é formado por três melodias diferentes. A primeira é uma melodia inédita, ou seja, nunca foi gravada comercialmente, com trechos melódicos da autoria de Joel Nunes dos Santos, Efraim Rojas Boccalandro e Fernanda Pereira Mascaro. Nessa melodia, introduzimos silêncios, para que o ouvinte tivesse a impressão de estar ouvindo uma trilha sonora de filme que, como sabemos, apresenta pausas esporádicas.

A segunda música é um minueto de Bach, que em nosso meia é pouco conhecido e que foi arranjado pela professora Maria Angélica Guedes a fim de dar um contraste de andamento musical entre o minueto original de Bach, que é lento e um arranjo muita mais rápido e vibrante da professora. A terceira música é inédita, composta pela referida professora e por mim.

Das três músicas utilizadas no Teste, duas são inéditas, ou seja, não foram tocadas em público ou em emissoras de rádio e TV.

A segunda música é um minueto pouco conhecido de Bach que, num arranjo da professora Maria Angélica, ficou com um andamento muito diferente do original. As músicas deveriam ser inéditas ou pouco conhecidas, porque se utilizamos músicas já divulgadas pelos meios de comunicação ou músicas que ficaram famosas como trilhas sonora de filmes, corremos o risco de que as histórias elaboradas pelos sujeitos testados não sejam mais ingenuamente espontâneas e sim ligadas a fatores culturais.

As músicas não devem ter letras, para serem utilizadas como estímulo no Teste Projetivo Sonora.

Cada uma dessas músicas foi gravada três vezes para chegar a uma ligação entre história e vida pessoal do sujeito.

As instruções para a aplicação do teste estão gravadas junto com as 3 melodias em fita cassete.

CONCEITO DE PROJEÇÃO
Sabe-se que a primeira pessoa que utilizou a termo " projeção " em psicologia foi Sigmund Freud mencionando-o pela primeira vez em 1884 (1). Freud o utiliza para designar duas classes de fenômenos:

- Um mecanismo de defesa contra a angústia, nesse sentido, a projeção consiste em proteger o ego da angústia - tanto se procede do plano instintivo, quanto se origina no superego ou provém do exterior, ou seja, do objeto - impedindo a tomada de consciência de conteúdos internos perigosos, mediante deslocamento face o mundo externo. Dessa forma, mediante este mecanismo, o ego pode obter um alívio e uma satisfação e evitar a recriminação. A projeção foi particularmente estudada por Freud na paranóia e também na origem dos sentimentos religiosos.

-Um mecanismo de maior amplitude, consiste de recordações de nossas percepções anteriores, que tendem influir na percepção dos estímulos atuais. No vocabulário de Psicanálise de J. Laplanche (1986)(2), encontramos uma conceituação mais recente do processo de projeção. "Localização de um dado sensorial na posição que o objeto estímulo ocupa no espaço mais do que no ponto de estímulo sobre o corpo.

CONCEITO DE TÉCNICAS PROJETIVAS
O termo técnica projetiva ou teste projetivo foi usado pela primeira vez por Lawrence K. Frank (3) (389 a 413) que no livro "Métodos Projetivos para o estudo da personalidade "apresenta testes psicológicos já conhecidos que se enquadravam na sua conceituação. "Em sua essência, uma técnica projetiva é um método de estudo da personalidade que confronta o sujeito com uma situação à qual responderá segundo o sentido que esta situaçào tenha para ele e segundo o que ele é, segundo o que ele sentia no decorrer da resposta".

TÉCNICAS PROJETIVAS É A PERSONALIDADE
J. E. Bell (4) considera que as técnicas projetivas estejam ligadas aos conceitos de personalidade que apresentamos a seguir:

"A personalidade não é um fenômeno estático, e sim um processo dinâmico, do qual se deriva a necessidade de se utilizar instrumentos capazes de refletir este aspecto para sua exploração."

"A personalidade pode ser explorada, apesar de sua natureza dinâmica, porque está estruturada. Esta estruturação é o resultado de uma evolução integrada dependente de influências fisiológicas, psicológicas e sócio-culturais."

"O comportamento do indivíduo é o resultado da interação da estrutura da personalidade e do meio; o comportamento é pois uma função adaptativa. Conhecendo o segundo termo, constituído pelo teste estímulo e o comportamento, pode-se deduzir o primeiro termo, ou seja, a estrutura de personalidade ".

No meu entender, uma pessoa é um ser pluridimensional. Entre essas dimensões, podemos citar a física, a psíquica e a espiritual (valores, crenças).

