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8. Ouvir: A práxis do psicólogo - Élcio Nogueira[1]
O que é ouvir? É o ato de aplicar um dos mais importantes dentre os cinco sentidos do ser humano. Mas, para o psicólogo, o que é ouvir? Talvez seja, muitas vezes, o sentido único.
Porém, só faz sentido ouvir sem pré-conceitos, de forma clara, o que o outro quer dizer.
Mas quais pré-conceitos? Os pré-conceitos dos conteúdos teóricos que nos são passados durante a graduação. Eles têm e terão importância fundamental durante a nossa práxis enquanto psicólogos. Mas, ao mesmo tempo em que nos dão uma possível visão do sujeito que nos fala, os conteúdos teóricos também nos distanciam dele. Os conceitos formulados por outros teóricos, que os elaboraram ouvido outros sujeitos, em outro tempo histórico.
Formamos, então, duas maneiras de "ouvir": ao tentar aplicar a teoria à fala do sujeito, tentamos "encaixá-lo" dentro da teoria X ou Y, em um exercício circular constante, provando um cientificismo, no mínimo, discutível.
É indiscutível que a psicologia seja uma ciência. Porém, ao nosso ver, trata-se de uma ciência interpretativa, ou seja: o que vale para um sujeito pode não valer para outro.
Ao ouvirmos a expectativa do outro que nos procura, constatamos que ele já passou por uma série de situações. E ao fim delas, quando o falante chega até nós, tornamo-nos para ele uma espécie de "donos da verdade".
Se não desmistificarmos esse "dono da verdade", estaremos simplesmente fazendo o Jogo do Poder do saber. Assim, o sujeito à nossa frente não será mais uma pessoa, mas apenas um falante que se enquadra dentro de uma teoria X ou Y. Então, teremos perdido de vista a própria teoria e correremos o fisco de perdermos a nós mesmos enquanto sujeitos.
Ouvir é um ato cotidiano, que se faz na práxis ao longo de toda a nossa carreira. E por que digo isto?
Talvez meu histórico na Graduação tenha me ensinado que, quanto mais ouço o sujeito que fala, mais tenho que ouvi-lo, e que as interpretações não são minhas e sim, da relação que se estabelece entre mim e o sujeito.
Não estou absolutamente falando em ecletismo. Concordo com Freud e com a psicanálise, mas não concordo em me ver freudiano ou psicanalista; não gosto de ter meus ouvidos obstruídos por um único ponto teórico. Até porque, se pensarmos em Freud e em sua teoria da das identificações, ele próprio diz que o sujeito é uma soma de fatores identificatórios[2].
Mas que histórico é esse? Em 1980 eu tinha necessidade de um sujeito para uma matéria. Conheci então André, no restaurante da PUC, que então não se parecia em nada com o atual.
Perguntei-lhe se gostaria de ser meu sujeito, e sua resposta foi interessante:
- Não. Preciso falar. Se não falar, vou explodir.
Eu me propus a ouvir. E, ao longo do tempo, descobri que André não iria explodir. Ele queria explodir, o que muda muito as coisas.
"Eu vou explodir", em linguagem psicológica, pode significar uma tal carga de pressão sofrida pelo sujeito, que ele se vê em uma situação de angústia que pode levá-lo a um ato insano. Bem, e o que é insano? Essa é uma discussão que a Psicologia está levando até hoje e que não cabe aqui. O que eu não ouvi no resto da fala de André? Simples: eu respondi:
- Pode falar que eu escuto.
- Com uma condição: que você publique um dia o que eu disse.
- Prometo.
Estava selado aí um pacto entre o fiel e subserviente estudante de Psicologia, e um desesperado sujeito em crise de angústia.
Hoje eu teria feito a seguinte leitura: Dois sujeitos buscando manipular um ao outro, cada qual com sua linguagem. André acabou se transformando no personagem do [meu] livro AIDS - Um caso real, publicado pela Litteris Editora em 1996. Eu o ouvi até a sua morte em 1990. E, se de 1980 até hoje, sempre questionei as funções da psicologia clínica, no período de 1983 a 1986, quando estive afastado da PUC-SP, esse questionamento foi particularmente intenso.
