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Cidade Randômica 

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Uma nova estética urbana resulta daí: justaposição randômica e turbulenta de entidades que não têm nada em comum exceto sua coexistência, resultado da dinâmica de campos de força em movimento contínuo. Grandes figuras urbanas que não se juntam mais por meio de ligas urbanas em pequena escala, mas por fragmentos flutuantes de áreas com novos usos. Sua matriz espacial é uma forma de coerência fraca, com linkagens em aberto.

O terreno se constitui por repetições espaçadas de conjuntos habitacionais, instalações industriais, franquias e shopping centers. Um mundo residual: é o que restou depois que a área foi desprovida de toda vida comunitária e memória histórica. Refúgio do ilegal e do incontrolável, sujeito à infinitas manipulações.

É um amálgama de seções estritamente ordenadas e arranjos cada vez mais livres em todo o restante da área. O resultado é uma enorme proliferação de parafernália de conexões – passarelas, pontes, viadutos e todo tipo de passagens. A infra-estrutura, normalmente integrada e totalizadora, torna-se cada vez mais competitiva e local. Não pretende mas criar conjuntos operativos, mas apenas entidades funcionais. Em vez de redes, a nova infra-estrutura cria enclaves e impasses.

 

Referência: 
R. Koolhaas. "The Generic City". S,M,L,XL, 010 Publishers, Rotterdam, 1995.

 

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