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Ao cobrir as paredes do que restou de uma sala da Matarazzo com 7.000 seringas, Cildo Meirelles não está apenas aludindo às transações que se fazem por ali, mas amplificando o sofrimento que se afligiu aos lugares e às pessoas. As seringas, espetadas uma após a outra em paredes e pisos, formam um tapete que recobre tudo. A beleza resultante do líquido vermelho, destacado da parede, sangue e sublimação estética, é convulsiva. |