Lançamento de livros

IV Congreso Internacional de la Adhilac-Brasil

Lançamento de livros

O lançamento de livros na Adhilac se dará mediante o envio de ficha catalográfica, sinopse e uma imagem da capa do livro. Os autores podem enviar mais de um volume. Os livros devem ser de lançamento recente. Para tanto, entre em contato com o Arthur Serra. E-mail: arthurguilhermeserra@gmail.com

 

A face oculta da Venezuela: do controle operário da produção à hegemonia de Chávez. 

livro
 

DAMASCENO, Fernando Sérgio. A face oculta da Venezuela: do controle operário da produção à hegemonia de Chávez. São Paulo: ILAESE, 2015. 420p
Contato do autor para compra: damascenosf@bol.com.br

Sinopse:

O século XXI foi marcado por um dos maiores feitos da classe trabalhadora na história recente, que, embora cheio de experiências valiosas para a luta de classes, é pouco conhecido ou ignorado: o controle operário na PDVSA, na Venezuela, em 2002. Entre as suas maiores lições, esse acontecimento é a prova cabal de que as contradições e dinâmicas sociais capitalistas gestam, também, possibilidades de rupturas da classe trabalhadora com essa forma de ser social. Aliás, o levante dos explorados é a singularidade por onde se trilha a história das humanidades, e aquele feito é indiciário de que, apesar das determinações, a história ainda está em aberto para o horizonte (nublado) pós-capitalismo. 

Entretanto, esses sujeitos são invisibilizados como sujeitos históricos de seu tempo que são; a história sempre é contada pela perspectiva épico-individualista. Na contramão das narrativas dos grandes heróis, essa obra busca não só dar memória ao movimento classista que, pela primeira vez na América latina, derrotou o golpe militar apoiado pelos Estados Unidos, como também traz uma análise original da ascensão do chavismo naquele país.

Primeiramente, esse livro tem o mérito de trazer um trabalho de minuciosa pesquisa, desde pesquisa no acervo dos principais periódicos do país, a entrevistas com os trabalhadores que participaram dessa façanha, quadros do Governo na época, como o ministro de governo e dirigente da central CTV, Central que apoiou o golpe, documentos e materiais produzidos pela PDVSA, produções acadêmicas sobre os recursos petrolíferos no país da universidade de Barquisimento, documentos do movimento sindical La Jornada, entre outros. Enfim, tem-se aqui uma rica fonte de investigação, mesmo para aqueles que chegam a conclusões diversas.

Em abril de 2002, a direita tradicional venezuelana dava marcha ao que considerava ser o golpe final para a derrubada de Chávez da presidência. O país padecia de grande instabilidade política e, historicamente, tinha o curso definido por sucessivos golpes militares. Esse, portanto, seria mais um. Ocorre que, a essa altura, o movimento popular e operário dispunha de organicidade bastante para mudar os rumos daquela predestinação e derrotou, às custas do sangue de centenas dos seus, mais essa tentativa de golpe.

Após esse feito, Chávez tenta uma conciliação com os golpistas, isentando-os de punição. Essa bonificação para os sanguinários golpistas lhe rendeu a tentativa de mais um golpe, em dezembro do mesmo ano, orquestrado a partir da alta direção da PDVSA. A tática consistia em paralisar a indústria petrolífera do país, o que ficou conhecido como Paro Petroleiro, que seria o equivalente ao lockout, greve patronal no Brasil. Isso, sem dúvidas, levaria a Venezuela ao colapso, uma vez que a produção dos hidrocarbonetos era responsável por mais de 70% da sua economia. Os golpistas chegaram a paralisar todas as refinarias: Bajo Grande, El Palito, San Roque, Puerto La Cruz e, inclusive, a de Paraguaná, no estado Falcón, a maior do mundo até então. A prospecção, condução, refino, transporte marítimo, tudo paralisou. Demais disso, o combustível para abastecimento local e mesmo o gás de cozinha deixaram de ser distribuídos, o que levou o país à fome e à atrofia geral.

Embora o movimento popular e operário tivesse mostrado sua força ao enfrentar a abissal superioridade bélica dos oponentes e sofrendo o fuzilamento de centenas dos seus sem, contudo, recuar, o Paro Petroleiro mirou a espinha dorsal daquela economia e desempenhava com afinco as auto-sabotagens e perseguições. O plano maligno era genial e ia bem, mas eis que as determinantes se chocaram com o aleatório, como acontece nas fases de transição estruturais de uma sociedade: operários petroleiros assumem o controle da produção e mais uma vez colocam o país no colo de Chávez.

Essa efervescência pré-revolucionária teve como protagonistas operários petroleiros da refinaria da cidade de Puerto La Cruz que estavam organizados em uma corrente sindical clandestina, a La Jornada. A partir da consciência de classe desses trabalhadores, eles conseguiram ganhar a consciência de mais trabalhadores daquele local e também ganhar apoio popular, com destaque para os Círculos Bolivarianos. Assim se começava a escrever o que poderia ser um novo capítulo para a história recente da luta de classes bem aqui na Venezuela.

Todavia, embora intenso e determinante para os rumos da Venezuela e do Chavismo, o Controle Operário da produção a partir da PDVSA não chega a ser nem nota de rodapé. De forma contraproducente, a história da Venezuela é narrada a partir do chavismo, ora pela demonização da direita, ora pelo endeusamento da grande maioria da esquerda, mas com um ponto de vista comum, de que Chávez fora um Governo socialista.

A caracterização do Governo Chávez é um dos elementos centrais nesse processo. Nesta obra, extensas são as fontes primárias que demonstram como esse “herói bolivariano” foi habilidoso para surfar na ascensão das massas venezuelanas ao passo que forjava uma burguesia nacional e desmontava, desde adentro, as organizações revolucionárias e progressistas. Essa atuação oportunista e ambígua de Chávez e a reparação histórica a esses guerreiros anônimos caídos no esquecimento é o que se revelará nas páginas que dão vida à A face oculta da Venezuela: do controle operário da produção à hegemonia de Chávez. 