Só que não há pessoas isoladas. O ser humano civilizado participa da vida social como uma singularidade pessoal em relação com outras singularidades pessoais. E dessa relação surge o fenômeno social. Podemos afirmar que, como este ser pluridimensional é um todo organizado, o todo seria refletido nas partes, e as partes influenciariam o todo.

Por este motivo, conhecer a dimensão psíquica, em parte, pode nos permitir inferências sobre isso que chamamos "pessoa". Assim como o funcionamento do corpo nos dá uma idéia sobre o funcionamento desse todo. Da mesma forma, saber da participação social de um indivíduo permite conhecer outras dimensões dessa pessoa.

INTERPRETAÇÃO DO TESTE PROJETIVO SONORO
As histórias eliciadas através das 3 melodias pelo Teste Projetivo Sonoro são interpretadas como se fossem sonhos. Na prática da aplicação do teste, temos percebido uma grande riqueza de símbolos e situações simbólicas no conteúdo dos relatos mostrando que nossa decisão intuitiva foi plenamente confirmada.

O pioneiro da interpretação dos sonhos foi Sigmund Freud (5). Para ele, todo sonho é realização de desejo quando o sonho é angustioso, mesmo assim, segundo ele, a interpretação permitirá encontrar um desejo por trás do enredo do sonho.

O enredo do sonho é chamado por Freud, conteúdo manifesto e aos motivos psíquicos, que estão por trás do conteúdo manifesto, dá-se o nome de conteúdo latente.

Freud afirma: " Uma vez levada a cabo a interpretação completa de um sonho, este se revela como uma realização de desejos". (5)(pg. 320).

Fundamentamos a interpretação das histórias do TPS num método Junguiano de interpretação de sonho. Jung (6) considera que os sonhos são manifestações do inconsciente pessoal e do que ele chama de inconsciente coletivo, que seriam energias psíquicas que pertencem a toda humanidade, que no sonho aparecem mediante símbolos.

Na frase de Jung "... o sonho é o teatro onde o sonhador faz ao mesmo tempo de cena, de ator, contra-regra, autor, critlco...". Podemos perceber como é complexo o trabalho do interpretador. (6) (pág. 284 - 285).

Concordamos plenamente com estas afirmações de Jung. E em nossa perspectiva, o fato de o sonho ser por inteiro criação da pessoa nas suas dimensões consciente e inconsciente, constitui um fator complicante para se perceber seu sentido.

Como neste resumo não cabe uma exposição extensa do método Junguiano de interpretação dos sonhos, apresentaremos apenas citações extraídas do livro "O homem à descoberta de sua alma".

"A comparação de fantasias oníricas e de imaginações do estado de vigília num mesmo indivíduo fornece-nos um outro argumento a favor da possibilidade de uma significação oculta e não manifesta. Não é, com efeito, difícil ver que tais imaginações no estado de vigília, possuem, além de um sentido superficial e concreto, uma significação psicológica profunda ". (6) (pg. 243).

Esta afirmação de Jung fornece uma validade extraordinária a todos os testes projetivos que utilizam estímulos que levam os sujeitos a inventar histórias.

No caso particular do Teste Projetivo Sonoro, essa afirmação de Jung nos dá uma base sólida para a nossa posição de interpretar as histórias, eliciadas pelos estímulos sonoros, como se fossem sonhos.

"Compreender o sonho, psicologicamente falando, exigirá portanto, em primeiro lugar, que se investigue as reminiscências vividas de que se compõe". (6) (pg. 244).

No Teste Projetivo Sonoro, as perguntas formuladas sobre as histórias são as seguintes:

1. Essas histórias têm relação com sua vida?;
2. Você percebe que, nessa história, você realiza necessidades suas?;
3. Há na história, sentimentos/emoções que você possa perceber como suas?;
4. Quem é o personagem principal da história?;
5. Quem poderia ser esse personagem secundário?

"A explicação de um fato psicológico exige que o encaremos sob um duplo ponto de vista, ou seja, no ponto de vista da causalidade e no ponto de vista da finalidade". (6) (pg. 247).

Aceitamos também a colocação de Jung de considerar que o sonho além de causa tem finalidade.

Transpondo para o Teste Projetivo Sonoro, devemos conduzir a interpretação para a finalidade da história, fazendo sempre uma interpretação a quatro mãos, que levará não à "verdadeira" interpretação, senão à interpretação que mais ajudará o sujeito a se conhecer, a perceber problemas que não estava percebendo, a dirigir-se para objetivos que teriam mais sentido dentro do contexto de sua vida pessoal.

Quando Jung fala que não se pode codificar os símbolos com significados unívocos, consideramos que ele está se baseando em que não podemos conhecer diretamente a dimensão do inconsciente.