Naquele instante, não dei importância ao pedido de André; ouvi apenas o meu ego inflado: "eu iria ajudar uma pessoa angustiada".
Hoje eu teria perguntado a razão de seu pedido, e talvez pudesse descobrir sua importância. O livro foi publicado sem nenhuma interpretação, no sentido que costumamos ler em livros teóricos.
Apenas cumpri a promessa, deixando que cada leitor o entendesse como quisesse. Em 1996 eu já tinha a convicção de que as interpretações cabem no espaço restrito do chamado setting terapêutico.
O que havia mudado radicalmente: a minha visão de setting terapêutico, ao longo do processo de ouvir André - e creiam, foi simplesmente ouvir, da melhor maneira possível - o conceito de espaço clínico foi demasiadamente ampliado.
O que teria me levado a uma mudança tão extrema? André não se aceitava como homossexual. Isso era impossível para mim. Ele dizia que os lugares de freqüência homossexual eram guetos onde se vendia sexo barato e muita dor. André era preconceituoso. Seu discurso, sua fala, beiravam o melodramático. André tinha sido deixado por Paulo, seu grande amor.
Fui ver o que eram estes "guetos " e seu sexo barato.
Encontrei o "michê" ou "garoto de programa", ou "boy", como eles mesmos se designam hoje.
Um parêntesis: em 1987, Nestor Perlongher publicou pela Brasiliense uma tese de mestrado intitulada O Negócio do Michê, com caracterização, tipos, códigos de linguagem. É um estudo interessante para quem aborda hoje a questão do homoerotismo. Aliás, "homoerotismo" é uma expressão proposta por Jurandir Freire Costa, para fugir do estigma da palavra "homossexualismo".
Voltando ao tema, o ouvir em psicologia: Já entre 1981 e 1982 eu não conseguia ver em André o mesmo sujeito de antes. Eu tinha ido umas três ou quatro vezes a alguns lugares sugeridos por André. Constatei que, nesses lugares, realmente alguns códigos eram distintos do código universitário, e que a faixa etária de alguns meninos que se prostituíam geralmente ia dos 14 aos 18 anos. E, por mais que eu perguntasse a razão pela qual eles se prostituíam, a resposta era sempre a mesma: eles precisavam de dinheiro.
Então, quando ficavam sabendo que eu era estudante de Psicologia, a necessidade financeira era acrescida de um discurso que reforçava muitas das teorias vigentes na época, a saber: o pai era alcoólatra, ou ele não tinha pai; todos tinham pelo menos três irmãs mais novas para sustentar; todos eram ativos sexualmente, ou seja, penetravam, mas não eram penetrados pelos parceiros ou clientes; tinham uma namorada que não sabia que eles "se viravam". E, talvez, o fato mais interessante: muitos "michês" tinham um "cliente" fixo, com o qual mantinham um longo relacionamento e que, às vezes, era até intimo da sua família.
É interessante, neste momento, situar o leitor no período histórico. Em 1979, apareceria com intensidade, nos locais de freqüência homossexual, a figura do michê, que amplia seu espaço das ruas para as saunas. Não falamos do michê de rua, até porque, conforme Perlongher, este é muito variável; é muito difícil achá-lo duas vezes no mesmo ponto. Já o michê de sauna é mais fiel ao ponto; é um cliente fixo da sauna. De qualquer modo, esta situação se mantêm até hoje.
A fala dos michês era interessante. Eles falavam a mesma coisa.
Todos eles tinham pai e eram ativos. Não os ouvi entre abril de 1982 e janeiro de 1983. Em compensação, André dizia o contrário deles; o que, no número, seria uma contradição. Ou seja, aquilo que, enquanto psicólogos, sempre nos perguntamos: no paciente, que é fantasia e o que não o é? Sempre tentamos interpretar para não sermos apanhados em algum "buraco negro" do inconsciente. Por que eu ainda ouvia André? Bem, esse foi um longo problema terapêutico, que não cabe aqui.
