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Pari
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Região estruturada pela implantação das ferrovias, ainda na segunda metade do séc. XIX, foi afetada pela restruturação metropolitana, de caráter rodoviário: a desativação do trecho ferroviário conectado ao pátio converteu-o em depósito e estacionamento de caminhões, em apoio à zona cerealista. Territorialmente, articula-se com o sistema de autopistas constituído pelo Parque D. Pedro (Av. do Estado) e a Marginal Tietê. Delimita duas áreas distintas, de funções metropolitanas: uma voltada ao comércio especializado de cereais e outra ao comércio atacadista de roupas. A grande extensão é sua característica mais importante. Ela postula, em primeiro lugar, questões de percepção em grande escala da metrópole. Trata-se, provavelmente, do único ponto, na região central da cidade, de onde se pode avistar os prédios do Banespa e S. Vito, a catedral da Sé e o Moinho Matarazzo. Daqui ainda é possível localizar-se por meio de referências visuais, pela observação destes monumentos. Ao mesmo tempo, porém, ali se está num deserto urbano, um desnorteante vazio emergindo no mapa da cidade, obrigando a repensar as distâncias e a configuração do espaço urbano.Trata-se do maior complexo ferroviário (156 mil m2) sub-utilizado na cidade. Não é apenas a restruturação do sistema de transporte ferroviário, recentemente privatizado, que está em jogo aqui. A situação coloca, sobretudo, o problema da reutilização dos terrenos lindeiros à ferrovia e o seu potencial para investimentos intensivos, no contexto de uma nova restruturação da cidade. |