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POÉTICA DE JÚLIO BRESSANE

Cinema(s) da transcriação

Adriano Carvalho Araujo e Sousa

Em Poética de Júlio Bressane..., o autor, tendo em Haroldo de Campos um intercessor, penetrou no âmago de muitas questões. A tradução que desde logo se anunciara, a fusão de espaços/tempos. A interação com as artes plásticas, buscando nortear-se por uma pictografia, a cada passo, descoberta e proposta: as transcriações intensamente recriadoras. Cercado de competências, da presença tutelar e mágica do cineasta, do diálogo com seus pares, para quem a arte em si se impõe e confirma, Adriano Sousa conquista um lugar apropriado para falar de tudo isso. Plataforma de ação, atitude teórica, que abarca dos cariris aos Dias de Nietzsche em Turim, ao Filme de amor e leva a entrever que o talento conta para desvendar e transmitir as poéticas, que inauguram sempre novas percepções do mundo e da cultura.


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ROLAND BARTHES E A REVELAÇÃO PROFANA DA FOTOGRAFIA

Rodrigo Fontanari

No Brasil, em que pese uma movimentada ação editorial, graças à qual estamos perfeitamente em dia com a tradução da obra de Barthes, temos nos mantido à margem das contribuições de peso para seu conhecimento. De par com os esforços tradutórios, avolumam-se aqui os textos de circunstância. Mas não temos exegeses, quer dizer, investigações minuciosas, deslindes rigorosos, e permanecemos em dívida com as imersões de grande alento. O centenário de nascimento do autor, que se comemora em 2015 e está mobilizando as novas gerações de pesquisadores, deve começar a mudar essa situação. Nesse movimento de necessária atualização, o livro Roland Barthes e a revelação profana da fotografia ingressa com o mérito de constituir-se numa das primeiríssimas exegeses a serem produzidas entre nós.


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A LÍRICA FRAGMENTÁRIA DE ANA CRISTINA CESAR

Autobiografismo e montagem

Carlos Eduardo Siqueira Ferreira de Souza

A lírica fragmentária de Ana Cristina Cesar: autobiografismo e montagem é um livro que abre portas do tenso labirinto da poesia de Ana Cristina Cesar. Simultaneamente, indaga sobre a lírica, a fragmentação, o autobigrafismo, a montagem, aspectos caros às poesias moderna e contemporânea.
Carlos Eduardo Siqueira Ferreira de Souza busca, com a especificidade de seu olhar, uma leitura da poesia de Ana C., oferecendo-nos um convívio com o mundo da poeta de A teu pés, revelando-nos no corpo da escritura uma intimidade ficcionalizada. É na flor da pele da poesia de Ana C. que ele busca os relevos dos sentimentos e dos sentidos. Não o faz, porém, sem intensidade reflexiva e sutilezas de fino leitor. Fala aguda e pessoal, alimentada por veia crítica séria e rigorosa, revela as inquietudes sígnicas de Ana Cristina Cesar, que se equilibra num esconder/revelar-se, e conduz o leitor à sua poesia. Por meio de uma refinada meditação crítica, indica caminhos para a apreensão da obra enigmática dessa poeta, que é vanguarda em sua época e representante definitiva da literatura brasileira na contemporaneidade.