Recém-chegado aos Estados Unidos, Mario Schenberg descobriu o processo Urca, que explica o colapso de supernovas estudado por George Gamow. O brasileiro observou que os cálculos de Gamow não levavam em conta a existência de neutrinos: a emissão dessas partículas esfriava o centro da estrela e diminuía sua pressão interna, impedindo que ela sustentasse o peso de suas camadas externas e provocando o colapso. George Gamow associou a velocidade com que a energia sumia no centro da supernova ao ritmo com que o dinheiro desaparecia na roleta do cassino da Urca, no Rio de Janeiro, onde fora levado por Schenberg. A descoberta estava batizada: processo Urca. Os astrofísicos, que não conheciam a história, logo arranjaram uma definição hipotética para o nome do efeito: Ultra Rapid Catastrophe, ou catástrofe ultra-rápida. Nesta mesma viagem, Schenberg foi a Princeton, onde passou quatro meses em companhia de grandes físicos como Pauli, o alemão Albert Einstein e o indiano Subrahmanyan Chandrasekhar. O brasileiro elaborou o limite de Chandrasekhar-Schenberg, referente à evolução do Sol e estrelas semelhantes, suas pesquisas renderam um convite para trabalhar na Universidade de Chicago. De 1944 a 1948, o físico trabalhou na Universidade de São Paulo (USP) ministrando aulas e realizando pesquisas sobre eletromagnetismo. Voltou à Europa para um congresso pela paz.
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