A educação nos projetos de Brasil: espaço público, modernização e pensamento histórico e social brasileiro nos séculos XIX e XX. 

livro
 

PEREIRA, Elaine Aparecida Teixeira; FARIA FILHO, Luciano Mendes de; DAROS, Maria das Dores; BARRETO, Raylane Andreza Dias Navarro. A educação nos projetos de Brasil: espaço público, modernização e pensamento histórico e social brasileiro nos séculos XIX e XX. Ebook. Belo Horizonte: Fino Traço, 2021.
Contato da organizadora: elaine.tp@gmail.com

Sinopse:
Aglutinados em torno dos eixos espaço público, modernização e pensamento histórico e social brasileiro, os capítulos deste livro têm em comum o olhar histórico sobre projetos de educação e de Brasil e as formas como estiveram articulados entre si ao longo dos séculos XIX e XX. Resultantes do programa de pesquisa intitulado "A educação nos projetos de Brasil: espaço público, modernização e pensamento histórico e social brasileiro nos séculos XIX e XX', desenvolvido em rede por diversas universidades brasileiras, os textos aqui reunidos refletem a colaboração entre pesquisadores e pesquisadoras em diferentes momentos de seus percursos formativos e com variadas filiações institucionais, num esforço solidário de produção do conhecimento científico e formação intergeracional.

Livro gratuito. Link de acesso ao livro:

https://livrosabertos.fae.ufmg.br/index.php/produto/a-educacao-nos-projetos-de-brasil-espaco-publico-modernizacao-e-pensamento-historico-e-social-brasileiro-nos-seculos-xix-e-xx/

Caminhos para a integração regional na América Latina: uma perspectiva histórica sobre política externa – Brasil e Venezuela (2003-2010) 

livro
 

SILVA, Robson Santiago da. Caminhos para a integração regional na América Latina: uma perspectiva histórica sobre política externa – Brasil e Venezuela (2003-2010). Curitiba: CRV, 2022. 208 p.
Contato do autor para compra: robhistoria.rs@gmail.com

Sinopse:
Essa obra é fundamental para a compreender a política externa latino-americana de forma geral e, em especial, a brasileira e a venezuelana durante as últimas décadas. Através da análise de discursos (constituídos como documentação histórica) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente venezuelano - Hugo Rafael Chávez Frias - proferidos nas reuniões de cúpulas de Chefes de Estado do Mercosul, o autor busca entender novas diretrizes no processo de integração regional que se descortina, sobretudo, com a emergência de uma “onda pós-liberal” ou “onda rosa”. Mas o trabalho não se resume à análise dos referidos discursos, ele avança na historicização do processo de integração da América Latina, em um percurso que abarca o século XX, ao mesmo tempo em que discute a política externa brasileira e venezuelana contemporânea, sempre pontuando os debates acadêmicos em torno do tema. Os discursos, fontes privilegiadas nessa obra, são analisados de forma cuidadosa como produtos sociais, providos de intencionalidades e historicidade. Mostra como a emergência dos governos progressistas na América Latina, mesmo com alguns discursos divergentes entre essas duas lideranças, foi determinante para uma reorientação do processo de integração regional, do fortalecimento da lógica "Sul-Sul". Ao final aponta para o risco de retrocessos com uma nova onda conservadora em marcha na região, indicando a atualidade e importância dessa obra.

Vozes de 1964: imprensa, militares e opinião pública 

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DIAS, Luiz Antônio. Vozes de 1964: imprensa, militares e opinião pública. Curitiba: CRV, 2021. 150p.
Contato do autor para compra: luizhistoria@yahoo.com.br

Sinopse:
Esta obra busca discutir e contextualizar as “vozes” de 1964. Problematiza alguns personagens durante a crise que antecedeu o Golpe Civil Militar de 1964 – jornais, opinião pública e militares – para compreender seu papel nesse episódio histórico. Com isso, acreditamos que será possível contribuir para um processo de “justiça histórica”, atribuindo responsabilidades a esses sujeitos.

Proteção ao trabalho x proteção ao trabalhador: a lógica da saúde e segurança do trabalho no período ditatorial brasileiro 

livro
 

MONTEIRO, Juliana Santos. Proteção ao trabalho x proteção ao trabalhador: a lógica da saúde e segurança do trabalho no período ditatorial brasileiro. 1. ed. Jundiaí: Paco, 2018. 176p.
Contato da autora para compra: ju_smonteiro@hotmail.com

Sinopse:
Quando admiramos grandes obras como as pirâmides do Egito, a Grande Muralha Chinesa ou Empire State Building nunca paramos para pensar na dor, no sofrimento e até mesmo na morte dos trabalhadores que participaram dessas obras que moveram gigantescos blocos de pedras ou equilibraram-se nas alturas.
O mesmo sofrimento se deu nas grandes obras brasileiras como a Rodovia dos Imigrantes, Ponte Rio - Niterói, Hidroelétrica de Itaipu, dentre outras tantas. Quantos mutilados? Quantos mortos? Tantos quanto há silêncio, e quanto silêncio!
Ano após ano repete-se, nas linhas de produção, nos transportes, nas escolas, nos supermercados, sempre o mesmo sofrimento. Com muita luta conseguimos reduzir os acidentes, mas não conseguimos eliminá-los. Isso se deve a questão central de que o acidente e o adoecimento são partes da cadeia de exploração do capital.
No atual ciclo econômico capitalista, a burguesia está fazendo uma verdadeira guerra social contra os trabalhadores. Os planos de austeridade são cada vez mais cruéis. É preciso reagir. É preciso lutar. E as lutas estão acontecendo em diversos países com muita intensidade espelhadas nas diversas manifestações, greves gerais e impondo ou fomentando crises nos governos.
A luta pela defesa da integridade física dos trabalhadores é parte dessa ação. Essa retomada exige-nos claramente nas ações e um programa. O livro de Juliana Monteiro é uma importante contribuição para aqueles que querem e necessitam traçar planos de lutas.
Esta é uma obra indispensável para a preparação do novo ciclo em defesa dos que produzem a riqueza do país e do mundo.

