Fake news e Inteligência Artificial

Fake news e Inteligência Artificial

Como programas que utilizam Inteligência Artificial podem ser usados para dar credibilidade e disseminar informações falsas
 

Imagem criada por Inteligência Artificial mostra Papa usando casaco branco e Ex-Presidente Norte-Americano Donald Trump sendo preso.

Imagens feitas por Inteligência Artificial

Por Sofia Paiva

Inteligência Artificial (IA ou AI para Artificial Intelligence) é uma área da ciência que tem como propósito estudar, desenvolver e empregar máquinas para realizar tarefas humanas de maneira autônoma. Porém, o termo é genericamente utilizado para atribuir programas e aplicativos que possuem essa propriedade. 

Na prática, a IA pode ser aplicada das mais diversas formas. Em chatbots de atendimento ao consumidor, o mais recente Chat GPT (sigla para Generative Pre-Trained Transformer), que é famoso por responder perguntas e solicitações dos mais variados temas de forma correta e coerente, criação de áudios e vídeos bem realísticos e na geração de imagens que parecem reais. 

Esse tipo de tecnologia permite que o usuário crie todo o tipo de desinformação. Na questão da criação de áudios, é possível gerar gravações com a voz de políticos ou famosos falando algo que eles na verdade nunca disseram. Essa tecnologia também tem sido usada para aplicar golpes. Os golpistas usam áudios de postagens de redes sociais para gerar uma voz que se assemelha a do indivíduo por meio de IA. Assim, chantageiam os familiares e conhecidos dessa pessoa, fazendo parecer que ela foi sequestrada. 

Em março deste ano, uma foto do Papa Francisco usando um casaco de grife viralizou no Facebook, a imagem foi reproduzida até mesmo pela Vogue e chegou a ser capa da Globo.com. Porém, a foto não é real e foi criada por um programa de IA, o Midjourney. É extremamente fácil e acessível criar uma imagem que se assemelha ao real por meio de IA. É preciso treinar o olhar para ser capaz de identificar o que é fake e o que não é. Como instinto, acreditamos no meio imagético. Porém, cada vez mais se encontra necessário questionar a veracidade de todo conteúdo que consumimos, áudio e imagem especialmente.

Se faz necessário estudar meios de auxiliar os grupos sociais que mais tendem a acreditar em desinformação a distinguir o que é real e o que é falso. Muitas vezes, a desinformação não é necessariamente prejudicial. Por exemplo, imagens criadas por IA mostrando senhoras ao lado de enormes animais feitos de crochê não prejudica ninguém, só não é verdadeiro. 

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