É muito interessante notar que o cliente dava o discurso complementar. Era ele, o cliente do michê, que tinha o papel passivo, era o efeminado, a "maricona", como se dizia na época. Situação em que o apaixonado era o cliente (papel feminino bastante estereotipado), e o michê desempenhava o papel masculino, igualmente estereotipado. Frisemos que André desmentia ambos, tanto o discurso do cliente como o do michê. Em dezembro de 1983, por problemas pessoais, fui obrigado a trancar a matrícula na Faculdade, mas continuei a ouvir André.
Como seu discurso não fazia muito sentido, iniciei uma pesquisa-base, se é que se pode chamar assim. Essa pesquisa consistia em ouvir, além dos michês, seu clientes, que passaram a me procurar. Eles tinham medo de uma estranha doença que só atingia homossexuais, principalmente nos Estados Unidos. A doença passou a ser chamada de AIDS. Eles sabiam que eu era estudante de psicologia; assim, mais uma vez, assumi o papel de detentor de alguma "verdade".
Em 1983 comuniquei a todos os michês e seus clientes que não estava mais na Faculdade e que, se eles estivessem dispostos, eu poderia ouvi-los. A esta altura, eu já estava atrás de muitas verdades, inclusive da minha. Muitas verdades estão em meu segundo livro, Café em São Paulo, lançado este ano pela Litteris.
Apesar de estar com a matrícula trancada na Faculdade, muitos michês e seus clientes quiseram continuar a ser ouvidos. O outro, aquele que procura a nós, psicólogos, pressupõe que temos um saber que ele não possui; o poder de ler seu inconsciente. Há quem nos veja como uma espécie de padre, que devemos ouvi-los como na confissão católica dos pecados. Para mim estava claro que a Psicologia teria que rediscutir seu papel social e desempenhá-lo junto ao público de maneira mais nítida.
Em 1985 a AIDS explode no Brasil, com uma grande repercussão, nos locais de freqüência homossexual. Desempenhando meu papel social, acompanhei muitos michês em situação de emergência aos hospitais, nos quais raramente havia uma vaga. Naquela altura, pensar em assistência psicológica para pacientes soropositivos era uma atitude no mínimo surrealista. Não havia leitos nos hospitais, não havia remédios e o tempo de sobrevida de um soropositivo era de dois anos, no máximo. Era patente a falência dos órgãos de saúde no Estado.
Assim, em termos práticos, o atendimento a tais pacientes pelo psicólogo em clínica era inviável. Tudo que podia ser feito era ouvir e dar o maior carinho possível. No máximo, podíamos interpretar que a depressão era enorme [e ainda assim, restritos ao nosso quarto. Em termos freudianos, diríamos que Tanatos estava liberado.
Raciocinemos: um homossexual, já de saída rejeitado socialmente, portador de uma peste? Uso o termo peste, porque foi com ele que as notícias sobre a AIDS foram veiculadas pela mídia. Quem não se deprime em tais condições é um herói e não o sabe.
Em 1999, Elisabeth Morales Brambfla, psicóloga de um Centro de Referência de Doenças Sexualmente Transmissíveis da Prefeitura do Município de São Paulo, disse em entrevista, que devemos tirar o "taiileur" e o sapato de saltinho para podermos enxergar melhor[3]. Ou seja, se não nos despirmos da roupagem teórica e não conhecermos a realidade psico-social do soropositivo, teremos duas linguagens incompatíveis - a dele e a nossa -, e não faremos progresso.
O trabalho de campo com o michê e seus clientes é de importância fundamental. Essa importância foi comprovada pelo uso do método interativo de pesquisa. Tal método pressupõe uma integração do pesquisador com o grupo, sendo, às vezes, usado em Antropologia.
