Esse prédio do Moinho é uma construção tão bruta e hostil que parece ter sempre excluído a presença humana. Ali só encontramos vestígios da passagem furtiva e efêmera de pessoas. É como se nunca tivesse sido um lugar de trabalho, um espaço feito à medida do homem.


As fotos de Willi Biondani, tiradas no local e ampliadas em tamanho um por um, parecem flagrar essa figura fantasmal, ausente. O personagem retratado habita esses cantos e frestas. Mais ainda: enfiado nos buracos, encaixado entre as paredes, ele dimensiona a arquitetura segundo o seu corpo. Faz daqui o seu lugar.