Curiosidades

                                        

 O INCOMPREENDIDO

        Demorou até 1921 para ganhar o Nobel?

       Na verdade, Einstein foi rejeitado oito vezes pela Comissão do prêmio de 1910 a 1921, pois os jurados se mantinham divididos quanto à questão da Relatividade. Chegaram até indicar um membro para analisar a Teoria, mas foi em vão, ele não conseguiu compreendê-la. O comitê Nobel para Física da Academia Real de      Ciências da Suécia, então, não ousou conceder o prêmio com medo que algum dia alguém comprovasse que a Teoria estava incorreta.

       Quando enfim deram o prêmio Nobel, no valor de 32 mil dólares, foi pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico.

       Com seu humor irônico de sempre, deixou a todos surpresos na hora de discursar pela premiação ao ficar destacando somente a teoria da Relatividade e nenhuma linha sobre o efeito fotoelétrico.

      

     Einstein repassou a Mileva Maric o dinheiro do Nobel, em cumprimento a um acordo de divórcio.

 

 

O MÚSICO

 

     Aos 6 anos de idade, incentivado pela mãe, o que depois foi consolidado com lições de Heller Schmidt dos 6 aos 13 anos, o violino viria a tornar-se um instrumento fundamental ao longo de toda a sua vida quando pretendia refletir sobre suas teorias.

Ele também gostava de compor ao piano hinos religiosos. Ele aprendeu a tocar sozinho, ouvindo a talentosa pianista que era a sua mãe e, em casa, recebia aulas de religião judaica. 

       Em Berlim, no ano de 1919, uma pequena orquestra formada por escritores e cientistas costumava se reunir freqüentemente na casa do matemático  Hadamar. O repertório predileto desses músicos amadores era formado pelas sinfonias de Mozart e algumas obras de Beethoven

 

                              



      Fazia-lhes falta um bom primeiro violino. Jacques resolveu o problema, trazendo para o grupo um novo colega chamado Albert Einstein. Este ainda era um desconhecido fora dos círculos especializados e pouco integrantes sabiam que o novo violinista dirigia um famoso instituto alemão e havia sido agraciado recentemente com o prêmio Nobel da Física.

      Leia o testemunho do novelista George Duhamel, sobre a participação de Einstein em seu primeiro ensaio:

"Einstein era um bom violinista. Tocava com clareza e rigor, observando suas entradas com absoluta precisão, mas sem fazer o menor esforço para destacar-se sobre os demais. Nos momentos de inatividade levantava seu nobre rosto, cuja expressão era uma mistura de candura e inteligência. Estava bem vestido, mas nele tudo era simplicidade. Sentia-se que ele não dava importância às vestimentas. Já a música representava um enorme valor para seu espírito. Quanta devoção, quanta modéstia havia na personalidade desse mestre.
Lembro-me sobretudo de alguns ensaios, em que líamos e estudávamos a Sinfonia Júpiter, de Mozart. Esta obra se transformou para mim em um símbolo de recordação de Einstein”.


O NAVEGADOR

 

      Quando não trabalhava, gostava do contato com a natureza, era um navegador entusiasmado. Adorava a solidão. Isolava-se num veleiro ou então caminhava sozinho pelas montanhas.

                            

        Einstein adorava um local chamado Caputh  (pequena aldeia perto de Berlim),  onde tinha uma casa de veraneio às margens de um lago. A casa foi um presente dos cidadãos ao cientista em reconhecimento por seu grande prestígio internacional. Lá, ele passou seus verões e nesse lugar, que considerava “o paraíso”, fazia passeios com um veleiro que ganhou de presente de seus amigos, pelo seu 50 º aniversário. O cientista chamava o barco de "my thick sailing boat”.

       Mas como nada é perfeito, o cientista teve que abandonar o local, fugindo do nazismo, indo se exilar nos EUA.

       Tropas de choque alemãs revistaram a casa de campo de Einstein, em busca de armas e munição, pois tinham informações de que ele dera permissão para militantes comunistas estocarem equipamento militar em sua propriedade. Nada foi encontrado, além de uma faca de pão! Tais acontecimentos haviam sido previstos por Einstein. Ao fechar a casa em Caputh ele teria dito a Elsa: "Dreh dich um. Du siehst's nie wieder" ("Olha em volta. Não voltarás a vê-la.

