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O acidente em Congonhas e o sentido da realidade

Manifesto recebido do Movimento Comunhão e Libertação
 

O Movimento Comunhão e Libertação nos envia um manifesto no qual procura refletir sobre o acidente com o Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O acidente com o avião da TAM é um fato que grita por significado. O desastre desperta em nós uma exigência de resposta total que abranja todo o horizonte da razão. Qual é, enfim, o sentido último da realidade?
A tentação para muitos é reduzir a questão à pergunta sobre quem é o culpado. Mas não é possível pensar que a vida humana esteja apenas à mercê da fatalidade do acaso ou do descaso de um governo! A fragilidade da vida humana nos coloca perguntas fundamentais: “por que acontecem estas coisas?”, “qual o significado do viver e do morrer?”. Abafar estas perguntas é renunciar à própria humanidade, mesmo quando a resposta é misteriosa.
Quanto mais a pessoa avança na tentativa de responder a tais perguntas, tanto mais lhes percebe a potência e tanto mais descobre a própria desproporção em relação à resposta total. A revolta, o conformismo ou a banalidade são respostas inadequadas e insuficientes, reflexos da passividade em que vivemos. Se não encontramos Algo que responda a essa necessidade de resposta, nos resta apenas o desespero.
No acidente com o avião da TAM, isto se torna gritante. Somente a hipótese de um Deus que é amor, que é capaz de compadecer-se e acolher o ser humano em sua dor e em sua ânsia por sentido, corresponde à estrutura original do homem. Cristo é o único capaz de responder à nossa necessidade.
Todas as circunstâncias podem nos levar a Cristo, mesmo as mais dolorosas, porque mesmo nelas Ele diz: “Eu posso acolher a vocês tanto na vida quanto na morte, posso dar sentido a toda a dor que sentem, porque Eu sofri e morri por vocês”. Assim, toda a realidade pode se tornar positiva.
Mas só a experiência de ser salvo aqui e agora, em cada momento da vida, permite dizer: também essa realidade pode ser salva. É preciso perceber que não estamos sozinhos, que existem amigos que podem ajudar-nos a perceber a presença de Cristo, e que até esta tragédia pode servir para afirmar isto. Nossa amizade abraça o mundo. Esse é o sentido da comunidade cristã.
Sem uma abertura para o mistério e uma esperança mais forte que a dor, uma postura de respeito pela vida humana e de busca de soluções objetivas aos problemas não se mantém, e nos perdemos em lutas políticas e favorecimentos pessoais.
Por isso, diante do acidente a primeira coisa a fazer, como disse o Papa em seu telegrama, é rezar pelos mortos e pedir a Deus, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, pelos que estão sofrendo, para que Ele lhes dê força e consolo. Mas é necessário também que a sociedade e o poder público garantam o bem comum e o cuidado com a vida humana.

COMUNHÃO E LIBERTAÇÃO
São Paulo Julho de 2007

 

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