Nesta etapa da pesquisa (2011-2013) o foco está direcionado às apropriações da cultura digital, por sua vez, subdivididas em quatro eixos teórico-metodológicas: a) Cultura digital, grupos juvenis e práticas territoriais: São Paulo-Bogotá; b) Cultura digital/políticas públicas: usos e apropriações pelos jovens; c) Marchas e cena urbano-midiática: memória audiovisual e concepções de política; d) Apropriações da cultura digital pelos jovens indígenas.
Em um esforço de síntese teórico-conceitual são assumidos os seguintes pressupostos: a complexa articulação entre o cotidiano vivido no mundo físico e no digital, entre a cidade e a "cibercidade"; leitura, escrita, texto – manifestações/produção estético-culturais –, historicamente contextualizados; cultura como "tecido discursivo" múltiplo e polifônico – ouvir-se mutuamente – que permite intersecções não excludentes entre livros/imagens/oralidades e cultura ilustrada/cultura popular; discurso como instrumento de poder, mas também ponto de resistência, burla e transgressão; no dialógico, a possibilidade de ruptura das hegemonias e da unidimensionalidade; busca pelas brechas e descontinuidades, pelo não dito, pelos rastros reprimidos e enterrados.
Destaca-se, ainda, a proposta de articulação entre os debates ético-estéticos para se pensar a memória audiovisual das marchas juvenis; considera-se neste aporte a articulação entre os campos da comunicação, os estudos da mídia e a análise da imagem, valendo-se da interface comunicação/antropologia/filosofia.
Resultados da pesquisa:
Teorias/metodologias: trajetos de investigação com coletivos juvenis em São Paulo/Brasil
Equipe desta etapa: Silvia Helena Simões Borelli (PUCSP), Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPMSP), Rita Alves Oliveira (PUCSP), Lucia Helena Vitalli Rangel (PUCSP), Ariane Aboboreira – mestranda (PEPG/CSO/PUCSP – 2011/2014); Harika Maia – mestranda (PEPG/CSO/PUCSP 2011/2014) e pelos bolsistas PIBIC/CNPq/PUCSP, Fabrício de Oliveira Marson (2012/2013), Giuliana Maria Bonilla Duarte (2011/2013), além das bolsistas já formadas que participaram da primeira fase desta etapa Maria Claudia Sant'Anna de Paiva (2010/2011), Beatriz Sequeira de Carvalho (2009/2011), Amanda dos Reis Fraga (2010/2011), Ana Kelson Batinga de Mendonça (2010/2011) e Natalia Iorio Garcia (2011).
“O objetivo é analisar novas práticas políticas juvenis na cidade de São Paulo, considerando que as ações culturais juvenis configuram-se como lócus privilegiado de ações políticas. A metodologia privilegiou, nesta etapa da investigação, a pesquisa de campo: coleta de dados, por meio de observação etnográfica, entrevistas em profundidade, construção de acervos imagéticos e recursos da netnografia. Os resultados são apresentados em três eixos conceituais e metodológicos: 1) análise de coletivos juvenis que atuam na cidade de São Paulo, nas regiões norte, sul, leste e oeste, propondo e realizando ações culturais mediadas pela cotidianidade, etnicidade e relação com as políticas públicas; 2) análise de coletivos juvenis e dos usos das tecnologias digitais como forma expressão e ação; 3) análise de ações comunicacionais de fronteira (massivo/midiático; público/privado; real/virtual) capitaneadas por coletivos ou segmentos juvenis que dialogam criticamente com o campo da produção e do consumo cultural e estão articuladas a políticas de visibilidade e subjetivação”
Resultados da pesquisa:
Jovens urbanos: ações estético-culturais e novas práticas políticas
Jovens urbanos, cultura e novas práticas políticas:acontecimentos estético-culturais e produção acadêmica brasileira (1960-2000)
Jovens urbanos, ações estético-culturais e novas práticas políticas: estado da arte (1960-2000)
Equipe desta etapa:Silvia Helena Simões Borelli (PUCSP), Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPMSP), Rita Alves Oliveira (PUCSP), Lucia Helena Vitalli Rangel (PUCSP), Ariane Aboboreira – bolsista PIBIC/CNPq (2008/2009) e pesquisadora graduada em Ciências Sociais (2010); Bruna Gottardo – pesquisadora graduada em Ciências Sociais e videomaker (2009/2010); Harika Maia – pesquisadora graduada em Ciências Sociais/profissional em políticas públicas voltadas para a juventude (2009/2010); e pelas bolsistas PIBIC/CNPq/PUCSP, Beatriz Sequeira de Carvalho (2009/2010), Maria Claudia Sant'Anna de Paiva (2010/2011), Amanda dos Reis Fraga (2010/2011), Ana Kelson Batinga de Mendonça (2010/2011) e Maitê Maiara de Souza Santos (2010/2011).