      

      

 

                               

No lago de Princeton, com seus cabelos brancos rebeldes e sua livre imaginação, continuou a velejar, a deixar sua mente vagar por outros mundos.

 

 

 

O  IMAGINATIVO  

 

      

     Albert apreciava jogos que requeriam uma certa paciência e tenacidade, e de preferência que pudessem ser realizados individualmente. Em vez de brincadeiras infantis com as outras crianças, no jardim, preferia construir, sozinho, complicadas estruturas com cubos de madeira e grandes castelos de cartas. Aos sete anos ele demonstrou o teorema de Pitágoras, para surpresa do seu tio Jakob, que poucos dias antes lhe ensinara os fundamentos da geometria.

 

     Gostava de fazer experiências mentais. Por exemplo, o que aconteceria se viajasse ao lado de um raio de luz? Ou se estivesse a cair do telhado de uma casa? Estas duas experiências mentais foram importantes para desenvolver a relatividade restrita e a geral.

 

       Na escola, Albert sentia grande dificuldade para se adaptar às normas rígidas do estudo. Os professores eram muito autoritários e exigiam que os alunos soubessem tudo de cor. Geografia, história e francês eram grandes suplícios e, particularmente, o grego constituía obstáculo quase intransponível: decorar conjugações de verbos era para ele um horror! Enfim, no conjunto das suas habilidades infantis, nada deixava transparecer o gênio que viria a ser; seus familiares acreditavam até que ele poderia ter algum tipo de dislexia. Preferia mais as matérias que exigiam compreensão e raciocínio, tal como a matemática.

       Em conseqüência das suas dificuldades para memorizações ele se desinteressava pelas aulas que exigem tais habilidades, provocando violentas reações dos seus professores. Tanto, que certo dia o diretor da escola, coincidentemente o professor de grego, convoca-o para uma reunião e declara, entre outras coisas, que seu desinteresse pelo grego era uma falta de respeito pelo professor da disciplina, e que sua presença na classe era péssimo exemplo para os outros alunos. Encerrando a reunião, o professor disse que Einstein jamais chegaria a servir para alguma coisa (Fölsing, p. 28)

       Educado no ambiente militarista da Alemanha dos anos 1880, o pequeno Albert nunca quis ser soldado. Certo dia, durante um desfile militar, seus pais asseguraram que ele um dia também poderia usar um daqueles belos uniformes. O garoto, por volta dos sete anos, respondeu que "detestaria ser um desses coitados". Também evitava atividades competitivas, incluindo aí xadrez. Aos 16 anos solicitou a cidadania suíça, para evitar o serviço militar na Alemanha.

       Em suas notas autobiográficas, Einstein conta que nessa ficou tão enfastiado das questões científicas que, logo depois de se formar, passou um ano inteiro sem ler as revistas especiais que eram publicadas. Isto possivelmente pelo fato de já haver, durante o curso, feito a leitura de todos os grandes cientistas da época - particularmente Helmholtz, Hertz e Boltzmann - adiantando-se ao programa estabelecido pela Faculdade. Preferia ficar lendo em casa a ir assistir às aulas.

       Um de seus professores de matemática, Hermann Minkowski, que mais tarde foi o primeiro a interpretar geometricamente a Teoria da Relatividade Restrita, quando viu o artigo de Einstein publicado na revista Annalen der Physik , em 1905, ficou estarrecido. "Será que é o mesmo Einstein?" - comentou com um colega - E quem era aquele meu aluno há alguns anos atrás? Naquela época ele parecia conhecer muito pouco do que lhe era ensinado!

 

USAR SAPATO SEM MEIA?

       Quando a segunda esposa Elza lhe pediu para adotar hábitos mais saudáveis, respondeu que preferia "pecar tanto quanto puder: fumar como uma chaminé, trabalhar feito um condenado, comer sem moderação, caminhar só quando tiver boas companhias, ou seja, quase nunca, dormir irregularmente etc.

       No cotidiano era avesso a formalidades, começando pelas regras de vestuário. Quando começou a carreira como professor universitário na Suíça em 1909, era apontado como alguém que se vestia aquém da elegância do cargo. Após a morte de sua segunda mulher, em 1936, seus padrões se tornaram ainda mais anticonvencionais. Vivia em Princeton, nos Estados Unidos. Os suéteres amassados e os sapatos que calçava sem meias fizeram dele uma figura folclórica no campus.

