Como as Fake News Afetam Pessoas Trans

Como as Fake News Afetam Pessoas Trans

O ciclo de preconceito, desinformação e violência contra indivíduos LGBT+ no Brasil é mantido por muita hipocrisia e muitas vítimas


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Por Equipe PUC Check


Como explicado pelo estudante de direito e ativista trans Ariel Bona em sua palestra na PUC nesta quarta-feira (26), trans é quem não se identifica como o gênero que lhe foi imposto ao nascimento, normalmente relacionado com o genital aparente da criança. Além disso, a palavra trans é um termo “guarda chuva”, ou seja, usado para designar uma grande diversidade de pessoas, como homens e mulheres trans, pessoas trans femininas e trans masculinas, travestis e parte dos indivíduos não-binaries.

 
Ariel Bona  

Ser LGBT+ no Brasil é um grande desafio, que custa a própria vida de várias pessoas da comunidade. De acordo o dossiê assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras em 2021, a expectativa de vida de alguém trans no nosso país é de 35 anos, contra 77 anos para cisgêneros. Além disso, 72% dos indivíduos trans não tem ensino médio, 56% não têm sequer ensino fundamental e 90% utilizam da prostituição como forma de subsistência.

Foto: Equipe PUCCheck    


Outros dados chocantes expostos por Ariel mostram que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans em todo o mundo, sendo 81% delas negras, 96% transfemininas e 78% profissionais do sexo. O que não falta são dados assustadores que envolvem a integridade física e mental de pessoas trans no Brasil. Os motivos são vários e a desinformação é muitas vezes um aliado da violência cometida diariamente contra esses indivíduos. A internet está lotada de fake news envolvendo a comunidade LGBT+. Casos famosos como o do “kit gay”, que nada mais era do que um programa chamado “Escola sem homofobia”, composto por vídeos e guias para orientar professores a serem mais inclusivos e aprenderem a lidar com a diversidade sexual e de gênero no âmbito escolar, são exemplos plausíveis do ódio infundado direcionado a essa comunidade.

Mas nem todo o preconceito e violência do mundo é capaz de esconder a verdade. Além de ser o país que mais mata trans no mundo, o Brasil é também o país que mais pesquisa por conteúdo erótico dessas pessoas em sites adultos, mostra pesquisa feita pelo site de vídeos pornográficos RedTube. Por trás de tanto ódio, preconceito e violência, o brasileiro esconde sua hipocrisia e sua transfobia internalizada.

Por fim, Ariel deixou vários links úteis para que as pessoas se informem mais sobre a luta trans e entendam mais do assunto:


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