CIA. Docas de Santos: eternamente em berço esplêndido. 

livro
 

SANTOS, Adriana Gomes; FERNANDES NETO, Antônio. CIA. Docas de Santos: eternamente em berço esplêndido. Responsabilidade empresarial na repressão aos trabalhadores na Baixada Santista. São Paulo: Sudermann, 2020. 336p.
Contato do autor para compra: cneto52@yahoo.com.br

Sinopse:
O presente livro traz uma contribuição muito valiosa para o campo de estudo não só da ditadura instalada no Brasil em 1964, mas também para os processos ditatoriais na América Latina durante a Guerra Fria, adicionando a dimensão central das transformações econômicas e sociais das ditaduras e dando visibilidade à classe trabalhadora como sujeito central dessa história. Constitui uma contribuição muito interessante ao crescente campo de estudo sobre o trabalho e as trabalhadoras e os trabalhadores durante a ditadura, iluminando tanto os processos de luta e organização quanto os impactos regressivos das políticas ditatoriais, não somente em termos repressivos, mas também no que se refere ao direito de protestar, às condições de trabalho e de salários e ao controle e disciplinamento nos lugares de trabalho. Ao mesmo tempo, o livro dialoga de forma muito frutífera com a produção recente sobre empresariado e ditadura no Brasil. Não só coleta os diversos aspectos, como é o caso do papel das organizações e das instituições empresariais no golpe, mas também toma como eixo central a aliança empresarial-militar que assumiu diversas articulações nos planos econômico e repressivo, trazendo evidências originais de enorme importância. Além disso, o livro recolhe e reflete articulações regionais confirmadas nos últimos anos em torno desse tema que envolvem equipes e investigadores de diversos países da América Latina, com especial foco no caso argentino, retomando debates metodológicos e conceituais relevantes. A partir desse olhar amplo e generoso, reforçado pela inclusão de reproduções das fontes originais de arquivo, da imprensa e de fotografias que dão uma grande sólida análise e abrem o material para outras pesquisas. O presente livro contribui para mostrar a centralidade da participação empresarial no emaranhado ditatorial e na repressão às trabalhadoras e aos trabalhadores, reivindicando um aprofundamento do processo de memória, verdade e justiça no Brasil e em toda a América Latina. Victoria Basualdo, pesquisadora do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Conicet) e coordenadora do programa “Estudios del Trabajo, Movimiento Sindical y Organización Industrial” na Flacso Argentina. Pesquisa o envolvimento do empresariado e de sindicalistas pelegos na última ditadura argentina. Suas pesquisas foram importantes para iniciativas de responsabilização de empresas que cometeram graves violações de direitos humanos durante a ditadura argentina, entre elas a Ford e a Mercedes-Benz.

Educação e luta de classes: a experiência da educação na Comuna de Paris (1871) 

livro
 

ALMEIDA, Jane Barros. Educação e luta de classes: a experiência da educação na Comuna de Paris (1871). Campinas, SP: Editora Alínea, 2016. 242p.
Contato da autora para compra: janebarrosunifesp@gmail.com

Sinopse:
O livro trata de pesquisa que deixa claro que a Comuna de Paris foi real e teve a importância de ser um dos mais contundentes modos de ver como é possível mudar a trajetória dos acontecimentos. Foi ao passado encontrar as raízes de um movimento que mostrou ao mundo novas possibilidades; que, mesmo derrotado pelas forças opositoras, deixou um rescaldo... e é nele que a autora nos aponta, para os dias de hoje, um caminho o qual devemos percorrer sem trégua para oferecermos às nossas crianças concretas e poderosas vias de mudança.
Ontem e hoje, vivemos imersos na ofensiva capitalista, com recursos diferentes, mas sempre com os mesmos objetivos. É preciso não desistir e ter consciência de que mais importantes ainda são os sujeitos que agem, de modo consciente e autônomo, que não se rendem e podem interferir no curso da história para que a escola seja verdadeiramente pública e a Educação, um direito da classe trabalhadora.

Roberto Menescal: um arquiteto musical 

livro
 

MENESCAL, Claudia. Roberto Menescal: um arquiteto musical. São Paulo: Futurama Editora, 2020. 288p.
Contato da autora para compra: menescalcj@gmail.com

Sinopse:
O livro conta a trajetória do músico, arranjador, compositor e produtor ROBERTO MENESCAL, desde a descoberta de que sua vida estaria sempre ligada a música, passando pelo movimento da Bossa Nova, da qual foi parte extremamente relevante, até os dias de hoje. Com 62 anos de carreira e oitenta e dois anos de vida, continua atuante em diversos projetos ligados a boa música brasileira. O livro contará com entrevistas inéditas de personagens que com ele conviveram ao longo de sua carreira, assim como depoimentos de familiares e amigos mais próximos. Serão apresentados recortes de jornais, revistas e fotografias ainda não divulgados pela mídia, que faz parte do seu acervo pessoal, organizado e em parte, digitalizado pela autora do livro. Aparecerão histórias que consolidarão ou exterminarão lendas criadas em torno de vários eventos, personagens e acontecimentos na MPB, ao longo dos anos. Menescal tenta perpetuar a boa música, ensinando e estimulando gente de talento, ciente de que está iniciando um novo ciclo e atento ao que está vindo nessa transformação musical. Sua placidez filosófica destoa um pouco do poder de análise que comanda suas decisões e escolhe seus caminhos na vida. A serenidade que parece envolvê-lo, transparece nas palavras e nos gestos do artista. E a paz de coração é sua meta. Começou a trilhar um caminho descobrindo o respeito e a compaixão que pode ter consigo mesmo. Acreditando que o mar, as plantas, os animais e as pessoas devem ser observados com atenção e humildade. Percebe que a felicidade é bem mais curtida na intimidade com a família, amigos, plantas, animais de estimação e seus sons. Sem preconceitos e aberto ao novo, Menescal é flexível e definitivamente jovem.

Ascensão e queda do paraíso tropical 

livro
 

RAGO, Margareth, Org.; VARDOVSKAS, Luana Saturnino, Org.; PELEGRINI, Mauricio, Org. Ascensão e queda do paraíso tropical. Posfácio de Pedro Paulo A. Funari – São Paulo: Intermeios: 2021. 234p.
Contato da organizadora para compra: ragomargareth@gmail.com

Sinopse:
“Em nossos dias, o mito do Paraíso Tropical e todas as representações imaginárias que o envolvem desmoronam rapidamente, à medida que se acentuam tendências políticas, sociais e culturais profundamente retrógradas, misóginas e perversas, arraigadas em nossa estrutura cultural, e que se fizeram notar mais explicitamente desde o período autoritário e mesmo durante o momento conhecido como redemocratização. Mais recentemente, a pandemia que assolou o mundo acelerou o processo de desagregação social no Brasil, resultante da profunda crise política em que vivemos, desde a ascensão de grupos neofascistas ao poder e da escalada neoliberal. Sem dúvida alguma, já não temos como nos ver, nem sermos vistos como o país paradisíaco e, muito pelo contrário, constatamos a violência crescente tanto nas formas de exploração do trabalho quanto no racismo e sexismo estruturais, que marcam fortemente as relações cotidianas, na opressão de gênero, na destruição das florestas, das matas e dos animais, no genocídio que afeta as populações indígenas, negras, transexuais, pobres, periféricas e na perseguição homofóbica às “minorias”, em todo o país.”