  Apesar de ter uma aparência desleixada, avesso às regras, estava longe do mito do cientista desligado. ''Era muito interessado em questões históricas e políticas. No tempo da Guerra, sempre costumava dar sua opinião. Durante a Primeira Guerra, ele fazia propaganda antibelicista, defendia o diálogo entre as nações, ao mesmo tempo em que se dedicava aos seus estudos sobre gravitação. O excesso de trabalho na década de 20 chegou a provocar um colapso físico, sendo tratado pela prima Elsa Lowental, com quem se casou depois.

 

 

O PACIFISTA SEM PAZ


       Frente à ameaça nazi-fascista, concluiu que uma guerra pode ser justa se "o inimigo busca o extermínio da vida em si mesma". Foi criticado por outros militantes do movimento pacifista, mas sustentou sua posição. Assinou uma carta enviada ao presidente americano Franklin Roosevelt, que defendia a realização de estudos sobre o uso da energia nuclear. A carta foi um dos fatores decisivos para a criação da bomba atômica. Não se dizia culpado, mas no pós-guerra retomou imediatamente a atividade pacifista, afirmando, ainda em 1945, que "a bomba trouxe a vitória, mas não a paz".

       Seu trabalho no Instituto de Estudos Avançados centrou-se na unificação das leis da física, que ele chamava de Teoria do Campo Unificado. Ou seja, não conseguiu encontrar uma teoria que permitiria englobar todos os fenômenos gravitacionais e eletromagnéticos, como em uma única estrutura lógica.Tentou. Isolou-se em profunda meditação. Não conseguiu. 

 

 

Albert Einstein criou duas teorias da relatividade

O físico alemão Albert Einstein, cuja morte completou 50 anos anteontem, concebeu duas teorias da relatividade, embora elas sejam geralmente designadas por um só nome.

A primeira, que completa cem anos neste ano, é a chamada teoria especial, ou relatividade restrita.

Ela estabelece que tempo e espaço não são absolutos como postulava a física newtoniana, mas variam de acordo com o referencial --uma revolução na maneira de entender o Universo. O único valor constante é a velocidade da luz, de 300 mil quilômetros por segundo.

A segunda teoria, a teoria geral da relatividade, foi concebida em 1915. Einstein se baseou em seu trabalho prévio para estabelecer que a gravidade distorce o espaço-tempo.

 

Nasa lança sonda para comprovar teoria de Einstein

A sonda americana Gravity Probe-B, criada para verificar a veracidade da teoria da relatividade geral de Albert Einstein, foi lançada no dia 20/04/04 de uma base aérea na Califórnia, informou a Nasa (agência espacial americana).

A sonda espacial, montada num foguete Delta II da Boeing, decolou às 09h57 locais da base aérea militar de Vandenberg, segundo o porta-voz da Nasa, George Diller. A Gravity Probe-B está a caminho "para examinar a verdade da física do nosso universo", acrescentou Diller.

O primeiro estágio da nave se desprendeu normalmente quatro minutos depois da decolagem e um segundo assumiu o controle para conduzir a sonda de US$ 750 milhões até sua órbita, situada a 640 km da Terra.

O segundo estágio se desprendeu mais tarde, após posicionar a sonda na órbita, segundo imagens transmitidas de uma câmera instalada no foguete. "O vôo transcorreu de acordo com os planos", disse Diller após a separação.

A missão da sonda é verificar a teoria da relatividade geral de Einstein. Segundo esta teoria, o físico americano de origem alemã dizia que o tempo e o espaço se deformam com a presença de objetos maciços. A Terra, por exemplo, deforma o espaço-tempo ao seu redor, produzindo o efeito da gravidade.

A Gravity Probe-B, desenvolvida pela Universidade de Stanford e construída pelo grupo aeronáutico Lockhee Martin, transporta quatro giroscópios sofisticados que compõem um sistema de referência espaço-temporal quase perfeito.

A teoria da relatividade geral foi avalizada indiretamente, mas na falta de instrumentos de observação suficientemente sensíveis, nunca foi comprovada de forma direta.

 

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Leonardo Maciel Delgado
Turma: T1A2
05004362
Tecnologia e Midia Digitais

elderaneleonardo@hotmail.com