A vez e a voz d@s professor@s da infância: práticas de (re) existências - do online ao presencial - 22/11/2022.
21/11/2022Propiciar espaço para registro das experiências, práticas e sentimentos vividos nesse período; Potencializar as narrativas dos professores; Ampliar os espaços de escuta ativa, empática, crítica e reflexiva dos profissionais da educação; Compartilhar possibilidades e desafios na construção do cotidiano desta realidade como provocação ao fazer reflexivo de uma comunidade de aprendizagem.
O grupo de pesquisa Políticas Públicas da Infância da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo diante da realidade e as problemáticas enfrentadas pelos profissionais da educação neste período de atividades on-line e de retorno ao presencial reafirma seu compromisso em defesa da educação e por considerar a importância da escuta das vozes de professoras e professores, abre o espaço para o registro de suas experiências, pesquisas, práticas e sentimentos, a fim de compartilhar possibilidades e propostas na construção do cotidiano escolar. Nós docentes ficamos sem voz e vez, não somos reconhecidos pelas políticas públicas, tivemos que nos reinventar e trabalhar muito para realizar nosso fazer, além dos desafios proposto no período on-line onde sem nenhuma ajuda, financiamos o ensino remoto com custos com o aumento de velocidade da internet, instalação de repetidor, compra de computadores, celulares, compra de curso de edição de vídeos, entre outras despesas, mas todo esse trabalho da categoria com as aulas virtuais foi desconsiderado na medida em que concomitantemente leis tramitavam para que nosso tempo de trabalho não fosse contabilizado comprometendo assim muitos dos nossos direitos como licença-prêmio, biênios, quinquênios, progressões. Outra problemática que estamos vivenciando de forma reiterada se refere a falta de professores, divisão de turmas, ausência de auxiliares de inclusão, suspensão de reajustes salariais, consequências da reforma da previdência, frequentes propostas de terceirização, enfim inciativas que compõe um caminho para o sucateamento da educação. Aprender a ler esse novo mundo está ligado à compreensão do que esse período de aulas on-line causou às crianças e jovens estudantes. Passamos por lutos próximos ou de familiares, isolamento, menos experiências com o outro e tudo isso nos trouxe muitas mudanças. No retorno tudo estava diferente e como está difícil entendermos o que estamos vivendo... como a escola e os professores precisam acolher os estudantes e pensar uma escola que atenda a todos.
Convidados:
- Emília Cipriano: Doutora em Educação (PUCSP). Especialista Programas Sociais (BID). Professora Titular da Faculdade de Educação e do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação : Formação de Formadores (PUCSP). Líder do grupo de pesquisa (CNPq) Políticas Públicas da Infância, desenvolvendo pesquisa junto ao Programa FORMEP.
- Miguel Arroyo: Doutorado (PhD em educação) – Stanford University (1976). É professor Titular Emérito da Faculdade de educação da UFMG. Acompanha propostas educativas em várias redes estaduais e municipais do país, com os temas: educação, cultura escolar, gestão escolar, educação básica e currículo.
Mais informações: https://eventos.pucsp.br/avezeavoz