As marcas da pantera: percursos de uma historiadora 

livro
 

RAGO, Margareth. As marcas da pantera: percursos de uma historiadora. São Paulo: Intermeios: 2020. (Coleção Entregêneros). 516p.
Contato da autora para compra: ragomargareth@gmail.com

Sinopse:
Historiadora, Margareth Rago reúne neste livro importantes artigos redigidos entre 1993 e 2020. Os títulos aqui reunidos pela primeira vez permitem-nos seguir um itinerário de maestria da acadêmica e escritora de renome. Os ensaios mostram vitalidade e diversidade na perspectiva teórica e no desenvolvimento dos itens escolhidos, entre os quais se destacam feminismos, subjetividades, sexualidades, cidades e anarquismos. A preocupação com o tempo presente para o qual a história está sempre voltada, mesmo quando fala do passado, é um marco da posição da Professora que caminha por entre deslocamentos e rupturas. Assinala sua escolha pela filosofia da diferença, pelo entendimento do discurso como materialidade e sempre pela perspectiva feminista na qual combina filosofias atuais com crítica histórica. Assim substitui certezas fáceis por questões bem informadas e instigantes. “O anarquismo é mais um caminho do que um fim”, diz Luce Fabbri, anarquista italiana, de quem Rago traça a biografia, entrada para um panorama deste movimento pouco conhecido em seus meandros. E ainda passagem para um último tema, a arte de mulheres contemporâneas que, como afirma Rago, “questiona possiblidades e desdobra dimensões feministas”. Um livro imperdível.

Devir quilomba: antirracismo, afeto e política nas práticas das mulheres quilombolas 

livro
 

ALMEIDA, Mariléa de. Devir quilomba: antirracismo, afeto e política nas práticas das mulheres quilombolas. São Paulo: Elefante, 2022..
Contato da autora para compra: marileaatm@gmail.com

Sinopse:
O olhar que Mariléa de Almeida lança sobre as mulheres quilombolas, suas biografias e seus projetos serve para descrever como o afeto é um elemento constituinte de seus espaços de vida, seus projetos coletivos, suas lutas políticas. Mariléa nos faz compreender que, sem ter em conta as relações de afeto, perdemos uma parte fundamental da experiência que sustenta as relações territoriais. Mas também é possível reivindicar aqui as reflexões da antropóloga Jeanne Favret-Saada sobre “ser afetado”, para apreender como o trabalho de Mariléa, além de realizar uma história e um inventário das formas pelas quais o afeto produz espaços de vida nos quilombos, tem no próprio afeto um método, ou uma dimensão central da pesquisa. O modo como a autora se aproxima de suas interlocutoras, destacando as linhas que cruzam e aproximam suas experiências às delas, também acaba por constituir a própria pesquisa como um território de afetos. Narrando experiências de dezenas de mulheres quilombolas do estado do Rio de Janeiro, este livro é capaz de demonstrar, com sensibilidade, como a luta pode ganhar a forma do cuidado, como a resistência pode se manifestar na ternura, como o território é produzido, atualizado e mantido pela capacidade de criar espaços seguros, nos quais é possível uma reconciliação com as histórias, os corpos e os saberes violados. Pelos olhos, pelos ouvidos e pelas mãos de Mariléa de Almeida, o quilombo torna-se quilombola.

Formação e diferença: a crítica brasileira entre a formação nacional e a antropofagia 

livro
 

MECIANO, Raphael. Formação e diferença: a crítica brasileira entre a formação nacional e a antropofagia. 1 ed. – Campinas, SP: Ofícios Terrestres Edições, 2021.
Contato do autor para compra:meciano.raphael@hotmail.com

Sinopse:
O livro propõe uma análise comparativa entre os discursos de formação nacional e a antropofagia. Os exemplos privilegiados de análise são respectivamente: a obra de Antônio Candido A formação da literatura brasileira (1959) e a tese de Oswald de Andrade A crise da filosofia messiânica (1950). A pesquisa enfatiza os anos posteriores a 1950, os quais correspondem ao período em que Oswald de Andrade retoma o conceito de antropofagia, cunhado primeiramente no Manifesto Antropófago (1928) como vanguarda modernista. Este período coincide também com a consolidação da instituição universitária no país. Busca-se, portanto, entender a relação entre aqueles dois discursos dentro da universidade, tendo como contexto a vida universitária em São Paulo nos anos 1950 até meados dos anos 1970.

Louise Michel: pertenço à Revolução Social 

livro
 

LODI, Samantha. Louise Michel: pertenço à Revolução Social. 1 ed. – São Paulo: Entremares, 2022. 160p.
Contato da autora para compra: samantha1.lodi@gmail.com

Sinopse:
Louise Michel foi uma das militantes mais combativas do século XIX. Educadora, poetisa, dramaturga, communarde e anarquista. Ao longo de sua vida manteve uma relação intensa com o mundo da literatura e da luta social. Amiga íntima de Victor Hugo, se dedicou, assim como este, a uma literatura social, assumindo, contudo, uma escrita e prática mais radical que este.
Foi durante o evento da Comuna de Paris que se integrou ao fronte de batalha e pegou em armas para lutar pela liberdade de Paris. Nos momentos em que não estava no fronte articulou espaços educacionais e de saúde, sua atuação somava-se a de centenas de mulheres que tiveram um papel central na construção e defesa da Comuna.
Este livro de Samantha Lodi, com um lindo prefácio de Margareth Rago, apresenta ao público a primeira biografia de Louise Michel em português. Se os eventos da Comuna foram fundamentais para sua biografia, não foram os únicos. A obra de Samantha apresenta detalhadamente a história de Louise antes de sua luta nas ruas de Paris e tem o mérito de percorrer sua vida no exílio pós Comuna apresentando toda sua vinculação à luta social em defesa das ideias anarquistas.

