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POÉTICA DE JÚLIO BRESSANE
Cinema(s) da transcriação
Adriano Carvalho Araujo e Sousa
Em Poética de Júlio Bressane..., o autor, tendo em Haroldo de Campos um intercessor, penetrou no âmago de muitas questões. A tradução que desde logo se anunciara, a fusão de espaços/tempos. A interação com as artes plásticas, buscando nortear-se por uma pictografia, a cada passo, descoberta e proposta: as transcriações intensamente recriadoras. Cercado de competências, da presença tutelar e mágica do cineasta, do diálogo com seus pares, para quem a arte em si se impõe e confirma, Adriano Sousa conquista um lugar apropriado para falar de tudo isso. Plataforma de ação, atitude teórica, que abarca dos cariris aos Dias de Nietzsche em Turim, ao Filme de amor e leva a entrever que o talento conta para desvendar e transmitir as poéticas, que inauguram sempre novas percepções do mundo e da cultura.
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ROLAND BARTHES E A REVELAÇÃO PROFANA DA FOTOGRAFIA
Rodrigo Fontanari
No Brasil, em que pese uma movimentada ação editorial, graças à qual estamos perfeitamente em dia com a tradução da obra de Barthes, temos nos mantido à margem das contribuições de peso para seu conhecimento. De par com os esforços tradutórios, avolumam-se aqui os textos de circunstância. Mas não temos exegeses, quer dizer, investigações minuciosas, deslindes rigorosos, e permanecemos em dívida com as imersões de grande alento. O centenário de nascimento do autor, que se comemora em 2015 e está mobilizando as novas gerações de pesquisadores, deve começar a mudar essa situação. Nesse movimento de necessária atualização, o livro Roland Barthes e a revelação profana da fotografia ingressa com o mérito de constituir-se numa das primeiríssimas exegeses a serem produzidas entre nós.
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A APRIORIDADE E A SUBJETIVIDADE DE ESPAÇO E TEMPO NA “ESTÉTICA TRANSCENDENTAL”
Marco Antonio Chabbouh Junior
A discussão acerca de espaço e tempo em Kant é antiga e encontra lugar em textos de importantes figuras da história da filosofia, bem como em grandes comentários à obra kantiana. Por essa razão, o trabalho que aqui se apresenta encontra um grande desafio que, não obstante, enfrenta com êxito. O primeiro grande trunfo de A aprioridade e a subjetividade de espaço e tempo na “Estética Transcendental” é o de possuir uma estrutura clara. Logo nas primeiras páginas é possível perceber qual é o preciso ponto da discussão, qual o caminho argumentativo pretendido pelo autor e qual a conclusão a que ele pretende chegar. Além do mais, a escolha de se focar em comentários relevantes como os de Norman Kemp Smith, Herbert James Paton e Patricia Kitcher faz com que o trabalho ganhe muito em lucidez e em profundidade.
Livro indisponível
ARTE: HISTÓRIA, CRÍTICA E CURADORIA
Elaine Caramella (org.)
Priscila Arantes (org.)
Sonia Régis (org.)
Os artigos deste livro, fruto do Simpósio Internacional Outras utopias da arte contemporânea: política, memória e experiência estética, realizado na PUC-SP em parceria com a Bienal de São Paulo, estão agrupados em três eixos temáticos que, se por um lado, dialogam com as mesas do Simpósio, por outro, abrigam preocupações que brotaram diretamente dos articulistas convidados: “Arte, crítica e processos de legitimação”, “Curadoria e Arte Contemporânea” e “Experiência estética, tempo e o efêmero na arte”. Dessa forma, a presente coletânea não só oferece a possibilidade de acesso e conhecimento a todos os interessados nos campos interdisciplinares entre arte, história, crítica e curadoria, mas também uma experiência gratificante àqueles que tiverem a oportunidade de percorrer suas páginas.
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ASPECTOS DA ARTE CONTEMPORÂNEA
Sônia Campaner Miguel Ferrari (org.)
Os textos que compõem esta coletânea tratam, cada um a seu modo, de momentos distintos da produção artística nacional e/ou internacional; discutem a posição da arte no cenário das bienais, galerias e museus; e posicionam-se diante das possibilidades críticas da arte nos dias de hoje. Ao final, um deles contempla a proposta schilleriana da educação estética.
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ESCULPIR EM ARGILA
Albert Camus – uma estética da existência
Gabriel Ferreira da Silva
A imagem do “esculpir em Argila” como modo de enfrentamento do absurdo, usada por Camus, serve de motto para Gabriel Ferreira da Silva apontar a resposta de Camus ao niilismo do absurdo e de sua falsa solução, o suicídio, tal como é abordado em O Mito de Sísifo. A passagem do “mito” à “revolta” de O Homem Revoltado indica a rota de sua ética da paixão. Esse ato estético de “esculpir”, numa matéria finita e frágil, o sentido possível (estabelecendo a estética no coração da vida ética) enlaça “paixão” e uma certa concepção de natureza humana, concepção esta que se constitui como um ato do cuidado com a “paixão”. O cuidado estético com a agonia da busca de sentido é, em Camus, um valor, valor último e possível para um homem que arrasta, ao longo da vida, seu cadáver nas costas. Enfrentamos esse cadáver “afirmando nossa revolta” contra o silêncio do mundo.
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FILOSOFIA
Memória, educação, cultura
Antonio José Romera Valverde (org.)
Dalva Aparecida Garcia (org.)
Márcio Alves da Fonseca (org.)
Neste livro se encontram reunidos textos de conferencistas convidados para o evento acadêmico realizado em 2009 - por ocasião das comemorações dos 100 anos do curso de Filosofia da PUC-SP - e também textos de professores pesquisadores do Departamento de Filosofia da mesma Universidade. Em conjunto, o evento acadêmico e a publicação das conferências e dos escritos, que perpassam os temas - universidade, memória, papel da filosofia, educação, ensino e cultura - constituem uma justa homenagem aos 100 anos do curso de Filosofia da PUC-SP.