Pretendemos, no Teste Projetivo Sonoro, utilizar esta abordagem Junguiana para, através de perguntas e associações que o sujeito possa realizar com os conteúdos de suas histórias, chegar a perceber a finalidade delas.

..."Apenas a conjugação das duas teorias, a causal e a finalista, ainda hoje por realizar em virtude de enormes dificuldades, tanto teóricas como práticas, nos pode conduzir a uma melhor compreensão da natureza do sonho." (6) (pg. 255).

..."O sonho faz parte, segundo o meu modo de ver, dessas reações oportunas, introduzindo na consciência, graças a um conjunto simbólico, os materiais constelados no inconsciente pelos dados da situação consciente.

Encontram-se, nesses materiais inconscientes, todas as associações que o seu apagamento tornava subliminares, mas que possuem, todavia, bastante energia para se manifestarem durante o sono. É evidente que a oportunidade do sonho e das suas imagens não salta aos olhos a primeira vista, tornando-se necessária a análise do conteúdo manifesto do sonho para destrinchar os elementos compensadores do seu conteúdo latente". (6) (pg. 264-265).

No Teste Projetivo Sonoro, o conteúdo das histórias relatadas pelo sujeito é considerado por nós, composto por energias psíquicas inconscientes e conscientes que estão vinculadas a problemas ou conflitos que podem pertencer tanto à dimensão consciente, como à inconsciente.

..." A palavra "Prospectivo", evoca, naturalmente, em nós a imagem de qualquer coisa de construtivo, de preparatório e de sintético". (6) (pg.271).

Nesta fase, Jung qualifica seu método de interpretação de sonhos como construtivo/sintético.

Como já dissemos antes, o Teste Projetivo Sonoro, através das perguntas que se formulam, das associações que se permitem ao sujeito, possibilita a chegada a uma interpretação correta do sonho/história.

METODOLOGIA DO TRABALHO
O objetivo de evidenciar que as histórias eliciadas pelo Teste Projetivo Sonoro têm um conteúdo rico de projeções conscientes e ou inconscientes do psiquismo das pessoas testadas, nos levou a fazer uma aplicação coletiva do Teste Projetivo Sonoro em alunos do segundo grau de um colégio privado do município de São Paulo, do primeiro ao terceiro colegial.

Solicitamos a colaboração voluntária para a aplicação do Teste. Houve 50 voluntários que realizaram o teste em três grupos: 2 de 15 e um de 20. A idade dos alunos variou entre 15 e 18 anos. E somente 5 se apresentaram à entrevista de interpretação do teste.

Mesmo sendo 5 casos completos, consideramos poder se perceber com clareza, que o conteúdo das histórias têm mais relação com a biografia pessoal do sujeito do que com a estimulação musical.

Além dos testes aplicados em colegiais, testamos mais quatro adultos e, nas suas histórias, conseguimos confirmar o que achamos com adolescentes.

Posteriormente, aplicamos o Teste Projetivo Sonoro em 6 pessoas cegas, 3 congênitas e 3 adquiridas. Este trabalho foi feito na Fundação Dorina Nowiel e confirmamos também nossa hipótese de trabalho.

Para dar uma idéia mais completa de como o Teste funciona como um estímulo de projeções, oferecemos aos interessados uma cópia do protocolo do Teste Projetivo Sonoro aplicado em uma pessoa cega.

ANEXO
Nome: D.
Idade: 26 anos.
Sexo: M.
Escolaridade: 2° grau incompleto.
Estado Civil: Casado.
Data da Aplicação: 2/05/96
Perdeu a visão aos 23 anos, decorrente de uma retinite infecciosa.


PRIMEIRA HISTÓRIA:
Eu senti... uma tragédia... o meu primeiro derrame. Logo depois, a busca...a descoberta do que estava causando aquilo. A espera de que melhorasse. Sempre o fator suspense. Melhorava, piorava. Até a operação final. E o resultado. A hora pior.

Aí veio a busca de um novo horizonte. Aquela esperança nasceu de novo. " Vamos procurar ajuda". Aí me lembrei, quando cheguei aqui na Fundação; foi como se a chama renascesse. Poderia estudar de novo; senti alegria novamente.

Entrevista:
E. - Parece que você fez uma história sobre você mesmo.
D. - É isso mesmo.
E.- Que necessidades suas você identifica nessa história?
D. - Necessidades básicas mesmo: interferir na sociedade, Ter espaço nela, serviço; que as coisas voltassem ao normal. Não como eram antes, ter as coisas que tinha, mas ser como era: livre para agir.
E.- Que sentimentos seus aparecem aqui?
D. - Angústia e medo a princípio. Medo pelo fato de ter ficado cego e esperança depois. O que me fortalece.

