Em junho de 2008 esteve pela primeira vez no Brasil o pesquisador e psicólogo da Religião Jakob A. van Belzen, da Universidade de Amsterdã, na Holanda. Ele participou de um colóquio-debate com professores da PUC-SP e da USP em torno do status e da problemática vivida pela Psicologia Científica da Religião na Europa de hoje. O evento atraiu cerca de 150 participantes, entre professores e alunos de várias universidades paulistas, representando de distintas tendências no campo da Psicologia e da psicoterapia. Infelizmente, dada a escassez do tempo à disposição, os problemas levantados pelo conferencista principal não puderam ser aprofundados pelos debatedores que, em quatro mesas, reagiram às colocações do conhecido cientista holandês. Os temas e desafios apenas puderam ser aflorados, mostrando que as aproximações de nossa Psicologia nem sempre coincidem com as hoje em voga no Velho Mundo. Os textos de van Belzen serão em breve publicados, permitindo aos interessados saber como ele resumiu em três grandes palestras os pontos que considera essenciais para um diálogo entre a Psicologia européia e a brasileira no campo da religião.
Van Belzen é pouco conhecido no Brasil. No entanto, sua obra e suas atividades constituem atualmente uma referência mundial no campo da Psicologia da Religião. Ele é um dos responsáveis pelo espaço que, aos poucos, esse ramo do conhecimento psicológico vem ganhando ultimamente nos meios acadêmicos e científicos, malgrado a persistência de dificuldades que vêm de longa data e que foram por ele ilustradas e mais de uma vez acentuadas em especial quando, na USP, se tentou um paralelo entre a Psicologia da Religião na Europa e seu desenvolvimento no Brasil. Entre nós, cresce o interesse e certo espaço já foi conquistado. Na Europa as dificuldades são maiores, refletindo talvez a crise maior que é da cultura e do pensamento europeus em seu todo. Já nos Estados Unidos, país com o qual Belzen mantém assíduos contatos, a Psicologia da Religião parece ter se firmado nos meios acadêmicos e no campo da pesquisa.
A presente comunicação tem como objetivo apresentar aos estudiosos brasileiros algo do pensamento desse prolífico autor. É exatamente por sua extensa produção - seja como autor, seja como editor e organizador – que ele ocupa um lugar de destaque no que se tem feito nos últimos dois decênios nos estudos psicológicos da religião. Além de ter sido Presidente da International Association for the Study of Religion e secretário geral do International Commitee for European Psychology of Religion, ele é o editor de uma das mais prestigiadas coleções de Psicologia da Religião do mundo, a “International Series in the Psychology of Religion”. Ademais, integra o corpo editorial de importantes revistas internacionais do ramo. Seus escritos são numerosos e gozam de merecido prestígio.
A presença de Van Belzen entre nós dá-se em um momento mais do que oportuno. Após a fundação do G. T. Psicologia e Religião, na ANPEPP (Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Psicologia), e da realização de meia dúzia de concorridos seminários por ela organizados, pode-se dizer que a Psicologia da Religião no Brasil parece estar deixando de engatinhar para entrar em uma fase nova no tocante à qualidade e ressonância de seu trabalho acadêmico e de pesquisa. A vitalidade do campo de pesquisa psicológica da religião tem mostrado sua vitalidade pelo expressivo número de publicações em periódicos especializados e pelo crescente aumento de livros e de teses e dissertações de pós-graduação.
Belzen é holandês. Leciona há muitos anos na Universidade de Amsterdã e faz pesquisa no Instituto Delenus, ao lado de nomes de peso de outros países da Europa. Sua formação deve a duas referências de origem: ao que aprendeu em sua nativa Holanda e a que explorou nos vários países, alguns do norte europeu, pelos quais foi passando, em busca de aprimoramento e especialização. Nisso, ele é um típico representante da nova geração de scholars que, ao lado de uma sólida formação nos clássicos, possui uma visão autônoma e multifacetada da ciência psicológica e das Ciências Humanas. Trata-se de visão crítica e original fadada, segundo penso, a desempenhar um papel relevante nas respostas às grandes questões levantadas à Psicologia da Religião pelo século que apenas se inicia.