Verificou-se, em primeiro lugar, que, contrariando seu discurso, o michê nem sempre desempenha o papel ativo. Freqüentemente tem pai e não tem namorada. A prostituição viril é apenas uma desculpa, a de arranjar dinheiro, para, então, o adolescente justificar uma atitude homossexual. O michê desempenha dois papéis diversos: um em sua comunidade de origem (periferia de São Paulo); outro no local de freqüência homossexual. O papel masculino, que é exercido até o momento do contato, a partir deste momento se inverte. Por outro lado, o homossexual cliente assume o papel oposto, complementando assim o jogo social até o momento do contato.
Ou seja, o poder masculino em uma sociedade patriarcal burguesa, na qual o que importa é a manutenção do poder. Nesse jogo, o homossexual assume o papel passivo com uma carga estereotipada do feminino, que, dentro de uma sociedade assim, é vista como inferior. Note-se que não falamos do travesti nem do transexual, e sim da figura da maricona, ou da hoje chamada bichinha quaquá.
É óbvio que muitos clientes destes michês são ainda hoje casados, têm filhos e mantêm cargos executivos em várias empresas. Mas, ao se encontrar com o michê e uma terceira pessoa, que aparentemente, não faça parte deste universo, mantêm o papel de passivo, cabendo ao michê o papel de ativo para que o pacto social se mantenha.
Quando ambos, cliente e michê, passam a confiar no entrevistador - e isso significava o não julgamento moral por parte deste -, então as entrevistas ficam claras. É a partir deste momento que, para o psicólogo, revelam-se várias situações: a culpa, a angústia, o vazio, vividos por todos os participantes desse universo, em função de sua estigmatização.
O jogo social descrito acima também demonstra como era fácil, tanto para o michê quanto para o cliente, passarem ao psicólogo o discurso que ele esperava ouvir, pois todos lidariam com figuras estereotipadas: a do bom psicólogo detentor da verdade, o homossexual doente e o michê carente. O jogo social do poder então não se rompe. Sem alterar o jogo, a sociedade se mantêm machista e patriarcal.
No desvelamento do discurso, percebe-se então uma inversão dos papéis ativo-passivo, masculino-feminino, bem como das relações de poder. Numa relação em que o cliente "compra" o corpo que o michê "vende", por exemplo, o michê escolhe o cliente. Neste ponto entra uma nova componente: a questão estética, amplamente difundida nos meios homossexuais masculinos. A questão não foi por mim estudada no feminino.
Ao se partir única e exclusivamente da linguagem psicológica, perde-se o restante, um conjunto muito fico e interessante do ponto de vista profissional, no qual ocorrem inversões de figuras e fundo. Pretendo voltar a essa questão em um próximo livro, cujo título provisório é A estranha conversa de Pedro.
Espero ter deixado claro que não estou abordando a identidade de gênero, questão tratada brilhantemente por Stoller em Masculinidade e Feminilidade[4]. Meu objeto de estudo são linguagens sociais assumidas por dois grupos aparentemente distintos - o michê e o cliente homossexual -, mas que se complementam até hoje.
Então podemos dizer que a mesma perda de linguagem ocorre com o paciente homossexual ao ficarmos restritos ao setting terapêutico e à linguagem teórica. Essa perda é redobrada se o paciente for homossexual e soropositivo. Enfim, especificamente, em relação ao homossexual, de 1985 até hoje, o que se pode fazer é levar em conta o estigma e a pressão social que é exercida sobre o sujeito que tem esta opção. É preciso ter em mente que o preconceito não diminuiu, e sim, aumentou.
Alguns colegas nossos, talvez por mera desinformação, ou por mau uso de alguns conceitos morais e psicológicos, se propõem a "curar" a homossexualidade. Trata-se de um resíduo de autoritarismo e fascismo, partindo do próprio meio profissional. Esses colegas partem de um juízo de valores preconceituoso, esquecendo-se de que nem todo fato é exclusivamente ruim.
Por outro lado, é grata a lembrança de infectologistas e dermatologistas que, no período 1985/90, tentavam tirar o estigma e o preconceito da homossexualidade. A dificuldade em lembrar-se de psicólogos que agiam da mesma maneira, deve-se ao fato de ser Marta Suplicy a única voz audível da categoria.
