a curvatura da luz num campo gravítico

A luz de estrelas passando perto do Sol deveria ser deflectida ao atravessar o intenso campo gravitacional do Sol. O desvio poderia ser observado durante os eclipses do Sol, comparando as posições das estrelas em volta do Sol (no espaço celeste apontado pela direcção terra-sol) com as que se observam habitualmente durante uma noite em que o Sol está noutro sítio do céu. As estrelas deveriam parecer mudar de posição, afastando-se umas das outras como se fossem vistas através de uma «lente gravitacional». O «enrugamento» do espaço tornar-se-ia aparente do mesmo modo que um defeito num vidro é facilmente detectado pela distorçao na imagem de objectos vistos através dele.

Em Maio de 1919, foram realizadas duas expedições por astrónomos britânicos, uma na ilha portuguesa de Príncipe (em S. Tomé e Príncipe, na África Ocidental) e outra no Brasil, que conseguiram fotografar as estrelas perto do eclipse. Einstein tinha previsto um desvio de 1.74" e as medidas foram de 1.98" +ou- 0.30" e 1.61" +ou- 0.30". Foi o primeiro efeito novo previsto pela Relatividade Geral a ser observado.

Mais tarde, verificou-se que os erros envolvidos nas medidas que foram feitas (nas fotografias do eclipse) eram da mesma ordem de grandeza do desvio que se procurava determinar. Ou seja, de facto nada tinha sido provado; os astrónomos britânicos, enganados pelas suas expectativas, não se tinham aparentemente apercebido disso. Só observações posteriores, feitas com maior precisão (e usando ondas electromagnéticas), confirmaram definitivamente o efeito previsto por Einstein.

Como estamos inseridos no espaço, não conseguimos perceber a sua curvatura directamente mas apenas a notamos como atracção gravitacional e distorção geométrica de imagens.