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ACHADOS CHISTOSOS
Da psicanálise na escrita de José Simão
Jane de Almeida
Provando que pesquisa universitária não tem de ser tediosa, nem na escolha do objeto, nem na maneira de tratá-lo, este livro aborda o chiste numa mistura criativa das questões de linguagem com as questões do inconsciente. Universo escolhido para análise: as crônicas de José Simão na Folha de S. Paulo.
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O TEMPO DO TRAUMÁTICO
Felicia Knobloch
Os fenômenos que se apresentam na prática clínica e, especialmente, os que fazem obstáculo ao andamento da experiência analítica sempre inquietam o analista, exigindo dele um trabalho dos conceitos. Mas, quando a clínica se coloca no limite, quando são questionadas as fronteiras no interior da quais o uso do instrumento analítico é legítimo, a exigência parece tornar-se ainda mais aguda. Nesse caso, a inventividade torna-se sustentáculo imprescindível para a própria existência da situação analítica, e o fazer clínico parece solicitar imperiosamente a atividade de um canteiro de obras conceitual que o fundamente. É aí que Felicia Knobloch encontra o ponto de partida de sua reflexão, nas situações clínicas consideradas pelo criador da psicanálise como alheias à competência do fazer analítico. Afirma Freud que “nos estados de crise aguda, a análise é para todos os fins inutilizável, pois todo o interesse do ego é tomado pela realidade penosa”. Felicia coloca em questão tal afirmação, assim como seus fundamentos metapsicológicos, numa obra que, por sua clareza e pela pertinência com que a autora coloca suas interrogações, pela fineza na discriminação das minúcias, pelo rigor na apresentação e acompanhamento dos conceitos, pela força das imagens produzidas em sua escrita, será certamente muito enriquecedora para os leitores.
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POLÍTICA PSICANÁLISE CINEMA
Intolerância
Valéria Ravier
Política, psicanálise, cinema. Intolerância é um belíssimo trabalho, em que há um verdadeiro sujeito da enunciação. A autora se implica, expõe-se e aborda a intolerância, a grande questão de nosso século, de modo originalíssimo. Ponto de partida de seu trabalho: a indignação. O texto de Valéria reflete a criatividade e a vitalidade de alguém ainda capaz de se indignar. Para tratar o seu tema, Valéria buscou inspiração no cinema, recorrendo tanto a filmes de ficção quanto a documentários, e montou este livro como se fosse um filme, alternando várias temporalidades na tentativa de fugir da linearidade que as aparências atribuem ao cotidiano. Valéria recorre à teoria freudiana para entender o porquê da intolerância, buscando elucidar suas causas obscuras e mostrando sua relação tanto com um determinado dispositivo social quanto com a própria estrutura do sujeito. Ao recorrer a Freud, dá um ótimo exemplo do que pode ser a psicanálise em extensão. O filme montado por Valéria deixa a esperança de que não sejamos obrigados a ver e rever incessantemente que todos nós já estamos cansados de ver: o da intolerância.
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O USO DO CLICK FILTRADO EM 1000 HZ NO DIAGNÓSTICO OTONEUROLÓGICO
Alessandra Celani Ejnisman
A autora analisa casos clínicos, comprovando a eficiência e a importância da utilização do click filtrado em 1000 Hz e indica uma nova possibilidade clínica: a utilização de estímulos em frequências específicas no diagnóstico das patologias auditivas por meio dos potenciais evocados acusticamente do tronco cerebral.
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A INVENÇÃO DO EROTISMO
Tristão e Isolda e as trovas corteses
Marisa Mikahil Boccalato
Ao eleger o universo narrativo de Tristão e Isolda, sem autor, sem data, sem local precisos, para averiguar o surgimento do erotismo, a autora também elege o imaginário coletivo e anônimo de uma época limítrofe da cultura ocidental, em que diversos elementos que viriam a percorrer o curso da modernidade têm nascimento. O imaginário em questão é o da invenção desse erotismo, envolto no véu do sentimento, dentro do que ficou conhecido como o “amor cortês”.
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HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Pesquisa, formação e ensino
Regina Helena de Freitas Campos (org.)
Esta Coletânea resultou das atividades do Grupo de Trabalho em História da Psicologia, instituído por ocasião do VI Simpósio de Pesquisa e Intercâmbio Científico da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia, realizado em Teresópolis, Rio de Janeiro, em maio de 1966. A publicação reúne os trabalhos dos primeiros participantes do Grupo, pesquisadores e professores em diversas universidades brasileiras na área da história da psicologia, e a contribuição do professor Josef Brožek, da Universidade de Lehigh, EUA, convidado especial dessa primeira reunião.