Mario Schemberg foi um dos maiores fisicos teóricos deste século. Nascido em 1914, na pequena Recife, seu hábito compulsivo de leitura e sua grande vontade de encontrar respostas para as curiosidades que surgiam foram aspectos marcantes em sua trajetória .

Em 1933, Schenberg decidiu transferir-se de Recife para a capital paulista, pois havia lido uma publicação sobre a provável criação de uma faculdade de ciências em São Paulo, motivo que realmente o atraiu.

Já na capital paulista, no centro acadêmico da faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, Schenberg teve acesso ao instigante mundo da Ciência, onde questões estavam sendo investigadas por grandes cientistas em diversas partes do planeta.

Em 1935 formou-se engenheiro elétrico pela Escola Politécnica de São Paulo. Neste mesmo ano, começou sua carreira de docente, sendo admitido pelo físico Wataghin, na própria Politécnica,como preparador das aulas de Física Geral e Experimental.

No Departamento de Física da USP, como diretor, de 1953 a 1961 realizou mudanças na estrutura e organização do curso de Física. Lá, criou o laboratório de Física do Estado Sólido e instalou o primeiro computador na universidade, abrindo caminho para o estabelecimento dos cursos de computação.

Politicamente, o período mais difícil da vida do cientista foi passado durante a ditadura militar, mais exatamento em 68, quando foi implantado o Ato Institucional número 5, conhecido como AI-5. De acordo com o decreto, Schenberg estava aposentado e proibido de freqüentar vários lugares. Se fosse à USP, correria o risco de ser preso.

Como o ponto forte da personalidade do cientista era a coragem, decidiu não só manter-se fiel aos seus ideais - políticos ou não - mas também permanecer no território brasileiro. Nessa fase, Schenberg fez da atividade de crítico de arte uma rotina em seus dias.

   
   
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