Ditadura, anistia e transição política no Brasil (1964-1979) 

livro
 

LEMOS, Renato Luís do Couto Neto e. Ditadura, anistia e transição política no Brasil (1964-1979). Rio de Janeiro: Consequência, 2018. 544p.
Contato do autor para compra: renatoluislemos@gmail.com

Sinopse:
Ao enfrentar a história da luta pela anistia política desde 1964 e da forma através da qual a ditadura projetou e implementou a “sua” anistia em fins dos anos 1970, Renato Lemos apresenta uma totalidade relacional. A trajetória daqueles e daquelas que resistiram é indissociável da história da forma como a ditadura respondeu com brutalidade autocrática a essa resistência. Mas, também do processo através do qual a contrarrevolução preventiva logrou permanecer, mesmo após a mudança do regime, como lógica dirigente da dominação exercitada pela burguesia no território periférico e dependente em que se construiu o capitalismo no Brasil.

Empresariado e Ditadura no Brasil 

livro
 

CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira, Org.; BRANDÃO, Rafael Vaz da Motta, Org.; LEMOS, Renato Luís do Couto Neto e, Org. Empresariado e Ditadura no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Consequência Editora, 2020. 512p.
Contato do organizador para compra: renatoluislemos@gmail.com

Sinopse:
O livro que o leitor tem em mãos é resultado de uma agenda de pesquisa dedicada a examinar os principais beneficiários do regime ditatorial militar implantado no Brasil em 1964. É curioso que quando se anuncia o propósito de investigar os que enriqueceram naquele período muitos leitores busquem denúncias de enriquecimento ilícito e corrupção, e quase nunca a criação de fortunas como resultado da acumulação capitalista facilitada por um regime de exceção. Essa última dinâmica é o que interessa essa agenda sintetizada em Empresariado e ditadura no Brasil, que reúne um conjunto de trabalhos de investigação sobre as relações favoráveis à acumulação criadas por um regime que além de reprimir, prender e assassinar opositores políticos, implementou reformas no Estado brasileiro e uma arquitetura legislativa que garantiu altas taxas de lucratividade para o grande capital. Eis uma dimensão essencial sem a qual não é possível compreender como parte considerável do empresariado brasileiro não só apoiou aquele regime como patrocinou e se comprometeu com estratégias sanguinárias de combate à oposição, como foi o caso notório da Operação Bandeirantes em São Paulo, para ficar num exemplo. Sem situar esse ponto, pode-se cair em leituras psicologizantes, que pouco esclarecem a questão. Não que aqueles tempos não tenham sido de corrupção, como comumente apelam os assassinos da memória encastelados nos quartéis, nas redes sociais e no Planalto. Mas o assunto aqui são as estratégias com as quais os donos do dinheiro formaram fortunas faraônicas num ambiente de aumento exponencial das taxas de exploração da classe trabalhadora e na abertura de novas fronteiras para o capitalismo. Nesse sentido, o debate aqui apresentado destoa profundamente de tendências apologéticas que ganharam repercussão importante no campo de estudos sobre a última ditadura e que, por exemplo, buscaram reconstruir positivamente o período do chamado ‘milagre econômico’.

Remoções de favelas no Rio de Janeiro: empresários, Estado e movimento de favelas: 1957-1973 

livro
 

PESTANA, Marcos Marques. Remoções de favelas no Rio de Janeiro: empresários, Estado e movimento de favelas: 1957-1973. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2022. 368p.
Contato do organizador para compra: marcompag@hotmail.com

Sinopse:
O livro Remoções de favelas no Rio Janeiro: entre formas de controle e resistências busca discutir uma conjuntura recente na cidade do Rio de Janeiro, na qual uma forma de intervenção estatal sobre as favelas, que se considerava superada, tanto política quanto academicamente, retornou com força considerável: as remoções. No período analisado, foram mais de 22 mil famílias retiradas de suas casas, espalhadas pela cidade ou realocadas em locais distantes e sem infraestrutura, em conjuntos habitacionais de péssima qualidade e com acesso precário a inúmeros serviços e bens de cidadania. Tal política provocou uma ruptura significativa na vida de milhares de pessoas, utilizou-se de ameaças e coações, além da violência física. Provocou, em conjunto com outras intervenções que ocorreram no período que vai de 2009 até 2016, alterações profundas no tecido urbano, nos seus usos e fluxos constitutivos, intensificando os processos de segregação socioespacial que historicamente marcam a cidade.

Nas teias da diplomacia: percursos e agentes da política externa brasileira no século XIX 

livro
 

SILVA, Ana Paula Barcelos da; PASSAREI, Gabriel (Orgs.). Nas teias da diplomacia: percursos e agentes da política externa brasileira no século XIX. 1 ed. Rio de Janeiro: Mauad X, 2022. 276p.
Contato da organizadora para compra: anapaulabarcelos@gmail.com

Sinopse:
Nas Teias da Diplomacia resulta do trabalho conjunto de pesquisadores reunidos no Laboratório de História da Política Internacional Sul-americana. Voltado para o estudo da História das Relações Internacionais, o grupo parte de uma abordagem interdisciplinar que relaciona diversos agentes e processos históricos, de modo a romper com uma perspectiva institucional e estadocêntrica. Neste livro, ganham destaque as teias, redes, relações pessoais e articulações de agentes diplomáticos, moldadas em diferentes esferas que transpassam diretamente a política externa do Império Brasileiro. Além disso, o contexto de formação dos Estados ibero-americanos é pensado através de um enfoque que os articula e relaciona a política doméstica à esfera internacional. O livro se insere, portanto, na necessidade de aprofundamento dos estudos sobre as relações internacionais, a política externa e seus agentes no Brasil do Oitocentos.