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO (Feito antes da Entrevista)
Personagem principal: Ele
Personagem secundário:- * -
Necessidades: de superar a cegueira; de voltar a ser o que era antes: "livre para agir".
Sentimentos/emoções: angústia; medo, confiança num amanhã melhor.
Direção da projeção: Passado e futuro.
Desfecho: Voltar a ser livre para agir.

SEGUNDA HISTÓRIA:
Muito bonito! Eu me senti subindo uma escada. Como se tivesse começando tudo de novo. Um novo dia. Trabalhando, estudando, as crianças na escola. Muito contente e satisfeito.

Outra música me passou um sentimento de realização.

(Tem dois filhos e veio do Paraná com 10 anos de idade)

Entrevista:
E. - Esta história fala de suas próprias necessidades.
D. - É sim. Busco a estória dentro de mlm mesmo. O que eu sinto... Tenho facilidade de colocar o que eu sinto e a música colaborou para isso.
E. - Esta história te traz algum outro sentimento, além de realização?
D. - Sim. É como que estar levantando do tombo: subir a escada.
E. - E isso também é um sentimento: autonomia.

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO (Feito antes da Entrevista)
Personagem principal: Ele.
Personagem secundário: A família.
Necessidades: De autonomia.
Sentimentos/emoções: Esperança de poder recomeçar sua vida; autoconfiança.
Direção da projeção: Presente e futuro.
Desfecho: Levantando do tombo e subindo a escada.

TERCEIRA HISTÓRIA:
Eu, a princípio, me senti retomando a minha vida amorosa com minha companheira. Depois que fiquei cego, nunca mais saímos para passear. Me vi com ela passeando, se divertindo: me imaginei brincando com os meninos, eles já maiores.

Entrevista:
E. - Nesta história, suas necessidades estão claras também.
D. - Aí meu Deus (chora...). Para mim, é difícil lembrar essas coisas.
E. - Que ajuda você gostaria de ter, nessas horas?
D. - Nas horas difíceis, é só o calor humano. Já passei por outros momentos difíceis, onde o dinheiro parecia ser o suficiente. Mas me enganei. A ausência de afeto é terrível. Gostaria de ajuda para desabafar, conversar sobre coisas difíceis, que não divido com ninguém.
E. - Talvez sua companheira possa ajudá-lo a fazer coisas que faziam antes, e assim a vida ficar mais agradável. Aproveite a ajuda da Fundação nesse recomeço.
D. - Ainda não me integrei aqui. Cheguei a pouco. Imagino que eles podem me ajudar.
E. - O mais importante você tem: garra e disposição.

ROTEIRO DE AVALIAÇÃO
(Feito antes da Entrevista)
Personagem principal: Ele.
Personagem secundário: A família.
Necessidades: Superar as dificuldades atuais e já estar vivendo uma nova fase, com suas necessidades afetivas preenchidas. De ser ajudado; de desabafar; de ter alguém com quem dividir, o que não divide com ninguém.
Sentimento/emoções: Angústia, solidão.
Direção da projeção: Futuro.
Desfecho: Recomeçar.

AVALIAÇÃO GLOBAL DO TESTE
As histórias de D. estão tão fortemente impregnadas da problemática de sua vida, que a interpretação brota das próprias histórias, sem necessidade de interpretações.
Percebemos um complexo de sentimentos em que angústia, medo e solidão se entremeiam com autoconfiança, disposição para enfrentar os problemas e esperança de poder ser ajudado, para recomeçar sua vida.
Percebemos, nas três histórias, um pedido muito angustiado de ajuda.

Notas e Referências Bibliográficas:

(01) Freud, S. - Totem e Tabu - Obras Completas, Biblioteca Nova, Madrid 1948, vol. Xlll págs. 83 a 87.

(02) Laplanche, Jean - Vocabulário de Psicanálise - Martins Fontes - Nona Ed. 1986, pàgs. 374/375.

(03) Frank, L. K. Projetive Methods, 1939, págs. 389 a 413.

(04) Bell, J. E. - Provective Technique, Longmans, Alen and Co., N. York, 1948- cap. l, págs.19 e 22.

(05) Freud, S. - La Interpretacion de los Suefios, Obras Completas, Biblioteca Nueva Madrid, 1948 Vol. l. - págs. 307 a 326.

(06) Jung, C.G. - O Homem à Descoberta de sua Alma -Tavares Martins, Segunda Ed., 1975, págs. 241 a 284.