Mas, qual a razão dessa lembrança? Porque a situação clínica gera em todos, profissionais e leigos, uma sensação de saber algo a mais, do pressuposto de uma possível cura da homossexualidade.
Deve ser lembrado o caso de um adolescente homossexual que, em 1998, enviou uma carta ao jornal Folha de São Paulo[5]. Na carta, o adolescente se dizia desesperado, pois quando colocou sua condição à terapeuta, ela declarou que ele "não deveria fazer sexo; que isto seria uma coisa anti-natural". Infelizmente, em nossa profissão, não faltam casos de aberrações moralistas como a dessa colega.
A colega que tenta "curar" seu paciente partindo de uma postura de miopia moralista usa um falso poder que, na realidade, não tem, colocando o paciente em um desespero ainda maior. Casos similares não faltam nos consultórios.
Além do mais, todos sabemos que o homossexualismo não é uma doença. Sabemos disso pessoalmente. Nossa colega ouviu, na verdade, seu próprio ego inflado (ou inflamado?). Por sua ótica moral, ela nos leva ao ponto de partida de nosso artigo.
Para concluir, diríamos que temos um modelo clínico do início do século, o qual é mantido durante o curso de graduação. Perdemos de vista o sujeito à nossa frente; ouvimos um sujeito-psicológico, isolado de seu contexto psico-social. Por sua vez, esse sujeito chega a nós com as mais variadas expectativas, e com uma queixa que para ele, sujeito, é real.
Na maioria das vezes, não ouvimos a nós mesmos, e nem ao sujeito à nossa frente. Nossa linguagem, nossa formação e postura profissional acabam distorcendo o sujeito e a nós mesmos, em uma vã tentativa de ajudar. Vã porque não ouvimos ao sujeito como um todo, e nem a nós mesmos.
O setting terapêutico por si só acaba por colocar ou reforçar a imagem do doutor que cura. Isso nos afasta definitivamente de nosso objetivo, enquanto psicólogos, que seria o de ponto de referência, e nada mais.
Nossa sugestão seria a de que ouvíssemos a nós mesmos; ouvíssemos o que diz afetivamente o sujeito à nossa frente, sem preocuparmo-nos com transferência ou contra-transferência. Devemos olhar a realidade social do sujeito, para então podermos ouví-lo melhor; ouvi-lo sempre.
Ao proceder assim, perceberemos, então, que nosso conhecimento é escasso, que nosso conceito de consultório precisa ser ampliado, e que o ato de ouvir terapeuticamente pode não se restringir a uma sala fechada.
Porém, se continuarmos ligados a conceitos terapêuticos de cem anos, a uma ciência empirista que tenta solucionar algo a qualquer custo, a profissão tenderá a não mais sair do lugar. Os consultórios ficarão cada vez mais vazios, e as clínicas de terapias ditas alternativas, cada vez mais cheias.
Observação: Tendo terminado minha graduação em 1987, continuei a ouvir o michê gratuitamente até 1992, quando o uso do crack se consolidou em São Paulo definitivamente. Aí, o simples ouvir tornou-se impossível. Alguns clientes desses michês se tornaram pacientes; mas, para manter sua privacidade, solicitaram que eu os fosse ouvir em seu lugar de trabalho, ampliando o conceito de setting terapêutico. A maioria deles já era soropositiva e, hoje, quase todos estão mortos. Esses pacientes fizeram parte da "primeira onda" da AIDS.
Notas:
[1] Psicólogo clínico formado pela PUC-SP
[2] Principalmente em O Ego e o Id nas Cinco Lições de Psicanálise.
[3] Jornal do Psicólogo. Nº 22, Maio/Junho 1999, pag. 5.
[4] Stoller, Robert: Masculinidade e Feminilidade. São Paulo, Artes Médicas 1993.
[5] Foi-me enviado, sem remetente, um recorte do jornal omitindo data e página.