O legado de Marte: olhares múltiplos sobre a Guerra do Paraguai 

livro
 

FERREIRA, Leonardo da Costa; LOUREIRA, Marcello José Gomes; ARIAS NETO, José Miguel (Orgs.). O legado de Marte: olhares múltiplos sobre a Guerra do Paraguai. 1 ed. Curitiba: Apris, 2021. 431p.
Contato do organizador para compra: jneto@uel.br

Sinopse:
“[...] Temas como a política, a participação das mulheres, as doenças, o voluntariado, a imprensa e a iconografia têm sido objeto de escrutínio da nova historiografia. Um dos produtos dessa renovação é o livro que agora chega às livrarias, O Legado de Marte: olhares múltiplos sobre a Guerra do Paraguai. Como o próprio título já indica, a partir de uma introdução sobre as vicissitudes da historiografia sobre a Guerra, o livro oferece uma série de capítulos marcados pelas novas tendências apontadas. Há estudos sobre tecnologia, incluindo a construção naval e a qualidade dos rifles, sobre os problemas de saúde (médicos, hospitais), a cobertura da imprensa, música, memórias da Guerra e, sobretudo, talvez a maior novidade, sobre o destino dos veteranos e sua luta para receber suas pensões.

Da corte ao confronto: capítulos da história do Brasil oitocentista 

livro
 

DANTAS, Monica Duarte (Org.). Da corte ao confronto: capítulos da história do Brasil oitocentista. Belo Horizonte: Fino Traço, 2020. 338p. .
Contato da organizadora para compra: monicadantas@uol.com.br

Sinopse:
O desafio contemporâneo de refletir criticamente sobre a realidade brasileira, em perspectiva inter/multi/ trans e pós-disciplinar, materializa-se nos títulos que integram a Coleção Estudos Brasileiros, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, na Série Paralelos 22, publicada pela Editora Fino Traço.
Pensar a América portuguesa e o Brasil, a partir de apurada perspectiva epistemológica, pressupõe a ampliação, o adensamento e a interconexão de diferentes enfoques teóricos e metodológicos capazes de propiciar a apreensão de experiências coletivas e individuais, desvelando áreas de investigação fronteiriças ou ainda pouco exploradas.
Supõe, igualmente, a compreensão das múltiplas temporalidades que constituem o processo histórico, tensionadas entre continuidades e rupturas. Impõe um olhar, simultaneamente abrangente e verticalizado, sobre questões econômicas, políticas e geográficas, e sua configuração social, étnica/racial e de gênero, contemplando alteridades e diversidades, assim como sobre sua conformação educacional, cultural, literária, artística e religiosa, em um mundo globalizado.

O instituto da naturalização – Mercadores-banqueiros na conjuntura comercial da América dos Áustrias 

livro
 

AVELINO, Yvone Dias. O instituto da naturalização – Mercadores-banqueiros na conjuntura comercial da América dos Áustrias. São Paulo: e-Manuscrito, 2021. 139p.
Contato da autora para compra: yvonediasavelino@uol.com.br

Sinopse:
A autora realça a presença do Capital estrangeiro, notadamente dos mercadores-banqueiros portugueses, no desenvolvimento econômico hispano-americano na época dos Áustrias de Madri. Para isso, esclarece duas realidades constantes da Espanha de então para melhor alcance e entendimento da problemática: a suplementação de poupança pelo fluxo de Capital estrangeiro no circuito Atlântico do tráfico, e a diferença bem nítida entre interesses da Coroa e conveniências nacionais. O objetivo da primeira se constituiu em maximizar o patrimônio da realeza para a salvaguarda do trono; e o da segunda, em dar prioridade à política continental europeia em detrimento da economia do reino e do império. A Espanha era, então, um Estado moderno recém-nascido e com enormes problemas a resolver. Assenhoreando-se de um rico e cobiçado patrimônio colonial, não dispunha, em contrapartida, de condições adequadas para defendê-lo. Daí resultar em três mitos os exorbitantes equívocos que obscurecem o processo de desenvolvimento do capitalismo espanhol no decurso dos séculos XVI e XVII: o mito da sobrevivência da monarquia centralizada; o mito de que o controle político sobre o investidor estrangeiro era expediente adequado aos interesses do trono; e, em terceiro lugar, o mito da sangria de metais preciosos, que, sobre os Áustrias espanhóis, foi renitente e persistente.

Tecituras das cidades: história, memória e patrimônio 

livro
 

AVELINO, Yvone Dias; GOMES, Edgar da Silva; MONTEIRO, Arlete Assumpção (Organizadores). Tecituras das cidades: história, memória e patrimônio. Rio de Janeiro: Gramma, 2019. 296p.
Contato da organizadora para compra: yvonediasavelino@uol.com.br

Sinopse:
O livro Tecituras das Cidades: História, Memória e Patrimônio é resultado das pesquisas científicas implementadas pelos integrantes do Núcleo de Estudos de História Social das Cidades da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (NEHSC PUC-SP). Essa obra também agregou pesquisadores convidados de outras Universidades e de Núcleos de Pesquisas que se preocupam em investigar questões relacionadas com temáticas pertinentes a estes estudos.
Nesta publicação a preocupação de pesquisa se relaciona a temáticas voltadas para os estudos do Patrimônio em suas mais variadas formas de abordagem: são olhares teóricos e sínteses sobre a memória e história dos mais diversos objetos que se tornaram, por sua relevância, patrimônio representativo de uma coletividade humana.

Tecituras das cidades: História, memória e cultura 

livro
 

AVELINO, Yvone Dias; GOMES, Edgar da Silva; MONTEIRO, Arlete Assumpção (Organizadores). Tecituras das cidades: História, memória e cultura. São Paulo: EDUC, 2020. 444p.
Contato da organizadora para compra: yvonediasavelino@uol.com.br

Sinopse:
A preocupação de Tecituras das cidades. História, memória e cultura relaciona-se às temáticas voltadas para os estudos de cultura(s) em suas mais variadas formas de abordagem: são olhares teóricos e sínteses sobre a memória e história dos mais diversos objetos, que se tornaram, por sua relevância, cultura representativa de uma coletividade humana relativos às imagens, música, política, trabalho, polifonias e literatura.

