Mulheres muçulmanas na política: o caso das "sultanas esquecidas" pesquisadas por Fatima Mernissi - 25/06/2024.
24/06/2024Terra em Transe #136 | Mulheres muçulmanas na política: o caso das "sultanas esquecidas" pesquisadas por Fatima Mernissi
O islã é uma religião baseada na inclusão feminina desde o seu início. Uma das pessoas responsáveis para o registro dos hadiths, atos do profeta Mohammed, era uma mulher: Aicha, uma das esposas do profeta. No século XIII, Chajarar al-Durr liderou o Egito e foi responsável por interromper o fim das Cruzadas, mas esses registros chegaram ao Brasil só neste ano.
Mas, ainda assim, séculos e séculos depois, o papel feminino na religião islâmica e na política ainda é apagado, na esteira do patriarcado e contribuição da própria mídia, que retrata as mulheres de forma reducionista e, muitas vezes, submissa. Vale lembrar que ainda existe uma divisão entre o feminismo ocidental secular e o feminismo islâmico, o qual busca revelar a luta das mulheres.
Mas, o que de fato é o feminismo islâmico? É possível falar de “um” feminismo islâmico? Quais movimentos estão ligados a esta corrente?
Para responder a essas e outras perguntas, o Terra em Transe recebe a historiadora Samira Osman, professora na UNIFESP e especialista em História da Ásia.
Samira Osman escreveu o prefácio do livro "Sultanas esquecidas: Mulheres Chefes de Estado no Islã", de Fátima Merniss, traduzido e publicado no Brasil pela Editora Tabla. O livro resgata e narra a história de mulheres poderosas do mundo islâmico que desempenharam papéis cruciais em suas sociedades, mas foram esquecidas ou marginalizadas pela história.