Van Belzen iniciou sua carreira universitária estudando Ciências Sociais na Universidade de Utrecht. Logo em seguida passou ao estudo da História, na Universidade Livre de Amsterdã. Datam dessa época seus dois primeiros títulos acadêmicos de doutorado. Levado por sua curiosidade intelectual, obteve um outro grau de doutor, pela Universidade belga de Leuven, onde escreveu sua tese de láurea sob a orientação de Antoine Vergote. Foi por essa época, em função do tema abordado nesse trabalho, que ele entrou em contato sistemático e direto com a Psicologia da Religião. Olhando por esse verso, ele representa de maneira egrégia a escola flamenga de Psicologia com toda sua tradição. Não contente, van Belzen prosseguiu seus estudos acadêmicos, colando novamente grau, agora em Ciência da Religião, na Finlândia. De novo, sua temática foi a psicológica. O tema de sua dissertação se referia à proximidade psico-cultural existente entre a Teologia e a Ciência da Religião. Dessa vez seu orientador foi o conhecido psicólogo da religião Nils G. Holm. Paralelamente a esses amplos estudos, em torno de 1990 van Belzen dava início à sua brilhante carreira como professor de Psicologia da Religião na Universidade de Amsterdã que, em certo sentido, é sua “alma mater”.
Mario Aletti[1], o maior nome da Psicologia da Religião na Itália, resumiu assim a trajetória intelectual e a produção científica de Belzen:
Podem ser contados cerca de 15 livros de Psicologia da Religião editados por ele, seja como autor, seja como editor. Além disto, ele escreveu aproximadamente 150 artigos em periódicos e revistas, em diversas línguas. Os temas abordados se referem à história da disciplina e de seus protagonistas (BELZEN, 1994; 1995; 1996; 1996a; 1998a, 1999d; BELZEN e ULEYN, 1986) e à epistemologia e metodologia (BELZEN, 1995c; 1997d; 1997f; 2001d). Uma ênfase particular é dada por ele à promoção da psicologia cultural da Religião (BELZEN, 1997b, 1997c, 1999b, 1999c, 2001b, 2003a) e à conexão entre a saúde mental, psiquiatria/psicanálise e a religião (BELZEN, 1990, 1992, 1995b, 1996c, 1998b, 2004). Outros temas seus são o da crença em demônios e o do ocultismo, que se prolongam em temas hoje de vivo interesse nos debates internacionais, como o relativo ao misticismo (BELZEN, 2003b), à conversão (BELZEN, 1999e), ao “cross-culturalism” (BELZEN, 1995a, 1996b) e à espiritualidade que se situa para lá das religiões e cultos. (ALETTI, 2004)
A polivalência, como se viu, é uma das mais interessantes características da formação acadêmica e científica de nosso autor. Desde o início de sua carreira intelectual, essa é uma marca de suas posições e interesses no campo da Psicologia da Religião. Explica o porquê do amplo leque de seus estudos e pesquisas que transitam pela História, Antropologia e Ciências Sociais para chegar à Hermenêutica, à Epistemologia, à Teologia e à pesquisa empírica[2].
Fazem parte integrante de seus estudos também a Psicoterapia e a Psiquiatria. Aliás, de certa maneira, é por essas duas disciplinas que ele chegou à Psicologia da Religião, quando iniciou seus estudos específicos no campo das ciências psi, em um momento cultural-religioso de crise nos Países Baixos e em toda a Europa. O prisma e ponto de partida de van Belzen foram, porém, sempre o da Psicologia da Religião, com especial destaque para a Psicologia Cultural da Religião e a transdiciplinaridade. Uma de suas preocupações é a Psicologia narrativa e ele é um dos autores que usam o conceito de “dialogical self”. Essa aproximação é sem dúvida um eixo de grande interesse tanto para o psicólogo quanto para todo cientista social que se debruça sobre a religiosidade e as religiões. Vale, com especial ênfase, para o cientista da religião que atua no Brasil de hoje. Olhando desde esse ângulo, a grande produção científica do autor não há como negar que seu pensamento pode representar um desafio bastante especial para os estudiosos da religião em nossa pátria.
Do até aqui exposto é fácil depreender que o convidado para o Simpósio-debate organizado pelo Programa de Ciências da Religião da PUC-SP é um lídimo representante do que de melhor existe na atual Psicologia da Religião mundial. Em suas idéias podemos reconhecer a influência das escolas psicológicas dos Países Baixos e do norte europeu, mas uma das razões que o levaram a aceitar o convite para vir ao Brasil foi exatamente seu desejo de entrar em contato com a policrômica realidade religiosa de nosso país. Durante sua breve estada em São Paulo, ele visitou nada menos do que cinco distintos cultos religiosos tipicamente brasileiros.
Voltando à formação teórica de van Belzen, é mister acentuar os interessantes vieses que pontilharam seus longos anos de estudos sistemáticos em três centros de estudos de larga fama. Ele foi iniciado na Psicologia da Religião, quando estudante em Nimega, por Jan Fortman, que, por sua vez, foi discípulo de Fritz Rutten. Foi Fortmann quem deu início ao Departamento de Psicologia da Universidade de Nimega. Ele já falava enfaticamente de uma Psicologia Cultural também no que toca às religiões. Outra tese sua era a da necessidade de “desconfessionalizar” a abordagem psicológica da religião. E a de estudar essa complexa experiência humana de forma transindividual. A conexão entre História, Filosofia, Antropologia e Cultura, tão presente na obra de Belzen, tem aí uma de suas fontes de inspiração.
