Chegamos ao fim de mais um ano, o segundo de nossa revista eletrônica REVER. Ultrapassa a 8000 o número de entradas em nosso site, sinal evidente de que a publicação está cumprindo sua função. Agradecemos a todos.
O número 4 de 2002 se centra em um tema monográfico: o das novas religiões encarado desde a perspectiva das novas religiões japonesas, cuja presença é tão marcante no Brasil. É convicção dos editores da REVER que essa temática é de grande interesse e atualidade para as Ciências da Religião em geral. Basta dizer que se contam já mais de 30 movimentos de origem nipônica atuando com relativo êxito no Brasil. O tema oferece, além disto, um sem número de possibilidade de enfoque, dados seu vigor e suas características.
Escolhemos quatro artigos principais sobre o assunto. Dois deles abordam a Igreja Messiânica Mundial. O trabalho de Regina Y.Matsue a analisa desde sua expansão em dois contextos bastante diferenciados, o do Brasil e o da Austrália. O de Peter B.Clarke enfoca o caráter propriamente messiânico dessa igreja que objetiva a construção de um mundo ideal no qual a doença e a violência tenham sido definitivamente banidos, permitindo uma vida mais pacífica e feliz para todos.
As professores Beatriz Muniz de Souza e Leila Marrach B.Albuquerque tomam como objeto de seu estudo o resgate do papel da mulher na "Perfect Liberty". Mostram como a doutrina e a ética da P.L., guardando os traços tradicionais do movimento, servem para uma reformulação dos papéis femininos no contexto de uma sociedade moderna como a brasileira. O quarto artigo é da autoria de Rafael Shoji. Objetiva descrever e analisar os aspectos históricos e as estratégias de sobrevivência da religiosidade Nikkey parece se esforçar por manter suas características de endogenia étnica, mas busca simultaneamente se adaptar às necessidades e interesses das novas de descentes nipônicos.
Na secção "Intercâmbio", o número traz um artigo do professor português Paulo Mendes Pinto, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa, sobre "linguagem e religião".
Auguramos a todos uma boa leitura!
A Comissão Editorial