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A Coleção Grandes Mestres, série comemorativa dos 70 anos da PUC-SP, traz a lembrança de alguns de seus notáveis mestres, de memorável e plural sabedoria. É uma homenagem aos que por aqui passaram pela Universidade, construindo uma história de enfrentamento e superação dos conflitos e das contradições de seu tempo, fazendo ciência e formando novas gerações que ajudaram a transformar o país e o mundo.
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COLEÇÃO SAPIENTIA II

GRANDES MESTRES DA PUC-SP

Educ (org.)

Uma história se constrói com muitas histórias. Ao comemorar seus 70 anos, a PUC de São Paulo brinda seus alunos, professores, funcionários e a comunidade científica brasileira com algumas de suas muitas histórias, trazendo a lembrança de alguns de seus notáveis mestres, de memorável e plural sabedoria. A Coleção Sapientia pretende honrar grandes mestres que por aqui passaram, fazendo uma história de enfrentamento e superação dos conflitos e das contradições de seu tempo, fazendo ciência e formando novas gerações que ajudaram a transformar o país e o mundo. Foram eles que ajudaram a construir, ao longo das décadas, o perfil de nossa Universidade, envolvente, sedutora, inovadora, corajosa e profundamente envolvida com as questões do nosso tempo presente, em suas contradições e complexidades.
Na primeira caixa da coleção, lançada em 2016, foram homenageados os professores Flávio di Giorgi, Paulo Freire, Frei Gorgulho, Nadir Gouvêa Kfouri, Silva Lane, Paulo Resende e Mauricio Tragtenbeg.
Nesta segunda caixa, que ora está sendo lançada, serão homenageados os professores Cília Coelho Pereira Leite (Madre Olívia), Joel Martins, Samir Curi Meserani, Franco Montoro, Décio Pignatari, Hermínio Alberto Marques Porto e Marcello Damy de Souza Santos.


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CÍLIA COELHO PEREIRA LEITE (MADRE OLÍVIA)

Exemplo e modelo

Dieli Vesaro Palma
Neusa Barbosa Bastos

Madre Olívia nasceu em 5 de janeiro em 1913 e faleceu em 2 de julho de 1994. Em 1941, completou seu curso de graduação, cursado no Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae. Em 1956, na Europa, ela iniciou sua tese de cátedra, que foi defendida em 1962, quando se doutorou em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sua visão estava além dos cânones pretendidos para a o século XX. Seu espírito era de olhar para a frente, avançar nas pesquisas, mergulhar nos novos tempos e ir além. Em razão disso, é possível ver, ainda hoje, conexões de suas ideias com os estudos linguísticos atuais.


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DÉCIO PIGNATARI

Vida em noosfera

Lucio Agra

Décio Pignatari nasceu em 20 de agosto de 1927 e faleceu em 2 de dezembro de 2012. Poeta, tradutor, professor, ator, performer, crítico, agitador cultural, cronista, um pensador e atuador completo da cultura brasileira da segunda metade do século XX, entrando pelo século XXI. Uma das atividades, no entanto, que mais lhe rendeu sua grande reputação foi a ininterrupta atuação como pro¬fessor. Nesse ofício trabalhou vários anos no Rio de Janeiro, na Esdi, depois em São Paulo, nas principais universidades da metrópole – PUC-SP e USP – e, mesmo aposentado, não recusou o convite para lecionar quando se retirou para Curitiba, em fins dos anos 1990.


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FRANCO MONTORO

Um professor solidário

Lafayette Pozzoli

André Franco Montoro nasceu em 14 de julho de 1916 e faleceu em 16 de julho de 1999. Foi fundador da PUC-SP em 1946. Tornou-se professor emérito nos anos 1990. Soube trabalhar ao longo de sua vida a ideia de um pensamento humanista, que tende essencialmente a tornar o ser humano mais verdadeiramente humano na manifestação da sua grandeza original e fazendo-o participar de tudo que pudesse enriquecê-lo na natureza e na história, concentrando, desse modo, o mundo no ser humano e dilatando o ser humano no mundo. Quando faleceu, a PUC-SP e todos nós perdemos, mas a democracia brasileira e latino-americana foram as grandes perdedoras. Preencher a lacuna deixada é tarefa árdua para aqueles – jovens de espírito – que exercem a sua cidadania na perspectiva do bem comum.


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HERMÍNIO ALBERTO MARQUES PORTO

Professor catedrático

Christiano Jorge Santos
Roberto Archanjo

Hermínio Alberto Marques Porto nasceu em 9 de setembro de 1926 e faleceu em junho de 2009. Pessoa incomum, conseguia expressar majestade sendo simples. Era decidido, gentilmente. Sábio, nunca se negava a ouvir atentamente, tampouco negava-se a mudar uma ideia ou mesmo recusava-se a ceder, por generoso respeito ao outro. Educadíssimo, nunca deixou de ser firme, quando necessário. Sua principal atividade docente foi exercida por 44 anos na PUC-SP, onde conquistou a Cátedra em Direito Judiciário Penal. Lecionou na graduação e na pós-graduação. Dirigiu a Faculdade de Direito, enfrentou a ditadura militar na defesa da Universidade, dos alunos e da democracia. Desenvolveu eventos científicos e o programa de pós-graduação em Direito Processual Penal. Até hoje é lembrado, acima de tudo, por ter sido um professor estimado e admirado por seus colegas de magistério, pelos alunos e pelos funcionários.


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JOEL MARTINS

Um intelectual em movimento

Antonio Carlos Caruso Ronca
Sergio Vasconcelos de Luna

Joel Martins nasceu em 23/3/1920 e faleceu em 2/5/1991. Essa homenagem não se dirige ao ex-reitor, professor e formador de centenas de mestres e doutores, intelectual de ponta, que concebeu um sistema de pós-graduação em uma instituição privada, arregimentou parceiros para essa empreitada e brigou por condições mínimas para a implantação dela, desfrutando de prestígio nacional e internacional. Mas, sim, dirige-se a alguém que, tendo sido tudo isso e tendo feito tudo isso, o fez tendo a PUC como alvo, como meta, como ideal, como compromisso.


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MARCELLO DAMY DE SOUZA SANTOS

Vida, obra e legado

Carmen Cecília Bueno

Marcello Damy nasceu em 14 de junho de 1914 e faleceu em 2009. Ao lado da sua genialidade e capacidade inventiva no enfrentamento dos muitos desafios científicos superados ao longo da sua vida, estava a sua obstinada dedicação em auferir grandeza a tudo que fazia. No caso particular da PUC-SP, ingressou com a firme resolução de elevar com o seu trabalho e sua atuação a reputação do curso de Física no panorama nacional. Físico competente e com grande experiência acadêmica, promoveu uma transformação no tradicional curso de bacha¬relado em Física da PUC-SP ao introduzir na graduação as disciplinas teóricas e experimentais de física nuclear. Aposentou-se da PUC-SP, nutrindo uma imensa gratidão pela instituição que o acolheu carinhosamente e que soube respeitá-lo como grande profes¬sor e físico de reputação internacional.