Van Belzen é muito bem informado também a respeito do que se faz nos países de língua inglesa. São muitos os autores de procedência anglo-saxônica com quem trabalha diretamente (B. Beit Hallahmi, Ralph W. Hood Jr, James W. Jones K. V. O’Connor) ou comenta (G. Allport, W. James, E. Erikson, Clifford Geertz, W. R. Bion, William Meissner, John Bowlby, Richard Hutch, Ana-Maria Rizzutto etc.).
É fácil aos leitores deste texto notar que, embora versado em diversos campos da Psicologia, van Belzen coloca o acento de seus estudos é na interdisciplinaridade, com ênfase na Hermenêutica, na Antropologia e na História. Apesar de abordar temas e autores que vêem da Psicanálise, como Erik Ericson, e de ter se interessado pela Psiquiatria, seus trabalhos vão mais na direção de uma Psicologia Social especialmente atenta à cultura. Este dado é de interesse para a Ciência da Religião e a Psicologia da Religião no Brasil. Segundo pesquisas sobre a produção psicológica realizada no Brasil e publicada em periódicos científicos, na maior parte dos trabalhos feitos em nosso país o objeto, o enfoque e o campo dominante são o da Psicologia Social, vindo, em seguida, temas de índole educacional e psicoterapêutica. Esse fato prova a existência de uma afinidade entre o que van Belzen tem pesquisado e o que nos está interessando mais no Brasil. Vale aqui um comentário que M. Aletti faz para caracterizar a visão de van Belzen, para quem “o ser humano tem que se realizar, seja como um indivíduo, seja como parte de uma comunidade, culturalmente modulada, dentro de um dado espaço temporal e geográfico” (ALETTI, 2002 e BELZEN, 1997a).
Kelly Bulkeley[3], (da Universidade de Berkeley, Califórnia), resenhando treze dos principais livros editados por Belzen na “International Series”, comenta que nesses textos pode-se perceber tanto o caráter dinâmico quanto o estudo de crise que a Psicologia da Religião experimenta em alguns países. Em seu conjunto, essa prestigiada coleção é uma demonstração de que o objeto da Psicologia da Religião é algo vivo e em movimento (a religiosidade), o que a leva a uma “ permanente incerteza de definição” e à necessidade de continuamente ter que “recriar a sua identidade” enquanto disciplina científica.
É aqui que entra o mérito do trabalho de Jacob Belzen, mérito que pode beneficiar também à Psicologia da Religião que estamos desenvolvendo no Brasil.. A coleção da qual van Belzen é um dos principais mentores chamou a si a tarefa de levantar os muitos aspectos (convergentes e divergentes) de uma disciplina que desde seus primórdios – há mais de cem anos – foi marcada mais pela diversidade das aproximações do que pela unidade conceitual e metodológica entre as teorizações elaboradas por seus iniciadores, como é o caso de nomes do gabarito de W. James, Th. Flournoy, W. Wundt, S. Freud, C. G. Jung, E. Erikson ou G. Allport. Eles são, sem dúvida, uma referência insubstituível, mas suas posições são díspares em seus pressupostos, em suas propostas, em seus métodos e em suas conclusões. Et pour cause!
Van Belzen mostra que o psicólogo/a da religião não pode tampouco perder de vista a existência de uma forte influência das escolas de Psicologia na formulação da problemática de sua disciplina. Correntes como o Behaviorismo, a Fenomenologia, o Associacionismo, o Cognitivismo ou a Gestalt fazem parte integrante de uma discussão que não permite simplificações ou acordos fáceis. Desse ponto de vista, as Psicanálises, as Psicoterapias e a Psiquiatria, cada vez mais complexas e técnicas, são um ulterior complicador que Belzen não ignora. É uma diversidade que chega a espantar quem se inicia no campo da Psicologia da Religião. Ela, contudo, não é privativa apenas desse ramo do saber psicológico; está presente em todas as áreas da psicologia científica. Diz muito bem Bulkeley:
… o sentido predominante dado por essas aproximações tão variadas é o de incongruência e incompatibilidade. Uma conseqüência daí resultante é que os estudantes que têm um interesse inicial por essa área são imediatamente postos diante de tantos conflitos, disputas e diferenças de opinião que se sentem desencorajados a fazer ulteriores investigações. (BULKELEY, 2005, p. 141)
Evidentemente não se está insinuando que o esforço editorial de Van Belzen possa esclarecer esse quadro cheio de contrastes que tem sua razão de ser. Nem é essa sua intenção. O objetivo da coleção por ele dirigida é colocar à disposição dos psicólogos do mundo os materiais de que carecem para estabelecer alguma ordem no complexo campo da Psicologia da Religião com a longa esteira de posicionamentos, teorias, epistemologias e métodos postulados pelos psicólogos da religião nesses mais de cem anos de sua presença em meios acadêmicos. Passo a palavra de novo a Bulkeley:
Para o grande crédito de Belzen e seus colaboradores emerge desses livros um balanço refinando no qual se entrelaçam habilmente métodos históricos, filosóficos, antropológicos, clínicos e experimentais, propiciando aos leitores uma apreciação mais profunda e persistente da vitalidade da Psicologia da Religião. (idem, p. 142).
