Catálogo


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PENSAMENTO E TEORIA NAS CIÊNCIAS SOCIAIS

Referências clássicas e contemporâneas

Lucia Maria Machado Bógus (org.)
Simone Wolff (org.)
Vera Lúcia Michalany Chaia (org.)

No início dos anos 1990, o debate acerca da crise dos paradigmas nas ciências sociais é trazido de forma mais sistemática ao Brasil pelas mãos de Octavio Ianni, em notório artigo publicado na Revista Brasileira de Ciências Sociais. Embora a referida crise tenha sido aberta em face do contexto do pós-Segunda Guerra Mundial – que gerou uma cultura massificada e belicista, a qual se refletiu na imposição de uma ciência e tecnologia de hegemonia ocidental e colonizadora sobre outros tipos de conhecimento –, foi no bojo dos questionamentos da contracultura que as críticas paradigmáticas se tornaram mais contundentes no campo das ciências humanas. Vinte anos depois da abertura desse debate no Brasil, e com a “nova ordem” não só plenamente consolidada, mas já questionada em virtude de tantas outras crises (especialmente as econômicas), a leitura dos artigos deste livro proporciona um balanço atualizado das contribuições da produção intelectual gerada nesse quadro, para se empreender a miríade de teorias e possibilidades de análises acerca da sociedade contemporânea.


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SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA E A DIALÉTICA DA CORDIALIDADE

Paulo Niccoli Ramirez

Munido de amplo referencial teórico-conceitual, o livro Sérgio Buarque de Holanda e a dialética da cordialidade passa pelo conjunto da obra do autor-foco buscando a dialogia vida e obra que marca a narrativa de qualquer pensador. Paulo Niccoli Ramirez, ao proceder assim, põe em cena dilemas, contradições, aspirações da sociedade brasileira, mesmo em sua fase atual, cercada de otimismos populistas centralizadores, sinalizados pela onipresença do Estado.


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TRANSFORMAÇÕES HUMANAS

Encontros, amor ágape e resiliência

Aparecida Magali de Souza Alvarez

Transformações humanas: encontros, amor ágape e resiliência aborda o processo que possibilita o despertar da sabedoria humana. Fala de sofrimentos, quedas e de momentos de encontros transformadores – banhados em amor ágape – entre seres que se escutaram e se acompanharam na busca do sentido de suas vidas. Fala de transformações...
Soviético, sobrevivente e ex-prisioneiro do Carandiru; José, acordando para a vida e encontrando finalmente a morte; Priscila, a mulher da casa-caverna; assim como as vozes e caminhos do velho morador de rua Paulo e da professora Sílvia, plena de ágape em suas ações, introduzem-nos nas tramas deste livro, ecoam em nossas almas com suas histórias de vida traduzidas nos contos e relatos de abertura da obra, convidando-nos a passear com eles por seus mundos de dores, desesperanças, sonhos e transformações. Envolvendo-nos em seu “convite para pensar”, através de caminho inter e transdisciplinar, Aparecida Magali de Souza Alvarez nos ilumina na interpretação das nuances desse fenômeno complexo que se apresenta ao nosso olhar.
Finalista no concurso ao Prêmio Jabuti 2012


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TRAVESSIAS POÉTICAS

Poesia contemporânea

Vera Bastazin (org.)

A palavra retorna e se inscreve na página branca. Como poesia, ela também perpassa a fala dos estudiosos. É um entrecruzamento de intuições e experimentos; reflexões e críticas, tempo e espaço para o poema e para todos aqueles que leem o mundo como permanente indagação. Em outras palavras, esta publicação se propõe como espaço de travessia onde se encontram homem & poesia.
No percorrer das páginas, a pluralidade de vozes fala a poesia e sobre a poesia. A todos os leitores, deixamos a busca, o desejo de conhecer: afinal, quem são os poetas de nosso tempo? Qual o traço de suas produções? Em que medida é possível reconhecer a tradição naquilo que hoje se propõe como poesia? A contemporaneidade prescinde da palavra para realizar a poesia?
O objeto inquieto e inquietante, sagrado e maldito, palpável e efêmero se encontra espalhado pelas próximas páginas. Com ele, poema, encontra-se também a voz que se faz reflexiva, pensante, questionadora. Afinal, o tempo de poesia é a conquista para um espaço de oração ou exorcismo? O espaço de magia abre-se para o experimento de cada leitor.


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VIDAS ABANDONADAS

Crime, violência e prisão

Vania Conselheiro Sequeira

Nesta importante pesquisa, realizada em um presídio paulista durante dois anos e meio, “as histórias ouvidas tomaram a palavra”, e vamos acompanhando, através das entrevistas realizadas, algumas vidas consideradas infames: homens em sua grande maioria jovens, oriundos das periferias, negros, pobres, com baixa escolaridade e quase nenhuma qualificação profissional. Esse é o “perfil” encontrado majoritariamente nas prisões brasileiras.
Esse é o “perfil” daqueles que estão sendo exterminados diariamente em nome da segurança social, com aplausos maciços de vastos segmentos de nossa população.
Entretanto, se o poder sobre a vida se exerce cada vez mais planetariamente, a potência da vida também se faz presente. Ao trilhar os horrores do cotidiano prisional, Vania Sequeira nos aponta também – além das violências de toda ordem, do abandono, das desqualificações – o poder da vida.


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VINCENZO GALILEI CONTRA O NÚMERO SONORO

Carla Bromberg

Vincenzo Galilei é apreciado pelos musicólogos pela relevância de seu trabalho com a música teórica e prática na Itália quinhentista.
Embora, para os historiadores da ciência, Vincenzo tenha sido mais conhecido como pai do famoso Galileo Galilei, Carla Bromberg propõe neste livro uma abordagem que demonstra a grande relevância de sua obra no âmbito da música como ciência.
A autora mostra como Vincenzo ofereceu uma concepção alternativa da ciência musical baseada no conhecimento do funcionamento dos instrumentos musicais e no estudo dos sons que eles produzem, numa época marcada pelas ideias pitagóricas abstratas de razões de números inteiros.
Neste livro, Bromberg apresenta essa revolução na concepção de música quinhentista segundo Vincenzo Galilei e ainda adiciona dados sobre a vida de Vincenzo, suprindo-nos com nova documentação. Em sua totalidade, o livro leva-nos a uma nova apreciação dessa figura e a uma nova avaliação de sua importância para a história da música e da ciência.


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(PRÉ)-ESCOLA, CIDADE E FAMÍLIAS

Comunidades de sentido (1980-1999)

Julice Dias

Um dos grandes desafios dos estudos e das pesquisas na área das ciências humanas vem sendo a abordagem dos focos de maneira relacional. A proposta teórica de compreensão das realidades existe há tempos, porém sua efetivação é cercada de dificuldades. E Julice Dias apresenta ao leitor um desses raros trabalhos no Brasil. Portanto, o que o leitor tem em mãos é um material rico, que permite compreender facetas da educação brasileira, embora possa ser representativo das tramas da sociedade na sua relação com a escola em outros países com as mesmas características classificatórias. Sinto-me extremamente honrada em poder apresentá-lo ao público, que terá, sem dúvida, muito a aprender.