Curiosidades
A maçã
Na época em que se formou, uma epidemia de peste assolava Londres, o
que o fez retirar-se para a fazenda da mãe. Foi ali que fez sua observação
mais famosa: viu uma maça cair de uma árvore. Esse fenômeno
corriqueiro o levou a pensar que haveria uma força puxando a fruta para
a Terra e que essa mesma força poderia também estar puxando a
Lua, impedindo-a de escapar de sua órbita, espaço afora. (Só
bem mais tarde, levando em conta os estudos de Galileu e Kepler, além
de suas próprias experiências e cálculos, Newton formularia
essa idéia no seguinte princípio: "A velocidade da queda
é proporcional à força da gravidade, e inversamente proporcional
ao quadrado da distância até o centro da Terra".) Essa teria
sido a primeira vez em que se cogitava que uma mesma lei física (a atração
dos corpos) pudesse se aplicar tanto a objetos terrestres quanto a corpos celestes.
Até então, seguindo o raciocínio de Aristóteles,
achava-se que esses dois mundos - Terra e céu - tivessem naturezas completamente
diferentes, sendo cada um regido por um conjunto específico de leis.
"Se enxerguei além dos outros, é por que estava no ombro
de gigantes" (Isaac Newton)
Rivalidade
Já conhecido por suas experiências ópticas, Newton retornou
a Cambridge, onde se tornaria professor catedrático de Matemática
( um posto altíssimo), com apenas 27 anos. Mais tarde, foi eleito membro
da Royal Society. Nesta sociedade de estudos científicos, passou a enfrentar
a freqüente inimizade de Robert Hooke. Esse relacionamento belicoso era
piorado pela extrema suscetibilidade de Newton às críticas. A
maior contenda entre os dois (dentre as muitas ocorridas ao longo dos anos)
dizia respeito à natureza da luz: Newton acreditava ser ela composta
por partículas; já para Hooke, a luz era feita de ondas, tal como
o som, (Essa disputa prosseguiria até muito depois da morte de ambos.
Podemos hoje considerar, à luz dos conhecimentos mais avançados,
que essa partida resultou, por assim dizer, num empate com dois vendedores:
a luz tem uma natureza simultaneamente ondulatória e corpuscular.) Outra
disputa, desta vez internacional, envolveu Newton e o matemático alemão
Gottfried Wilhelm Leibniz. Ambos criaram, independentemente - e, para complicar
as coisas, quase ao mesmo tempo - o cálculo infinitesimal, com base nos
estudos feitos pelo francês Pierre de Fermat.
Isaac Newton é lembrado
sempre pela descoberta da Lei da Gravidade. O astrônomo inglês usou
essa teoria para explicar como a Lua é mantida em órbita ao redor
da Terra. Mostrou também que os corpos celestes são quase esféricos
devido à gravidade, que se distribui em todas as direções.
Em 1666, quando o jovem cientista Isaac Newton tirava um cochilo embaixo de
uma macieira, um dos frutos se soltou do galho e caiu em sua cabeça.
Ele se pôs a estudar esse fato aparentemente tão simples e descobriu
a gravidade. A maçã havia caído por causa da força
que atrai todos os corpos em direção ao centro da Terra.
O arco - íris
O fenômeno do arco-íris foi explicado por Isaac Newton, um dos físicos mais famosos de todos os tempos, que viveu na Inglaterra de 1642 a 1727. Ele lançou as bases da mecânica clássica, também chamada newtoniana, que explica o movimento dos corpos. Introduziu a noção de gravitação universal e calculou a aceleração da gravidade terrestre. Paralelamente a Leibniz, ele desenvolveu a teoria do cálculo diferencial. Também estudou a luz e tratou-a como onda, introduzindo o conceito de freqüência.
Newton explicou a natureza do arco-íris. Depois disso, em 1820, Keats, um importante poeta inglês, ficou indignado com o fato de haver explicação natural para um fenômeno tão belo e envolto em misticismo. O poeta em seus versos acusou Newton de destruir a "poesia do arco-íris"!
Isaac Newton criou um arco-íris num quarto escuro. Um pequeno buraco
num anteparo deixava passar um raio de sol. No caminho dessa luz, colocou um
prisma de vidro transparente que refratava (mudava a direção)
do raio de sol por um ângulo, assim que ele penetrava no vidro, e depois
novamente quando passava pela face mais distante para voltar ao ar. Quando a
luz batia na parede do fundo do quarto de Newton, as 7 cores do espectro ficavam
claramente evidentes.
Newton não foi o primeiro a criar um arco-íris artificial com um prisma, mas foi o primeiro a usá-lo para demonstrar que a luz branca é uma mistura de diferentes cores. O prisma as separa, inclinando-as por diferentes ângulos: o azul por um ângulo mais agudo que o vermelho; o verde, o amarelo e o laranja por ângulos intermediários.
O prisma separa um raio de luz branca nas diferentes cores do espectro
Algumas pessoas pensavam que o prisma mudava a qualidade da luz, dando cores
a ela, ao invés de separar as cores de uma mistura já existente.
Newton decidiu a questão com dois experimentos em que a luz passava por
um segundo prisma. Inicialmente ele colocou, depois do primeiro prisma, uma
fenda que deixava passar apenas uma pequena parte do espectro, digamos, a porção
vermelha. Quando essa luz vermelha era novamente refratada por um segundo prisma,
aparecia apenas luz vermelha. Isso demonstrava que a luz não é
qualitativamente alterada por um prisma, apenas separada em componentes que
estariam normalmente misturados. Em seu outro experimento decisivo, Newton virou
o segundo prisma de cabeça para baixo. As cores do espectro que haviam
sido desdobradas pelo primeiro prisma voltaram a ser reunidas pelo segundo.
O que apareceu foi a luz branca reconstituída.
A maneira mais fácil de compreender o espectro é pela teoria da luz como onda. O importante sobre as ondas é que nada realmente viaja todo o percurso da fonte ao destino. O movimento que se produz é local e em pequena escala. O movimento local desencadeia o movimento no próximo trecho local, e assim por diante, ao longo de toda a linha, como a famosa "ola" ("onda", em espanhol) dos estádios de futebol.
O que ocorre num prisma
de vidro ou em uma gota de chuva para dividir a luz branca em suas cores separadas?
E, por que os raios de luz são desviados pelo vidro e pela água?
A mudança resulta de um retardamento da luz, enquanto ela se move do
ar para dentro do vidro (ou da água). Ela acelera de novo quando sai
do vidro.