“Fundada em uma demarcação histórica – marcos e acontecimentos relativos às décadas de 1960 a 2000 –, o trabalho se organiza ao redor de quatro eixos (previstos no protocolo teórico-metodológico do projeto original), assim como de uma reflexão recém incorporada, referente à condição política e cultural dos “jovens indígenas” no Brasil. Os quatro eixos encontram-se assim definidos: campo teórico (marcos da produção acadêmica sobre juventude); políticas públicas (marcos de produção de uma legislação para a juventude); acontecimentos estético-culturais; consumo, mídias e culturas juvenis. Compete a cada eixo a construção de cartografias capazes de responder pela questão fundamental que conecta esta proposta ao grupo mais abrangente da CLACSO: quais são as práticas políticas – novas e originais – de jovens e coletivos juvenis na América Latina? Cada um dos eixos apresenta uma explicitação teórica e metodológica, uma análise dos dados coletados e uma avaliação de tendências gerais e singulares sobre a temática”.
Resultados da pesquisa:
Dossiê Juventudes: práticas político-culturais e alinhamentos metodológicos
Juventudes, midiatizações e nomadismos: a cidade como arena
Vida na Metrópole: Comunicação Visual e Intervenções Juvenis em São Paulo
Adolescências, Juventudes e Socioeducativos - Concepções e Fundamentos
Culturas juvenis no século XXI
Silvia Helena Simões Borelli e João Freire Filho
São Paulo: Educ, 2008.
Jovens na cena metropolitana. Percepções, narrativas e modos de comunicação
Silvia Helena Simões Borelli, Rose Melo Rocha e Rita Alves Oliveira
São Paulo: Paulinas, 2009.
Equipe desta etapa: Silvia Helena Simões Borelli (PUCSP), Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM/PUCSP), Rita Alves Oliveira (PUCSP/SENACSP), Marcos Rodrigues de Lara (PUCSP), Lucia Helena Vitalli Rangel (PUCSP) e dos bolsistas PIBIC/CNPq/PUCSP Euzébio Santos Silva, Ana Carolina V. Laguna, Ariane Aboboreira, Maria Carolina Fernandes. Com a parceria acadêmica estabelecida entre PUCSP/ESPMSP, via projeto de pesquisa “Consumo, cena midiática e culturas juvenis no Brasil: marcos históricos e tendências contemporâneas”, coordenado na ESPM, por Rosamaria Luiza de Melo Rocha, participaram o mestrando Daniel B. Portugal e o assistente de pesquisa Lucas Bonini.
“Inseridos numa cultura na qual a visibilidade ocupa lugar cada vez mais importante na constituição dos processos cognitivos e identitários, confirmamos ainda que a corporalidade vai, principalmente, expressar e suprir as necessidades de inclusão, pertencimento e diferenciação que envolvem, por exemplo, as inseguranças da entrada na vida adulta.”
“Recorrer aos sons para revelar os significados das imagens mentais é problematizar sobre o contexto sócio-cultural em que estes sons estão inseridos. Assim, discutir o papel da sonoridade na vida dos jovens urbanos é discutir as características da sociedade contemporânea.”
“... urbanidade que vislumbram suas possibilidades presentes e futuras e também com ela se constroem mecanismos de afirmação de suassubjetividades. O devir urbano aparece associado a vivências paradoxais. Ora tomado como abstração, ora lido em suas literais materialidades, articula um quadro referencial importante na atuação juvenil.” [leia o texto completo]
Equipe desta etapa:Silvia Helena Simões Borelli (PUCSP), Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPMSP/PUCSP), Rita Alves Oliveira (PUCSP/SENACSP), Simone Luci Pereira (FECAP/MUSIMID) e dos bolsistas PIBIC/CNPq/PUCSP Mariana de Stefano, Pedro Gomes, Euzébio Santos Silva e Tais Rodrigues da Silva.
“... os jovens formam um grupo especialmente atingido pelas rapidíssimas transformações no panorama das culturas contemporâneas, em especial aquelas relacionadas às novas mídias e tecnologias; e pareceu-nos fundamental ampliar a compreensão de seus códigos, sensórios e ordens de sensibilidade, modos de ser e de viver o cotidiano, entrelaçados pelo sentido de urgência, destemor, ousadia e desassossego, pela oscilação entre esperança e desencanto, pelo desemprego e consumo inviabilizados e por uma controvertida inserção no campo político...”.
“... as concepções de juventude, vida e morte, experimentação da violência e consumo cultural, foram tratadas teoricamente no âmbito da cultura e captadas pelas narrativas que os jovens faziam de si mesmos, dos outros e de sua inserção na vida cotidiana da metrópole; assim como, os bens culturais produzidos e/ou consumidos e apropriados pelos jovens se apresentaram como base e fundamento na compreensão de suas formas de representação e ordens imaginárias. Em outras palavras, os repertórios por eles acumulados, durante suas trajetórias de vida e de vida cultural, tornaram-se suportes de seus relatos sobre ser jovem, experimentar a violência e o consumo cultura e conceber vida e morte...”.[leia o texto completo]
Equipe desta etapa: Silvia Helena Simões Borelli (PUCSP), Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPMSP/PUCSP), Gislene Silva (UFSC), Josimey Costa da Silva (UFRN), Rita Alves Oliveira (PUCSP/SENACSP), Rosana de Lima Soares (ECAUSP). Com a participação do pesquisador Marcel Maggion Maia, como coordenador do campo, e dos bolsistas PIBIC/CNPq/PUCSP Francisco Romero Neto, Mariana de Stefano, Marina Mendes Cardoso.
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