Tecendo histórias e memórias das cidades 

livro
 

AVELINO, Yvone Dias; GOMES, Edgar da Silva; NASCIMENTO, Francisco Alcides do. Tecendo histórias e memórias das cidades. São Paulo: e-Manuscrito, 2021. 276p.
Contato da organizadora para compra: yvonediasavelino@uol.com.br

Sinopse:
Pesquisar a Cidade é encontrar-se em uma encruzilhada, com múltiplas possibilidades, onde o palco de representações se amplia nas experiências humanas. A cidade se apresenta ao historiador como uma rede de encontros, relações sociais e possibilidades de pesquisa, nas diversas temporalidades que as transformações do espaço físico e das mentalidades humanas propiciam. Conhecer uma cidade implica o grande mérito de estabelecer a convivência com a sua identidade social, política, religiosa e cultural. Suas representações são visíveis e registradas na arquitetura, nos monumentos, documentos, obras culturais, assistenciais, religiosas, dos memorialistas, dos jornais, das fotografias e outros importantes registros que expressam valores, vivências do cotidiano, seus dramas e suas tramas. A cidade se apresenta como expressão da cultura em suas múltiplas facetas. A cidade é experiência visual, lugares saturados de significações, acumuladas pelo tempo, em reflexão tão bem expressa nos textos que essa obra nos convida a desfrutar! Esse livro está repleto de representações das cidades nas mais variadas formas como elas podem ser representadas.

Cultura e sociedade na América Latina: ensaios de história intelectual 

livro
 

EWBANK, Alice; BARBOSA, Cairo; DEMENECH, Pedro (Orgs.). Cultura e sociedade na América Latina: ensaios de história intelectual. Porto Alegre: Class, 2022. 498p.
Contato da organizador para compra: cairosbarbosa@gmail.com

Sinopse:
Cultura e sociedade na América Latina: ensaios de história intelectual reúne trabalhos de jovens pesquisadoras e pesquisadores que mais recentemente têm analisado as obras de alguns dos principais pensadores latino-americanos do século XX, responsáveis por produzir reflexões diversas sobre questões prementes do passado, do presente e do futuro do continente. Os artigos dispostos no livro debruçam-se sobre as trajetórias e as ideias desses intelectuais, como Ángel Rama, Beatriz Sarlo, Fernando Henrique Cardoso, Gabriela Mistral, Gilda de Mello e Souza, Richard Morse, Roberto Schwarz, dentre outros, cotejando-as com a historicidade própria da vida social e cultural da América Latina, tomada aqui em sua pluralidade e diversidade.

Dos testimonios: Ricardo Ochoa y Francisco Jiménez (El Viejo Ruperto) 

Livro Dos Destimonios: Ricardo Ochoa y Francisco Jiménez (El Viejo Ruperto)
 

FIGUEROA GUERRERO, Pedro. Dos testimonios: Ricardo Ochoa y Francisco Jiménez (El Viejo Ruperto). Fuentes para el estudio de la Insurgencia en Venezuela, Siglo XX. Quíbor, Museo Antropológico de Quíbor “Francisco Tamayo”, Centro Nacional de Estudios Históricos (CNEH), 2da. Edición 2021, 240 p.

Contato do autor para compra: rocinante2001@gmail.com

Sinopse:
Los materiales que componen el libro, son el resultado de largas conversaciones que resumen parte del testimonio de la extendida vida política de dos venezolanos que participaron activamente en el proceso de lucha armada en el país, convencidos de la pertinencia del Socialismo como vía cierta para la redención social y el logro de un mundo distinto y mejor.

Los testimoniantes son Ricardo Ochoa y Francisco Jiménez (El Viejo Ruperto), ambos fueron militantes del Movimiento de Izquierda Revolucionaria (M.I.R) quien junto al Partido Comunista de Venezuela (P.C.V), lideró el proceso de insurgencia.

Al replegarse del camino de las armas, el PCV y el MIR, a finales de los años 60, tanto Ochoa como Jiménez, fueron parte de la generación de hombres y mujeres que mantuvo el alto las banderas de la lucha armada, desde las filas de una nueva organización política, Bandera Roja. Ochoa, bordea hoy los 70 y tantos años, y El Viejo Ruperto falleció en 2012, hoy tendría 92 años de vida, la gran parte de ella dedicada a la lucha revolucionaria.

Ambos personajes fueron combatientes guerrilleros, los dos tuvieron responsabilidades de rigor en el proceso de lucha armada desde su partido de militancia, Bandera Roja, del cual llegaron a ser parte de su Comité Central y de su Comité Político Nacional, cada cual en distintos momentos.

El libro es parte sustancial de las fuentes para el estudio de la lucha armada en Venezuela y es producto del esfuerzo del Historiador Pedro Figueroa Guerrero quien no sólo conoció a los personajes, sino que compartió algunas de las tribulaciones de sus luchas.

El libro es una edición digital, concebida y ejecutada en el Departamento de Investigaciones del Museo Antropológico de Quíbor “Francisco Tamayo”, estado Lara, Venezuela a finales de 2019; la institución es parte del Centro Nacional de Investigaciones Historia de Venezuela.

Educação e Nação no Bicentenário da Independência 

Livro
 

GAZOLA, Kênia Cássia Pinto; FARIA FILHO, Luciano Mendes; BAHIENSE, Priscilla Nogueira; SILVA, Rayrlaine Ariana Geraldo da; MARQUES, Sander Palmer Batista (orgs.). Educação e Nação no Bicentenário da Independência. 1ª ed. – Belo Horizonte: UFMG, 2022. 201p.

Contato da organizadora: priscillabahiense@hotmail.com

Sinopse:

O livro “Educação e Nação no Bicentenário da Independência” está vinculado ao projeto intitulado “Portal do Bicentenário” e é composto por 13 textos que tratam de variadas e relevantes temáticas da educação brasileira nos últimos 200 anos. A obra é, também, parte do esforço de um grupo de discentes e docentes da UFMG que resultou no curso Educação e Nação no Bicentenário da Independência, ofertado como disciplina optativa para o curso de Pedagogia desta universidade no ano de 2020. As aulas foram transmitidas ao vivo pelo canal do Portal do Bicentenário (no YouTube) como uma ação de Extensão da UFMG, sob a responsabilidade do projeto "Pensar a Educação, Pensar o Brasil – 1822/2022". Posteriormente, considerando a pertinência do tema e o sucesso do curso, as pessoas que ministraram as aulas foram convidadas a elaborar textos para o livro.

Livro gratuito. Link de acesso ao livro:
https://portaldobicentenario.org.br/wp-content/uploads/2022/03/E-Bool-Educacao-e-Nacao-no-Bicentenario.pdf

Crise do capital, recomposição burguesa e sua ofensiva no campo da educação 

Livro
 

SOUZA, José dos Santos; Jussara Marques de Macedo (orgs.). Crise do capital, recomposição burguesa e sua ofensiva no campo da educação. Curitiba: CRV, 2021. 216p.

