Fez os seus primeiros
trabalhos de astrofísica nos Estados Unidos, de 1940 a 1942.Nesta mesma
época entrou em contato co Albert Einstein e desenvolveu com George
Gamov o processo Urca, mecanismo de explosão das estrelas supernovas.
Elaborou ainda, com S.Chandrasekhar , o modelo estelar com núcleo isotôrmico,
aplicável ao sol e estrelas semelhantes depois de terminada a produção
de energia nuclear no centro da estrela.A partir daí, colaborou com
muitos dos maiores físicos teóricos e experimentais contemporâneos.
Em 1953, foi nomeado diretor do Departamento de Física da Faculdade
de Filosofia Ciências e Letras da USP.
Durante a década de 60, lecionou também no Centro Brasileiro
de Pesquisas Físicas no Rio de Janeiro, tendo sido membro da Academia
Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São
Paulo e da Academia de Ciências da América Latina, em Caracas.
Em 1983, recebeu o Prêmio Nacional de Ciência e tecnologia do
Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
CNPq, na área de física.
Mario Schenberg atuou com muitos cientistas laureados com o prêmio Nobel
de física. Foi pioneiro em vários campos da física e
da química, da astrofísica e da teoria das partículas
elementares. É autor de 114 trabalhos sobre astrofísica, física
teórica, física experimental, física matemática,
análise funcional e geometria.
Mario Schenberg foi presidente da Sociedade Brasileira de Física e
membro do conselho dessa sociedade durante várias gestões. Sua
ação se destacou na definição de uma política
da comunidade de físicos contra o acordo nuclear Brasil_Alemanha para
a construções de Usinas Nucleares, pois tinha plena convicção
de que no Brasil o reator nuclear não poderia competir de modo algum
com a energia hidroelétrica.
Em 1938, Schenberg fez sua primeira viagem profissional ao exterior. Partiu
para a Itália, onde trabalharia com o físico Enrico Fermi. No
navio, foi em companhia de Giuseppe Occhialini, com quem trabalhara no Brasil.
Embora o italiano estivesse de férias, os dois aproveitaram o tempo
para fazer um trabalho sobre os raios cósmicos. Na Europa, trabalhou
com o austríaco naturalizado americano Wonlfang Pauli e passou uma
temporada no Collège de France, em Paris.