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Campos de força


As conexões entre os lugares não se fazem mais segundo um continuum espacial. As relações entre os diferentes pontos no espaço descontínuo e ilimitado das metrópoles se fazem por articulações entre o próximo e o distante, interfaces entre o que não é contíguo, ignorando as medidas de distância próprias do espaço contínuo.
Em vez da rígida implantação da cidade tradicional, o espaço metropolitano é uma coleção soft de partes justapostas sem ligação entre si. Um campo que pode ser traçado independentemente de toda métrica, de toda grandeza, constituído por intervalos e movimentos, não por marcos fixados no espaço. O território é antes de tudo a distância crítica entre duas situações: as relações de força, de atração e repulsão, que se estabelecem entre elas.

Um sistema instável de funções não-formalizadas e matérias não-formadas. Elementos informais de diferentes velocidades que entram em conexões variáveis. Linhas de variação, que escapam à geometria, sem traçar contornos nem delimitar formas. Manchas de atividade e ocupação que escorrem em todas as direções, tomando todo o espaço.

Podem processos urbanos globais engendrar mutabilidade urbana local? Situações locais tornam-se mais complexas através da intensificação de múltiplas linkagens. Intensidades locais podem engajar sistemas urbanos mais vastos, através do desenvolvimento de relações entre múltiplas escalas e locações. Configurações sempre mutantes que guardam uma irredutível instabilidade estrutural. Campos que acomodam processos que recusam a se cristalizar em formas definitivas.

 

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DIAGRAMAS

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