A precessão de Mercúrio era um fenómeno inexplicável, na sua totalidade, com base nas leis de Newton.
a precessão do eixo orbital de Mercúrio A Teoria da Relatividade Geral explicou finalmente a razão da precessão do eixo orbital de Mercúrio, que não era totalmente explicada pela teoria de Newton. Como Mercúrio está tão próximo do Sol, o campo gravitacional do Sol é para ele muito mais intenso do que para qualquer outro planeta. Por isso, a explicação da precessão do eixo orbital de Mercúrio, exige uma descrição relativística. A Lei da Gravitação Universal de Issac Newton fazia uma previsão errada para a precessão do periélio (o ponto mais próximo do sol) da órbita de Mercúrio. A órbita é elítiptica mas roda em torno do ponto focal (o Sol) cerca de 570 segundos de arco por século (570"). Esta precessão do eixo orbital era explicada em parte pela teoria de Newton, tendo em conta as perturbações na órbita devidas à presença dos outros planetas. Mas, feito isso, ainda ficava uma discrepância de cerca de 43" por século entre a previsão e o valor observado. Um facto que era um mistério completo para os cientistas no início do século XX . Muitas soluções foram propostas: a hipótese de existir um planeta dentro da órbita de Mercúrio, designado por Vulcano, escondido do outro lado do Sol para tentar explicá-lo; ou que Mercúrio tivesse uma lua; ou que o planeta Vénus fosse 10% mais pesado do que se pensava; ou que o Sol era mais achatado nos polos do que se pensava. Até se pôs a hipótese de que a gravidade não fosse proporcional a 1/d2 mas sim a 1/dp, com p = 2+epsilon (um número pequeno). Só a partir de 1915, quando Einstein publicou o seu trabalho sobre a teoria da relatividade geral, esse desvio no periélio de Mercúrio passou a ser verdadeiramente compreendido. Einstein aplicou a sua teoria da gravitação e descobriu que as modificações na escala do tempo e das distâncias que ela previa resultavam precisamente num avanço de 43" por século. |