Catálogo


Livro indisponível 

PANTANAL

A reinvenção da telenovela

Arlindo Machado
Beatriz Becker

Pantanal, da extinta Rede Manchete, foi um fenômeno de mídia que marcou a história da televisão e mudou o rumo da teledramaturgia brasileira. Sua estreia aconteceu em 1990, Ano Internacional do Meio Ambiente, antecipando a Conferência Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada dois anos depois no Rio de Janeiro, quando a telenovela foi novamente transmitida pela Manchete. Naquele momento, a ecologia ultrapassou os discursos da elite e invadiu a alma dos brasileiros. O Brasil rural que se escondia nos programas de música sertaneja nas manhãs de domingo se integrou ao cotidiano das grandes cidades. Pantanal revelou uma nova linguagem e mostrou cenas de amor e sexo recheadas de um erotismo lírico nunca visto na telinha. O nu virou notícia, mas não explicou a magia das imagens e dos personagens míticos que se misturavam com a natureza num paraíso selvagem onde era possível existirem equilíbrio e serenidade. O resultado de audiência foi tão impressionante que provocou uma guerra entre as concorrentes. Uma referência de qualidade na televisão, merecedora, portanto, de análise e avaliação.


Impresso

RECORTES MACHADIANOS

Anna Salles Mariano (org.)
Maria Rosa Duarte de Oliveira (org.)

O leitor é convidado para uma aventura por estes Recortes Machadianos e, embora seja este livro feito por leitores especializados, são autores-leitores que não abriram mão do prazer da leitura e do texto e também da invenção de interpretações não-autorizadas pela tradição crítica machadiana. Os autores apreciam alimentar dilemas diversos e sabem que pretender ser “machadiano” talvez levasse o próprio Machado a seu olhar distanciado, a sua ironia infalível e a seu humor sempre mais vivo do que nossa seriedade. São, sobretudo, desafios postos para todos os que lemos Machado de Assis.


Livro indisponível 

TEOLOGIA E CIÊNCIA

Diálogos acadêmicos em busca do saber

Afonso Maria Ligorio Soares (org.)
João Décio Passos (org.)

As reflexões desta obra ensaiam esse projeto no âmbito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Elas nascem do esforço concreto de colocar a teologia e as ciências em diálogo, envolvendo algumas unidades acadêmicas da universidade. Portanto, sobre temas comuns debruçaram-se teólogos e cientistas no intuito de resgatar aspectos históricos, confrontar aspectos comuns e distintos e de buscar aproximações entre as suas respectivas áreas de conhecimento.
O livro divide-se em quatro seções. A primeira enfoca a história da relação entre teologia e ciência. A segunda concentra-se na questão interdisciplinar. A terceira apresenta a possibilidade de ricos diálogos interdisciplinares que incluem o conhecimento teológico. Uma quarta esboça alguns desafios e aponta conquistas já obtidas. A última seção é propositiva e prática, destacando o que já vem sendo feito no dia a dia universitário.


Livro indisponível 

A ARTE DE VIVER

Riqueza e pobreza no médio Jequitinhonha – Minas Gerais – de 1970 a 1990

Dalva Maria de Oliveira Silva

O estudo da história do pobre é fundamental. A subsequente identidade cultural é a riqueza dos pobres, que serve de ponto de referência para quem deseja pensar a partir do povo. A autora, neste livro, resolveu escrever a história do médio Jequitinhonha a partir dos fatos e dos depoimentos populares. Para ela, o Vale é o povo do Vale. Consciente de que a verdade é algo que se busca, Dalva resolve pensar com base na realidade concreta. Não adianta aprender teorias e doutrinas e, sem mais nem menos, insistir que a realidade encontrada deve encaixar-se lá dentro.


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AS EMPRESAS FAMILIARES

E a contribuição na gestão das terceiras gerações

Leonardo Ferretti Frugis

Este livro representa uma contribuição importante para o entendimento dos fatores que determinam o sucesso das empresas de terceira geração. Elas não são a maioria das empresas existentes no mercado, mas sua continuidade depende, sobretudo, da família, de uma sucessão planejada com os membros da família, considerando a profissionalização como um diferencial competitivo. Essa é uma conclusão nuclear do trabalho realizado por Frugis, que merece ser lido por aqueles que procuram saídas para as empresas familiares, importantes para o crescimento econômico e social do país.


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CELSO FURTADO

Reforma, política e ideologia (1950-1964)

Rosa Maria Vieira

Como ideólogo do desenvolvimento capitalista no Brasil dos anos 1950 e 1960, Celso Furtado deu voz à burguesia industrial, traduzindo, no âmbito de suas análises e de seu projeto de desenvolvimento, as limitações e as contradições históricas dessa classe. A derrota e banimento de Furtado, em 1964, no momento em que o capital monopolista internacional elegia o país como mais um de seus espaços de acumulação e reprodução ampliada, exigindo para isto o aprofundamento dos aspectos antidemocráticos do Estado brasileiro, era a evidência de que a burguesia industrial brasileira, sem nenhuma “ilusão heróica”, tinha feito sua escolha: ser o sócio menor do grande capital externo. A impossibilidade dessa camada de levar à frente sua “revolução burguesa”, tão largamente apontada por ele, ao propor ao Estado e à intelligentsia o papel de demiurgos da nação desenvolvida, revelava-se em toda sua plenitude, conferindo, inclusive, às pretensões nacionalistas de Furtado um inequívoco “caráter utópico”, que alguns comentadores de sua obra já apontaram.


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CONTANDO HISTÓRIAS – FAZENDO HISTÓRIAS

Experiências com os poetas cordelistas do Cariri

João Bosco Alves de Sousa

Tecendo um texto interativo, na forma de “peleja”, o autor deste livro permite uma triangulação – texto, autor, leitor –, ao analisar as questões ideológicas envolvidas na produção das narrativas dos cordelistas nordestinos. Além disso, demonstra a inserção desses sujeitos, desses poetas, que se articulam segundo uma determinada formação discursiva ou ideológica.
Neste estudo agradabilíssimo de se ler, não é difícil perceber a inquietação do autor, ao percorrer a região de Cariri, entrevistando violeiros, xilógrafos e vendedores, na tentativa de desvendar o cordel ou de desembaraçar o cordão/barbante, sem mascarar as mudanças pelas quais a cidade vem passando, sem discutir a importância da ressignificação da mulher no contexto dos cordelistas mauditos, sem abordar a ação dos poetas e sua produção, enquanto discurso político veiculador de propostas e conceitos ligados a causas e movimentos sociais.