Devido ao amplo leque de interesses de van Belzen, não foi fácil selecionar os tópicos a serem por ele explicitados no Brasil. Entre as muitas possibilidades, foram selecionados três que parecem propiciar uma boa entrada à temática que ele discute em seus livros e artigos científicos (cf. a bibliografia anexa). O primeiro tema tocava em duas questões de grande interesse: de um lado a interdisciplinaridade e, de outro, a do embasamento histórico-cultural da construção da Psicologia da Religião, um aspecto fundamental para se compreender a variedade e complexidade das religiões e da experiência religiosa em si.
O tema da segunda palestra entrou em uma questão muito presente na psicanálise e nas psicoterapias em geral: a projeção. Ao abordar a projeção, van Belzen discutiu uma série de questões hoje presentes na interface entre a Psicologia da Religião e a Psicanálise.
A espiritualidade foi o objeto da terceira palestra. Van Belzen se perguntou pelas pistas e contribuições que a pesquisa psicológica da religião poderá estar oferecendo à compreensão do presente retorno dos deuses e da busca de espiritualidade hoje existente no mundo.
A quarta “palestra” teve lugar na USP (Instituto de Psicologia). Foi mais uma troca de idéias entre o Dr. Van Belzen e alguns psicólogos da religião do Brasil a respeito dos temas e tendências que preocupam os estudiosos da área nos dois lados do oceano do que uma palestra. Esse quarto momento do simpósio fez justiça ao subtítulo de “debate” com que o encontro foi anunciado.
Os ecos dos dois intensos dias de trocas que, sob a coordenação de Edênio Valle, Eliana Massih e Ênio Brito Pinto, o prof. van Belzen estabeleceu com oito conhecidos nomes da Psicologia (Geraldo J. Paiva, Marília Ancona-Lopez, Carlos Eduardo Freire, Edênio Valle), da Psicoterapia (Gilberto Safra) e da Filosofia da Religião (Eduardo Rodrigues da Cruz e Luiz Felipe Pondé) mostrou que a iniciativa dos organizadores do Simpósio foi mais que oportuna. Os três objetivos que se pretendiam foram satisfatoriamente alcançados: o de dar (mais) um impulso aos estudos da Psicologia da Religião no Brasil; de oferecer aos interessados uma oportunidade de conhecer algo do que hoje se discute e se pesquisa em Psicologia da Religião na Europa; e de propiciar um intercâmbio entre nós brasileiros e um dos grandes animadores da moderna Psicologia da Religião no mundo hoje.
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[1] Aletti, M. (2006). “Jacob Belzen’s contribution to the psycholology of religion”, iIn: M. Aletti, D. Fagnani, G. Rossi (Eds.) Religione: cultura, mente e cervello /Religion: culture, mind and brain (pp. 4-17). Torino: Centro Scientifico Editore.
[2] Prova da importância que Van Belzen confere à pesquisa histórica é um de seus últimos livros. É um excelente exemplo de Psicologia narrativa que abarca 490 páginas escritas a partir de um diário deixado por uma mulher profundamente religiosa – A.R. Reisberg - que passou parte de sua vida internada em um hospício. Após sua alta, ela chegou a exercer grande influência religiosa entre seus contemporâneos. O livro demonstra como se faz uma pesquisa biográfica desde uma perspectiva psicocultural lúcida do itinerário de alguém que a Psiquiatria da época (assim como a de nossos dias!) tendia a ver de maneira unilateral e enviesada. Cf. Belzen, J.A. van. Religie, melancholie en zelf,. Amsterdã: Uitgeverij Kok, 2004, 498 p.
[3] Bulkeley, Kelly. “ Revival Movement: Jacob Belzen’s International Series in the Psychology of Religion” . In: Religious Studies Review. Vol. 31, Numbers 3 and 4, July and October 2005, p. 141-143.