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Sabedoria que brota do cotidiano
Joan D. Chittister, osb
Edições Subiaco


“Os sinos beneditinos têm outro propósito além de marcar o horário do dia. Os campanários beneditinos se destinam a chamar a atenção do mundo para a fragilidade do eixo sobre o qual gira. Os campanários beneditinos nos pedem para escutar mesmo quando não quereríamos ouvir... Os sinos que chamam os monges para a oração soam fora da capela, bem como dentro do mosteiro. Eles nos chamam de onde estamos para o que precisamos refletir relativamente ao trabalho que estamos fazendo, se é puro, promissor e profético. Eles nos levam aonde podemos buscar a Palavra de Deus pata nos alimentar”.

A Regra de São Bento foi escrita há mais de 1.500 anos. Trata-se de um dos mais antigos documentos em uso corrente no Ocidente. No mundo religioso, a permanência é sempre sinal da presença de uma verdade profunda. A permanência da Regra de São Bento é um sinal de sua verdade profunda.

Trata-se de um texto relativamente simples. Aparentemente, é um conjunto de preceitos que devem orientar a vida de uma comunidade de monges que, juntos, vivem do próprio trabalho e da oração. Porém é uma das mais geniais sínteses da história da humanidade. Recolhe o conhecimento psicológico e teológico acumulado nos primeiros quatro séculos do cristianismo e o transforma em indicações concretas para organizar a vida cotidiana e construir uma comunidade humana baseada na fé.

A tradição monástica, de homens que “abandonavam o mundo”, para encontrar a Deus no deserto e no silêncio já existia desde muito antes de São Bento. Trata-se de uma tradição presente na maior parte das grandes religiões desde a Antiguidade. Essa vida não significava uma fuga, como se pensa normalmente nos dias de hoje. Renunciar à companhia humana, às tribulações mas também aos êxitos de todos os demais, passar a vida sozinho, convivendo consigo mesmo, tendo que pesar todos os dias as próprias decisões e os desejos do coração, exige uma enorme firmeza psicológica. Para chegar a tal firmeza, os monges do deserto dos primeiros séculos haviam desenvolvido uma rica sabedoria humana, um profundo conhecimento do próprio coração.
Bento utiliza toda essa sabedoria para guiar a vida comunitária de seus mosteiros. A partir dela, cria normas de convivência e organiza a vida prática de seus monges, lançando princípios e modos de conduta que persistem até hoje como modelos de gestão organizacional. Com isso, sua Regra se tornou uma rota segura tanto para o aprofundamento da vida pessoal e espiritual quanto para a vida comunitária.

No livro “Sabedoria que brota do cotidiano”, a monja beneditina Joan D. Chittister apresenta uma interpretação simples e objetiva da Regra de São Bento, mostrando como se estrutura e que implicações apresenta para a vida daqueles que a utilizam como “rota” em seu caminho pessoal. O leitor pouco familiarizado sem dúvida se espantará, ao deparar-se com um modo de ver o mundo que, a cada passo, se choca com a mentalidade dominante, mas – ao mesmo tempo – descortina a possibilidade de uma riqueza de vida desejada e inesperada ao mesmo tempo.

A obra se inicia mostrando a importância da ESCUTA, pedra fundamental de toda a vida monástica. Para a espiritualidade beneditina, explica a autora, escuta-se quatro realidades: os Evangelhos, a Regra, um ao outro, e ao mundo em torno a nós. A Palavra de Deus, a vida fraterna e a realidade se integram numa totalidade diante da qual o ser humano se coloca numa posição de abertura, consciente de que existe uma Beleza e um Amor se manifestando.
A seguir, o livro passará por temas clássicos da vida monástica, como a importância da oração e da comunidade, o sentido do trabalho e o lazer, a hospitalidade monástica, a função da obediência e da estabilidade, tão importantes e tão mal compreendidas nos tempos atuais, e a paz. Talvez, uma última citação do livro ajude a entender a força, o escândalo e a novidade que se escondem nessa vida simples e quase desapercebida na vida da Igreja atual:

“O fato é que enquanto a vida vai passando, torna-se cada vez mais claro que a cruz não um aspecto sombrio da religião. Pelo contrário, é a única esperança que temos de que nossas vidas possam superar as dificuldades até triunfar. É a única coisa que nos permite agüentar e não desistir, quando agüentar parece impossível e desistir, imperativo. A cruz é nossa única prova de possibilidade humana. A cruz diz muito claramente que as coisas serão resolvidas se as resolvermos e isso, seja o que for, é importante para a realização de nossa vida”.

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Sabedoria que brota do cotidiano
Joan D. Chittister, osb
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