Contato do organizador para compra:: jsantos@ufrrj.br

Sinopse:

Esta coletânea reúne textos de pesquisadores da Linha de Pesquisa “Trabalho, Educação e Políticas Públicas” do Grupo de Pesquisas Sobre Trabalho, Política e Sociedade (GTPS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os textos partem do pressuposto de que o capital vivencia uma crise orgânica decorrente do esgotamento do modelo de desenvolvimento taylorista-fordista e que, para enfrentamento dessa crise, a burguesia reestruturou a organização do trabalho e da produção, segundo o padrão toyotista, e redefiniu a relação entre o Estado e a sociedade, segundo o receituário neoliberal com mediação da terceira via, o que deu materialidade a um modelo de desenvolvimento enxuto e flexível do capital, em substituição ao taylorista-fordista. Com base nesses pressupostos, os autores e autoras consideram este movimento como uma ofensiva burguesa na política pública de formação humana cujo propósito é consolidar a perspectiva de formação enxuta e flexível capaz de formar no trabalhador/cidadão as competências necessárias à consolidação deste novo padrão de desenvolvimento do capital. À luz do materialismo histórico e dialético, os textos abordam diferentes aspectos da política pública de formação humana no Brasil e explicitam a relação entre as reformas educacionais das últimas décadas e a totalidade da produção e reprodução social da vida material no capitalismo. O mérito da obra é trazer à tona contribuições relevantes para a análise das políticas educacionais, destacando-se pelo rigor teórico e pela profundidade analítica.

Literaturas africanas: perspectivas e desafios no século XXI 

Livro
 

BANO, Issaka Maïnassara; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri. Literaturas africanas: perspectivas e desafios no século XXI. São Paulo: E-manuscrito, 2021. 207 p.

Contato do organizador para compra: issaka.bans@gmail.com

Sinopse:

A proposta deste livro é, de alguma forma, dar notícia dessa e de outras funções que, nos cenários mais conturbamos, a criação literária nunca recusou. Ancorado na imaginação, o exercício de resistência inscreve-se na produção dos autores africanos, sempre empenhados em estabelecer uma forte interlocução com a sua realidade e interessados, ao mesmo tempo, na superação de um código que limite a sua obra à condição de documento. Os autores aqui focalizados, de tempos e lugares distantes, com sólidas raízes em suas sociedades, apostam a partir de diferentes estratégias, na dupla dimensão do trabalho literário, procurando articular de modos particulares a pena da ética e a tinta da estética. A vitalidade das formas trabalhadas, por exemplo, por José Luandino Vieira e José Craveirinha, dois dos "mais-velhos" aqui enfocados, pode ser muito útil para refazer a direção de algumas leituras que buscam nos textos literários uma ponte direta com as realidades africanas, como se coubesse à literatura a tarefa de nos compensar pela falta de informações concretas desses mundos com os quais temos tanto em comum e dos quais permanecemos distantes.

África(s) na(s) literatura(s): revisitando narrativas que tecem complexos culturais (Vol. 1) 

Livro
 

BAMPOKY, Providence; Bano, Maïnassara Issaka. África(s) na(s) literatura(s): revisitando narrativas que tecem complexos culturais (Vol. 1). São Paulo: Alupolo, 2021. 346 p.

Contato do organizador para compra: issaka.bans@gmail.com

Sinopse:

Os povos africanos e seus descendentes da diáspora, desiludidos pelas promessas mentirosas da missão civilizadora que iria trazer para eles a civilização, ou seja, a ciência e a tecnologia, o deus e a religião que não tinham, vão acordar do sono induzido rejeitando as máscaras brancas e assumindo suas peles negras. Os movimentos pan-africanos e de negritude, nascidos na diáspora, respectivamente no início do século XX e nos anos 1930 do mesmo século, ilustrem sem ambiguidade a luta dos negros para resgatar sua história e sua identidade, ou seja, sua plena humanidade negada na ideologia colonialista ocidental. Começaram a produzir outras narrativas sobre suas sociedades no continente e seus descendentes na diáspora. Com o passar do tempo, acompanhando a evolução das lutas dos africanos para se libertar do jugo colonial, surgiram novas gerações de escritores e escritoras africanos que produziram novas obras-primas de literatura relacionadas com as lutas de libertação e os complexos processos para construir novas nações e suas nacionalidades. Nos oito capítulos deste livro, pesquisadores de diferentes universidades brasileiras discutem as complexidades culturais do continente africano, por meio de análise de romances de escritores como Chinua Achebe, Pepetela e Ondjaki etc.

África(s) na(s) literatura(s): revisitando narrativas que tecem complexos culturais (Vol. 2) 

Livro
 

BAMPOKY, Providence; Bano, Maïnassara Issaka. África(s) na(s) literatura(s): revisitando narrativas que tecem complexos culturais (Vol. 2). São Paulo: Alupolo, 2022. 386 p.

Contato do organizador para compra: issaka.bans@gmail.com

Sinopse:

A partir de diferentes posturas analíticas e distintos métodos empregados, cada um dos dez capítulos nos direciona para preocupações específicas que, girando à volta do eixo temático da violência, ratificam a imbricação entre literatura e história como um dos marcos fundadores das literaturas africanas. As obras aqui focalizadas confirmam outros dois movimentos comuns no continente: a tensa relação entre escritores e os poderes instalados e a pluralidade de procedimentos artísticos mobilizados para a desobediência no plano da representação. Por sua natureza e pelo arrojo, o livro convida-nos ainda para uma reflexão sobre os estudos literários africanos no Brasil. Uma série de fatores coloca o país em uma situação privilegiada para as trocas com as Áfricas: em grande medida levantado por mãos africanos e afrodescendentes e sem um passado colonial no continente, o Brasil ofereceu diferentes modelos aos itinerários artísticos da língua portuguesa que se foram impondo desde meados do século XX, em pleno contexto colonial, e abriga algumas das mais importantes universidades da América Latina. Nesse sentido, pesquisadores de diferentes universidades brasileiras discutem as complexidades culturais do continente africano, por meio de análise de romances de escritores como Chimamanda Ngozi Adichie, Paulina Chiziane, Amélia Dalomba, Scholastique Mukasonga, Léonora Miyano etc.

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